2. "Misery"
A medalha de prata vai para o espetáculo "Misery". Poucos artistas aproveitaram tanto a chance de se reinventar no teatro quanto Mel Lisboa, atriz que ficou famosa nacionalmente após protagonizar uma minissérie na principal emissora do país. No teatro, a atriz vem comprovando, não que precise mais disso, que é uma força da natureza. Ela esteve deliciosamente diabólica em "Misery", adaptação do romance de Stephen King, que esteve em cartaz até março no Teatro Porto, em São Paulo. Sob a direção certeira de Eric Lenate, o ator Marcello Airoldi esbanjou charme e carisma no papel de Paul Sheldon, o escritor mantido sob cárcere privado, e Alexandre Galindo brilhou em uma das cenas mais tensas do teatro nesse espetáculo, que é um sucesso da Broadway. Foto: Leekyung Kim. Confira a crítica: "Misery", peça de teatro traz Mel Lisboa deliciosamente diabólica.
3. "Quando Eu For Mãe, Quero Amar Desse Jeito"
No terceiro lugar do pódio, um espetáculo que coloca na essência do amor um tempero picante. "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito", dirigido com acidez, eficiência e sensibilidade por Tadeu Aguiar, esteve em cartaz até outubro no Teatro Raul Cortez. Com Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch, o texto de Eduardo Bakr é a nata da mais pura ironia fina. A peça teatral prova que as mulheres movem o mundo para o bem e para o mal. Nunca o amor foi retratado deste jeito no teatro, o que é sublime, estranho e... tétrico, mas, ao mesmo tempo, memorável. Foto: divulgação/Morente Forte. Confira a crítica: "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito": ninguém é anjo no teatro.
4: "Gaslight - Uma Relação Tóxica"
O Resenhando.com assistiu "Gaslight - Uma Relação Tóxica" em novembro, antes de excursionar pelo país - na última apresentação no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. Agora, o espetáculo conta com nova formação e traz os atores Gustavo Merighi e Maria Joana nos papéis que antes eram interpretados por Leandro Lima e Kéfera Buchmann. A última peça teatral dirigida por Jô Soares, com a colaboração de Matinas Suzuki Jr. e Mauricio Guilherme, ainda soa moderna nos dias de hoje. Isso não seria um feito impressionante se o espetáculo não fosse escrito pelo dramaturgo britânico Patrick Hamilton em 1938. Nessa releitura feminista, o final é um recado direto aos homens: as mulheres não são as mesmas. Não se encaixam mais no papel de pessoas indefesas, relegadas ao papel de vítimas, e muito menos esperam um príncipe encantado para salvá-las de um risco iminente em uma torre alta e inacessível. Elas são o próprio perigo. Foto: Priscila Prade. Confira a crítica: "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito": ninguém é anjo no teatro.
5. "A Família Addams"
Estrelado por Marisa Orth e Daniel Boaventura, o clássico atemporal "A Família Addams" voltou aos palcos paulistanos com uma história original e poderosa e ficou em cartaz até agosto no Teatro Renault. Na montagem de 2022, da Time For Fun, a jovem princesinha das Trevas, Wandinha Addams (Pamela Rossini, um destaque absoluto e um nome a ser acompanhado no teatro musical), está apaixonada por um rapaz de boa família. Também se destacam no musical Jana Amorim, que Brilhou como Mortícia Addams na apresentação assistida pelos críticos do portal Resenhando.com e Kiara Sasso, em um papel diferente de tudo o que já interpretou. Foto: divulgação. Confira a crítica: Musical "A Família Addams", requintado e sensual, é contagiante.
6. "Brilho Eterno"
O papel cada vez mais essencial das relações humanas, sobretudo no mundo pós-pandemia, reflete-se em "Brilho Eterno", montagem que trouxe ao palco do Teatro Procópio Ferreira até junho nos papéis principais os atores Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, com idealização, direção e encenação de Jorge Farjalla, o "Tim Burton brasileiro". Livremente inspirado no longa-metragem “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” - roteiro de Charlie Kaufman premiado com o Oscar, dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey (Joel) e Kate Winslet (Clementine), "Brilho Eterno", que traz no elenco ainda Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian, questiona, de maneira lúdica e por muitas vezes cômica, o quanto as pessoas se mostram dispostas a viver situações de sofrimento por amor durante a vida. Foto: Priscila Prade. Confira as críticas: Espetáculo "Brilho Eterno" prova que Jorge Farjalla é o Tim Burton brasileiro e "Brilho Eterno" em 10 motivos para não perder no Procópio Ferreira.
Uma atriz que não tem receio de mostrar as imperfeições. Essa é Maitê Proença em "O Pior de Mim", uma peça que mistura autobiografia com mágoa, poesia com realidade, simetria com imperfeições. Em cartaz até novembro no Teatro Uol, pela primeira vez em São Paulo, a peça teatral dirigida por Rodrigo Portella se baseia em uma tragédia pessoal vivenciada pela artista. Um crime bárbaro e uma sobrevivente recolhendo os cacos ao longo da vida. Foto: Dalton Valério. Confira a crítica: "O Pior de Mim" mostra o melhor de Maitê Proença.
10. "Assassinato para Dois"
0 comments:
Postar um comentário
Deixe-nos uma mensagem.