domingo, 18 de dezembro de 2022

.: Anelis Assumpção explora significados do sal em novo disco

Dirigido por Anelis Assumpção e co-produzido majoritariamente por mulheres pretas, o álbum chega às plataformas de streaming


No sabor, nos banhos sagrados, na conservação de matéria orgânica, na lágrima, no suor, no sangue e no mar. O sal é o equilíbrio da vida. Esse é o elemento da natureza que carrega o nome do novo lançamento da cantora, compositora, escritora e percussionista Anelis Assumpção, "Sal". 

Inspirado nas movimentações e reorganizações dos corpos femininos no mundo, este é o quarto trabalho de estúdio da artista e que já está disponível nas plataformas digitais (ouça aqui). O álbum se desdobra ainda em peças audiovisuais no canal do YouTube da cantora (assista aqui). 

Reclusa em sua cozinha - seu cômodo favorito da casa e onde seu processo criativo se desperta -, Anelis contou com nomes como Thalma de Freitas, Céu, Ava Rocha, Liniker, Tulipa Ruiz, Iara Rennó, Luz Marina, Marina Peralta, Marcelle e Gustavo Ruiz para dar vida às composições que integram esse disco, além de uma composição inédita de sua irmã, Serena Assumpção, que lhe falta em matéria mas se faz presente inspiração.

Para cada canção, a Anelis convidou uma co-produtora, trazendo as características e as identidades de cada uma para se misturar com as suas, como numa receita. “Cada mulher dessa - produtora, cantora e compositora - trouxe pra dentro do meu trabalho a sua identidade e a sua assinatura. Eu acho que isso também me fez olhar e escolher especialmente cada uma delas. Algumas com mais tempo de carreira em estrada, outras com menos, no entanto com uma assinatura e uma identidade muito definida na musicalidade, no propósito dentro da arte e da música”, resume Anelis. 

“UVA Niágara” é o primeiro ingrediente que chega para dar gosto a esse novo projeto musical. Juntamente com Larissa Luz, a faixa chega com múltiplas sonoridades, mostrando as belezas da cidade ao cruzar a avenida. "Benta", co-produzida por Luedji Luna, é uma música que fala sobre ancestralidade e família. “Violeta Blue”, por sua vez, é co-produzida por Céu e ressignifica a cor do amor.

“Uma imersão nas sonoridades propostas”. É assim que Anelis descreve a estética de "Empírica", que chega com uma mistura de idiomas e é co-produzida por Jadsa; em sequência  vem “Rasta” (co-produzida por Mahmundi) e “Manadeiro” (co-produzida por Thalma de Freitas). Esta última  é a herança de família que sua irmã, Serena Assumpção, deixou antes de partir. “Sinhá Sereia” e “Pouso de Ave Rara” (co-produzida por Josyara)  chegam com uma sonoridade que desperta a ancestralidade que Anelis carrega.

“Sangue Mioma” (co-produzida por Iara Rennó) e “Clitórias” (co-produzida por Maíra Freitas) nascem para reforçar que SAL é uma obra sobre o feminino e que fala sobre equilíbrios desequilibrados. Ao lado de Curumin, na faixa “Mais Uma Volta”, a artista mostra que, em torno do Sol, as pessoas são como planetas e, assim, finaliza a junção de todos ingredientes que dão vida a "Sal". “Esse álbum foi feito por mim, são as minhas composições e a minha identidade, que, de alguma forma, vai se costurando desde primeiro ao último álbum. Ao último não, ao quarto", finaliza.

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