terça-feira, 8 de novembro de 2022

.: Crítica: "Lilo, Lilo, Crocodilo" é filme infantil agradável sobre diferenças


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2022 


Lilo (voz do cantor Shawn Mendes, no original) era ainda um filhotinho de crocodilo quando foi adotado por Hector P. Valenti (Javier Bardem, de "Comer, Rezar, Amar"). Na verdade, não fica claro se o homem pagou pelo bichinho ou descaradamente o afanou da loja de animais exóticos. Contudo, a amizade entre os dois cresce, conforme o próprio crocodilo ganha um tamanho considerável. Como Lilo é bom na cantoria, Hector decide levá-lo para uma apresentação em dueto. No palco, diante da plateia o animal congela e não tem bom desempenho.


Assim, Hector, que havia dado como garantia de pagamento para a locação do teatro, a casa em que os dois moravam, parte dali para o mundo, deixando Lilo no sótão. Eis que um dia, a família Primm muda-se para a casa e o pequeno Josh (
Winslow Fegley) encontra o gigante que não sabe falar, mas canta muito bem. De supetão, o réptil que adora tomar banho, caviar e boa música, tira as fobias de Josh e ensina a mãe dele, Mme (Constance Wu, de "Podres de Ricos"), uma escritora de livros de receitas, a deixar de seguir fórmulas para que tudo não saia do controle. Até o pai percebe que reviver os bons tempos ainda é possível.

Enquanto acompanhamos mudanças significativas na família Primm, o colorido na telona do Cineflix Cinemas fica lindo tendo sempre músicas de fundo. No entanto, ainda que seja um filme com canções dos compositores de "O Rei do Show", não há tanto brilhantismo a ponto de garantir músicas chicletes. "Olha só para nós" consegue ser lembrada ao longo do filme, mas provavelmente pela repetição dela. Há ainda traços do sucesso "O Rei do Show" por meio da figura de Hector dentro de certos figurinos. Mas fica por aí.


Não há dúvida de que Lilo modifica a vida de todos, para melhorar, vira até modelo para os desenhos da mãe, chegando a posar igual a Rose faz para o Jack no clássico "Titanic"Quando vai ao Central Park, "Lilo, Lilo, Crocodilo" dá entender que irá servir cenas lindas no estilo do clássico "Encantada", o que não acontece e frustra bastante quem assiste e passa durante todo o filme esperando aquele momento em que acontece uma grande ligação. 

Apesar disso, "Lilo, Lilo, Crocodilo" é uma produção bastante agradável para se assistir em família, pois trabalha ensinamentos importantes para os tempos atuais em que o respeito aos diferentes é reduzida ao menosprezo em nome da lacração. Além disso, valoriza a família e o convívio no lar. Vale a pena conferir!


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

"Lilo, Lilo, Crocodilo" (Lyle, Lyle, Crocodile)
Classificação:
 Livre
Ano: 2022
Diretor: Josh Gordon, Will Speck
Duração: 01h47 
Elenco: Shawn Mendes (Lyle), Winslow Fegley (Josh Primm), Constance Wu, Javier Bardem (Hector P. Valenti), Brett Gelman (Mr. Grumps), Scoot McNairy (Mr. Primm), Lyric Hurd (Trudy)


Trailer de "Lilo, Lilo, Crocodilo"




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