sábado, 17 de dezembro de 2022

.: Odilon Wagner e Claudio Fontana voltam com "A Última Sessão de Freud"

Assistido por mais de 35 mil pessoas, "A Última Sessão de Freud", de Mark St. Germain, reestreia no Teatro Bravos em janeiro de 2023. Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (indicado ao Prêmio APCA 2022 por este trabalho) e Claudio Fontana, o espetáculo narra um encontro hipotético entre o pai da Psicanálise e o escritor C.S. Lewis. Foto: João Caldas Fº


Quem perdeu o espetáculo "A Última Sessão de Freud", tem nova chance de assistir à bem-sucedida montagem dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain. Isso porque a peça, que já foi vista por mais de 35 mil pessoas, volta em cartaz no Teatro Bravos entre os dias 20 de janeiro e 30 de abril de 2023, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h. Sucesso de público e crítica, o espetáculo já fez turnê pelas cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, João Pessoa, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Campos do Jordão, sempre com casa cheia. 

A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner - indicado ao Prêmio APCA 2022 por este papel) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20. Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus.

O texto de Mark St. Germain é baseado no livro "Deus em Questão", escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender porque um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” - tornando-se um cristão convicto.

No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.

O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.

“A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”, comenta o autor em entrevista sobre o espetáculo.

O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem. “O teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: 'A Última Sessão de Freud'. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor.

Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante. “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.


Sinopse do espetáculo
Em "A Última Sessão de Freud", no gabinete de Freud, na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S.Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.


Ficha técnica
"A Última Sessão de Freud"
Texto:
Mark St. Germain
Tradução: Clarisse Abujamra
Direção: Elias Andreato
Assistente de direção: Raphael Gama
Idealização: Ronaldo Diaféria
Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana
Cenário e figurino: Fábio Namatame
Assistente de cenografia: Fernando Passetti
Desenho de luz: Gabriel Paiva e André Prado
Iluminação: Nadia Hinz
Trilha sonora: Raphael Gama
Arte gráfica: Rodolfo Juliani
Fotografia: João Caldas
Iluminador: Cauê Gouveia
Designer de som: André Omote
Coordenador geral de produção: Ronaldo Diaféria
Produtora executiva: Jade Minarelli
Diretor de palco: Tadeu Tosta
Contrarregra: Vinicius Henrique
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtores associados:  Diaféria Produções e Itaporã Comunicação


Serviço
"A Última Sessão de Freud"
Temporada:
20 de janeiro a 30 de maio, às sextas e aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 19h
Teatro Bravos - Rua Coropé, 88, Pinheiros, São Paulo

Ingressos:  Plateia Premium: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Plateia inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada)
Balcão: R$100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/78780/d/170197

Bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito e débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 611 lugares
Acessibilidade: elevadores e escadas rolantes de acesso à sala de espetáculos em todos os andares, além de seis posições para cadeirantes e seis poltronas para obesos.

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