Thomas Piketty é mundialmente reconhecido pela sólida pesquisa sobre desigualdade e redistribuição de renda, que levou o tema de seu estudo acadêmico ao centro das discussões políticas e das agendas internacionais. Mas sua imersão em tópicos áridos como a concentração da riqueza não o coloca no time dos apocalípticos. É bem verdade que, nas últimas gerações, os contrastes econômicos e sociais têm aumentado de forma significativa em diversas partes do mundo - e Piketty é um dos estudiosos mais dedicados a compreender e encontrar soluções para este problema. Mas o fato é que, ao longo dos séculos, temos caminhado rumo a uma maior igualdade.
Em "Uma Breve História da Igualdade", lançado no Brasil pela editora Intrínseca, o renomado economista francês mostra que, apesar dos retrocessos e contratempos, existe um movimento histórico orientado para a igualdade, pelo menos desde o fim do século XVIII. Em pouco mais de trezentas páginas, o autor de "O Capital no Século XXI" - obra seminal que revolucionou o pensamento econômico contemporâneo - oferece sólidos argumentos de por que devemos ser otimistas em relação ao progresso humano.
No livro traduzido poe Maria de Fátima Oliva Do Coutto, Piketty conduz o leitor pelos grandes movimentos que moldaram o mundo moderno para melhor e pior: o crescimento do capitalismo, as revoluções, o imperialismo, a escravidão, guerras e a construção do Estado de bem-estar social. Narra, em suma, uma história de violência e luta social, pontuada por retrocessos, catástrofes e recuos identitários. Sua análise de todos esses eventos exemplifica como as sociedades humanas evoluíram em direção a uma distribuição mais justa de renda e bens, a uma redução das desigualdades raciais e de gênero, e a um maior acesso aos cuidados de saúde, à educação e aos direitos de cidadania. Segundo o autor, nossa difícil marcha é política e ideológica, uma luta sem tréguas contra a injustiça.
Mas, para continuar avançando, precisamos aprender e nos comprometer com sistemas institucionais, legais, sociais, fiscais e educacionais capazes de fazer da igualdade uma realidade duradoura. Ao mesmo tempo, resistir à amnésia histórica e às tentações do separatismo cultural e da compartimentalização dos saberes. O que está em jogo é a qualidade de vida de bilhões de pessoas. Sabemos que podemos fazer melhor, conclui Piketty. O passado nos mostra o caminho. O futuro depende de nós. Você pode comprar "Uma Breve História da Igualdade", de Thomas Piketty, neste link.
O que disseram sobre o livro
“Uma oportunidade para os leitores conhecerem, de maneira muito clara, o maior argumento de Piketty sobre as origens da desigualdade e seu projeto para combatê-la.” — The New York Times
“[Um] livro excepcional. Piketty transforma o progresso até o momento em uma convocação para continuar a luta por justiça.” — Daniel Markovits, autor de "A Cilada da Meritocracia"
Sobre o autor
Thomas Piketty leciona na École d’Économie de Paris, é diretor na École des Hautes Études em Sciences Sociales, na França, e codiretor do World Inequality Lab. Formado pela London School of Economics, foi professor de economia do MIT. É autor de "O Capital no Século XXI", traduzido para mais de 40 idiomas e com mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos no mundo, além de ter sido eleito Livro do Ano do Financial Times e listado entre os dez melhores livros pela Veja em 2014.
Publicou também "Capital e Ideologia", "A Economia da Desigualdade", "É Possível Salvar a Europa?", "Às Urnas, Cidadãos!" e "Por Uma Europa Democrática", lançados pela Intrínseca. Por sua obra, recebeu em 2013 o prêmio Yrjö Jahnsson, conferido pela Associação Europeia de Economia. Publicou inúmeros artigos nos principais periódicos especializados, como Quarterly Journal of Economics, Journal of Political Economy, American Economic Review e Review of Economics Studies.
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