Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2022
No terceiro episódio da série "She-Hulk", intitulado de "The people vs. Emil Blonsky", o resuminho recapitula como a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) virou "Mulher-Hulk", reforça a entrada da grande rival da verdona e o caso em que trabalha para defender o "fugitivo", Emil Blonsky, o Abominável (Tim Roth). Para tanto, Jenn vai até a prisão de segurança máxima na tentativa de entender o que fez Emil sair e retornar para a cela. E a resposta é: Wong (Benedict Wong)! Sim! O Mago Supremo das Artes Místicas que o público aprendeu a amar em "Doutor Estranho" e vive fazendo aparições em outras produções Marvel.
A sacada é boa, tanto é que depois que o nome do mago é mencionado pelo Abominável, a amiga da advogada pesquisa quem é o tal mago e faz com que a senhorita Walters fale com a câmera, ou melhor, com quem está do outro lado da tela. De fato, a curiosidade em ver Wong em cena passa a ser gigante. "She-Hulk" aproveita para ressaltar que as participações especiais não fazem da série uma produção presa nisso, uma vez que é sobre ela. Boa brincadeira com pegada crítica!
Assim, a "Mulher-Hulk" ganha a mídia e as redes sociais. Entretanto, a existência dela é questionada, incluindo a reclamação sobre “todos os heróis estarem virando mulheres” ou ainda um protesto de que “tiraram a masculinidade do Hulk e depois deram para uma mulher”. Fica um registro a respeito da excessiva crítica sobre heroínas como Jennifer Walters e Carol Danvers (Capitã Marvel), uma vez que não se encaixam no padrão de “feminilidade”.
A verdade é que "Mulher-Hulk" vai além de ser uma série com participações especiais e sobre uma advogada que com raiva fica enorme e na cor esmeralda. Embora tenha um CGI de visual duvidoso, é capaz de por em pauta tantos questionamentos do público que atingiram a produção, principalmente da necessidade da representatividade feminina entre os heróis Marvel de destaque. Seja pela escolha de dar um seriado para o lado mulher de Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) ou por não criarem uma nova heroína -mesmo que existam tantas que ainda seguem mantidas à sombra. É indiscutivelmente um grande feito!
Entre os casos que tornam o episódio muito empolgante, está o de uma elfa da luz metamorfa de Nova Asgard que se passou por Megan Tee Stallion e tirou uma grana violenta de um ex-parceiro de trabalho de Jen, Dennis Bukowski. E enquanto era apresentada a esse caso, acontece a entrada de Wong. Ele ao lado de "She-Hulk" é um visual que incomoda, pois a nova heroína está em roupas largas, de tamanho gigante e com um andar bastante desengonçado. Muito estranho de se ver!
Enquanto o caso da elfa metamorfa, Runa que se transforma de modo similar ao de Loki, a senhora Walters defende a soltura de o Abominável, uma vez que ele está recuperado e tem à espera sete mulheres para amá-lo. Num bar, com a amiga, chega Pug (Josh Segarra) e Walters vira para a câmera e fala: "conectando a história A e B. Legal!"
De fato, "She-Hulk" pode não ter o melhor CGI para a protagonista, mas não só garante várias participações, como conecta diversas histórias das já apresentadas, seja de "Homem Aranha: Sem Volta Para casa" ou "Thor: Ragnarok", por exemplo. Sim! Aos fãs mais observadores diversas informações extras são apresentadas a cada episódio. E as cenas pós-créditos desse episódio estão imperdíveis com a participação de Megan Tee Stallion! Vale a pena conferir todos os minutos de "The people vs. Emil Blonsky", sim!
Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis
Episódio: 3, "The People vs. Emil Blonsky"
Exibido em 1 de setembro de 2022
*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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