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tor Ed Moraes é talento puro: Harvey Milk no teatro e personagens fortes no streaming. Fotos: Renam Christofoletti.
Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.
Foi literalmente no palco do Sesc Santos que nós, do Resenhando, assistimos pela primeira vez o talento de Ed Moraes em cena. Na ocasião, ele interpretava o ativista Harvey Milk no espetáculo "Eu Não Sou Harvey" - em uma apresentação intimista, quando as pessoas ainda estavam voltando ao teatro em um período de retomada na pandemia de covid 19. Já havia todo o burburinho em torno da peça teatral e do talento do artista, mas vê-lo, de perto, com a força que o papel exige, é algo impressionante. Ed Moraes é uma entidade no papel, que lhe dá a oportunidade de debater diversos assuntos que vão além da homofobia.
Sorte a nossa que o talento do ator está partindo para outras plataformas, como para a série "Betinho", no Globoplay, em que interpretará outro ativista, Herbert Daniel, um dos mais "temidos e procurados" da luta contra a ditadura militar. Também foi o mancheteiro Gibran, da série "Notícias Populares", sobre o afamado jornal das décadas de 80 e 90 que tinha o apelido de "espreme que sai sangue". Com exclusividade, ele aceitou participar da #ResenhaRápida e responder a várias perguntas - das mais simples às mais espinhosas - com as primeiras palavras que viessem à mente. O resultado é surpreendente.
#ResenhaRápida com Ed Moraes
Nome completo: Edilson Aparecido Moraes.
Apelido: Ed Moraes.
Data de nascimento: 7 de outubro de 1982.
Altura: 1m70.
Qualidade: diplomático.
Defeito: ambicioso.
Signo: libra.
Ascendente: touro.
Uma mania: opinar.
Religião: conexão.
Amor: companheirismo.
Sexo: vital.
Homem bonito: de caráter.
Família é: base.
Ídolo: Gandhi.
Inspiração: silêncio.
Arte é: transcendência.
Brasil: é lindo.
Fé: meu guia.
Deus é: natureza.
Política é: tudo.
Hobby: basquete.
Lugar: minha cama.
O que não pode faltar na geladeira: cerveja.
Prato predileto: bobó de camarão.
Fruta: todas.
Bebida favorita: gin tônica.
Medo de: morrer afogado ou engasgado.
Uma peça de teatro: "Les Éphémères" (Teatre Du Soleil).
Um ator: Marco Nanini.
Uma atriz: Fernanda Montenegro.
Um cantor: Gilberto Gil.
Uma cantora: Maria Bethânia.
Um escritor: Valter Hugo Mãe.
Uma escritora: Clarice Lispector.
Um filme: "Dançando no Escuro".
Uma música: "Carcará".
Um disco: "Brasileirinho" (Bethânia).
Um personagem: Macabéa, de "A Hora da Estrela" (Clarice Lispector).
Uma novela: "Vale Tudo", de Gilberto Braga.
Uma série: "This is Us".
Um programa de TV: "TV Pirata".
Uma saudade: inocência.
Algo que me irrita: mentiras.
Algo que me deixa feliz é: encontrar os amigos de verdade.
Uma lembrança querida: minha iniciação no candomblé.
Um arrependimento: não ter pensado no futuro.
Quem levaria para uma ilha deserta? Algum dos melhores amigos. Com eles, qualquer lugar e situação fica mais leve.
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo, seria... Jesus. Para provar que muita gente entendeu errado.
Se pudesse fazer uma pergunta a qualquer pessoa do mundo, seria... A Pedro Álvares Cabral: "Por que você não mudou a rota?".
Não abro mão de: buscar a felicidade todos os dias.
Um talento oculto: cozinhar.
Você tem fome de quê? De Justiça social e igualdade.
Você tem nojo de quê? De fascistas, ultraconservadores e de fundamentalistas religiosos.
Se tivesse que ser um bicho, seria: um peixe (para viver na imensidão).
Um sonho: ser pai.
Teatro em uma palavra: chão.
Televisão em uma palavra: alcance.
O que seria se não fosse ator: jogador de handebol da seleção brasileira.
Ser ator é: desesperador no Brasil.
O que me tira do sério: injustiça e gente incompetente.
Ser homem, hoje, é: saber escutar.
Palavra favorita: aláfia (caminhos abertos).
Ed Moraes por Ed Moraes: um sonhador a moda antiga, cheio de desejos e fé em dias melhores.
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