Em 19 de setembro, a Companhia das Letras lança o novo livro de Antonio Prata, um dos principais cronistas da atualidade. "Por Quem as Panelas Batem", o autor reúne 60 crônicas políticas publicadas por Antonio Prata no jornal Folha de S.Paulo de junho de 2013 a fins de 2021. A inteligência e o bom humor de Prata ajuda a manter de cabeça erguida as pessoas em meio ao caos político do dia a dia.
“São instantâneos ou esquetes do desmantelo social e político da última década” que compõem uma espécie de 'diário da queda'”, como define o autor. Em suas palavras, os textos trazem “um olhar pessoal, subjetivo, com todos os recortes, vantagens e limitações do ponto em que me encontro no tecido social”. Além da perspicácia inigualável para revelar as misérias de nossa experiência contemporânea, o autor mantém uma espécie de militância renitente em defesa da poesia do cotidiano e do maravilhoso potencial da sociedade brasileira.
Em seus textos, oscila entre o pavor pessimista e o otimismo de acreditar que o descalabro representado pelo bolsonarismo é “o grunhido do velho mundo, agonizante, sendo arrastado para o passado”. Relê-los em conjunto, nas 320 páginas do livro, e com o benefício do distanciamento temporal, é tão prazeroso quanto iluminador.
Sobre o autor
Antonio Prata um dos mais prolíficos cronistas brasileiros. Nascido em São Paulo, em 1977, publicou mais de 15 livros, entre eles os infantis "Jacaré, Não!" (Ubu, 2018) e "Felizes Quase Sempre" (Editora 34, 2013). Pela Companhia das Letras, lançou "Nu, de Botas" (2013) e "Trinta e Poucos" (2016). Escreve roteiros para televisão e cinema e mantém uma coluna no jornal Folha de S.Paulo, aos domingos.
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Confira alguns trechos do livro.
"Minha mãe deu-me à luz no fim da ditadura militar. Passei pro ensino fundamental no primeiro ano da redemocratização. Entrei no médio durante a Constituinte. Meus primeiros holerites foram sob os governos Fernando Henrique e Lula. Não era completamente fora de lugar, portanto, suspeitar que o Brasil, talvez, quem sabe, vejam só, estivesse melhorando. Devagar, é verdade, mas melhorando. Daí veio 2013 e pareceu que a história nacional, de 1980 até então, era só a subida da montanha-russa. Este livro é uma espécie de diário da queda."
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"Estou longe de ser um especialista em política. O que tento, como cronista, é expor as minhas sensações, inquietações e suspeitas diante dos fatos, na esperança de que elas encontrem alguma ressonância no leitor. São muito menos análises e interpretações do que instantâneos ou esquetes do desmantelo social e político da última década."
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"Publico o livro às vésperas da eleição de 2022 para presidente. Mais do que a escolha de um novo mandatário, faremos um plebiscito em que o Brasil decidirá se pretende sepultar de vez sua democracia troncha e mergulhar na barbárie bolsonarista, ou se, elegendo qualquer outro candidato, vai caminhar em direção ao estado de direito."
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Os livros de Antonio Prata neste link.
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