Em entrevista para o Resenhando, ele fala sobre o início da carreira, quando pavimentou o caminho da música nos bailes e lembra algumas passagens marcantes, como os shows no exterior e a sua rápida experiência como jogador de futebol. “A música sempre norteou e continua direcionando a minha vida”.
Resenhando.com – Como foi o seu início na música?
Filó Machado – Eu vim de uma família de músicos de Ribeirão Preto. Então, seguir nessa linha foi algo até natural. Mas o curioso é que também gostava de futebol. Cheguei a jogar profissionalmente na segunda divisão do campeonato paulista. Fui colega do Sócrates, que depois se consagraria no Corínthians e na seleção brasileira. Mas o fato é que, mesmo jogando, nunca abandonei a música. Sempre saia da concentração para tocar a noite nos bailes, que foram a minha escola como músico e intérprete.
Resenhando.com – Foi difícil chegar até o seu primeiro disco, de 1978?
Filó Machado – As portas foram abrindo de forma natural. Fiz uma parceria com o Djavan e até toquei no álbum dele, o Seduzir. Ele colocou letra na canção Jogral, que eu tinha feito originalmente como uma peça instrumental, em homenagem a uma casa de shows de São Paulo onde eu e tantos outros tocaram. De uma certa forma essa parceria contribuiu para chamar a atenção de pessoas do meio musical nas gravadoras.
Resenhando.com – Seu currículo chama a atenção pela diversidade de estilos. Vai do jazz a MPB com trabalhos feitos com nomes consagrados daqui e do exterior. Como você conseguiu fazer isso?
Filó Machado – Eu sempre coloquei a música em primeiro plano. Sempre estive aberto para parcerias. O Michel Legrand, por exemplo, me viu tocar no exterior e quis me conhecer. Ele já era um nome consagrado naquela ocasião. Acabamos virando parceiros. Recentemente fiz uma parceria com o Jorge Vercilo que surgiu quase que naturalmente. Nós nos encontramos e percebemos que tínhamos muitas coisas em comum na música. Eu sempre fui aberto para a música. Nunca coloquei barreiras para as eventuais parcerias que foram surgindo ao longo dos anos. Creio que isso facilitou essa mescla de estilos que você citou.
Resenhando.com – Seus filhos também seguiram a carreira musical?
Filó Machado – Sim. Meu filho Sérgio Machado é baterista e já tocou comigo, assim como meu neto, Felipe Machado. Como você pode perceber, a saga continua (risos).
Resenhando.com – Como estão os planos para shows?
Filó Machado – Temos um show programado para o Sesc Pompeia, na Capital Paulista, nos dias 25 e 26 deste mês. A pianista Léa Freire, o cantor Dom Paulinho Lima e a cantora Liv Moraes são convidados especiais nas duas noites, ao lado de artistas integrantes da “Família Machado” - Alessandro Machado (violão e voz), Isabela Mestriner (voz), Victor Machado (beats) e Marcelo Machado (artista visual que irá criar uma obra durante as apresentações). O grupo de apoio conta com Felipe Machado (violão e voz), Carlinhos Noronha (baixo), Vitor Cabral e Sérgio Machado (bateria), João Paulo Ramos Barbosa (sax e flauta) e Fábio Leandro (piano e teclados). Todos os artistas envolvidos no espetáculo fazem parte da minha história, assim como Pitchu Borelli, que assina a direção musical, e Camila Machado, na idealização.
Resenhando.com – Mesmo tendo lançado discos, você não teve a mesma projeção que tiveram outros nomes na música. Na sua opinião, a que se deve isso?
Filó Machado – Eu lancei discos por gravadoras menores, sem muito espaço nas rádios. Esse pode ter sido um fator que contribuiu para isso. Mas nunca tive problema. Os shows que fiz sempre tiveram boa aceitação do público. E no meio musical sempre tive espaço e respeito. Estou vendo como posso utilizar melhor as redes sociais para divulgar meu trabalho. Esse é um ponto que posso e devo aprimorar na divulgação.
Resenhando.com – Que mensagem você deixaria para quem está iniciando na música?
Filó Machado – Meu conselho é para que todos nunca deixem de se dedicar ao seu instrumento. Pratiquem bastante e procurem sempre se aprimorar como músicos. A dedicação é um fator fundamental para o sucesso na música.
Serviço
Show Filó Machado Sexteto e Convidados
Data: 25 e 26 de fevereiro de 2023
Horários: Sábado, às 21h | Domingo, às 18h
Ingressos: R$ 40 (inteira), 20 (meia-entrada) e R$ 12 (Credencial Plena do Sesc)
Ingressos disponíveis no Portal Sesc e nas bilheterias das unidades.
Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Local: Teatro do Sesc Pompeia.
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 - Pompeia. São Paulo/SP.
Telefone: (11) 3871-7700
Não possui estacionamento.
Para informações sobre outras programações, acesse o portal.
sescsp.org.br/pompeia | Nas redes: @sescpompeia.
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