quinta-feira, 25 de agosto de 2022

.: Instituto Tomie Ohtake expõe obras do maior acervo de desenhos

Com trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à contemporaneidade, O rinoceronte: 5 séculos de gravuras do Museu Albertina, apresenta ao público paulistano obras de Dürer, Ticiano, Rembrandt, Goya, Toulouse-Lautrec, Munch, Klimt, Klee, Picasso, Matisse, Chagall, Warhol, entre outros. Foto: Divulgação / domínio público. ALBRECHT DÜRER, O rinoceronte, 1515, Xilogravura e impressão tipográfica, The ALBERTINA Museum, Vienna


Os trabalhos reunidos em "O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina" são provenientes do maior acervo de desenhos e gravuras do mundo, o The Albertina Museum Vienna, fundado em 1776, em Viena, que conta com mais de um milhão de obras gráficas. A seleção das 154 peças para esta mostra, organizada pelo curador chefe do museu austríaco, Christof Metzger, em diálogo com a equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake, é mais um esforço da instituição paulistana de dar acesso ao público brasileiro a uma coleção de história da arte, não disponível em acervos do país.

Com trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à contemporaneidade, a exposição, que tem patrocínio da CNP Seguros Holding Brasil, chega a reunir mais de dez trabalhos de artistas célebres, para que o espectador tenha uma visão abrangente de suas respectivas produções em série sobre papel. “A exposição constrói uma ponte desde as primeiras experiências de gravura no início do século XV, pelos períodos renascentista, barroco e romântico, até o modernismo e à arte contemporânea, com gravuras mundialmente famosas”, afirma o curador.

O recorte apresentado traça um arco, com obras de 1466 a 1991, desenhado por artistas marcantes em suas respectivas épocas, por meio de um suporte que, por sua capacidade de reprodução, desenvolvido a partir do final da Idade Média, democratizou ao longo de cinco séculos o acesso à arte. O conjunto, além de apontar o aprimoramento das técnicas, consegue refletir parte do pensamento, das conquistas e conflitos que atravessaram a humanidade no período.

Divulgação / domínio público
EDVARD MUNCH, Medo, 1896, Cromolitografia a tinta e giz litográficos e agulha em preto e vermelho, The ALBERTINA Museum, Vienna

Do Renascimento, cenas camponesas, paisagens, a expansão do novo mundo pautado pela razão e precisão técnica desatacam-se nas calcogravuras (sobre placa de cobre) de Andrea Mantegna (1431–1506), as mais antigas da mostra, e de Pieter Bruegel (1525–1569), e nas xilogravuras de Albrecht Dürer (1471­–1528), pioneiro na criação artística nesta técnica, cuja obra “Rinoceronte” (1515) dá nome à exposição. O artista, sem conhecer o animal, concebeu sua figura somente por meio de descrições. O processo, que ecoou em Veneza, fez com que Ticiano (1488 – 1576) fosse o primeiro a permitir reprodução de suas obras em xilogravura por gravadores profissionais. Já a gravura em ponta seca, trabalho direto com o pincel mergulhado nas substâncias corrosivas, possibilitava distinções no desenho e atingiu o ápice nas obras de Rembrandt (1606–1669), que acrescentou aos valores da razão renascentista a sua particular fascinação pelas sombras.

Nos séculos XVII e XVIII, possibilitou-se com a meia tinta, o efeito sfumato, e com a água tinta, a impressão de diversos tons de cinza sobre superfícies maiores. Francisco José de Goya y Lucientes (1746–1828) foi um dos mestres desta técnica, aprofundando a questão da sombra em temas voltados à peste e à loucura. Enquanto Giovanni Battista Piranesi (1720–1778) tem a arquitetura como tônica de suas gravuras em água forte, na mesma técnica Canaletto (1697–1768) constrói panoramas de Veneza.

A exposição, realizada com a colaboração da Embaixada da Áustria no Brasil, reúne outros nomes seminais da história da arte moderna como Paul Klee (1879–1940), um conjunto de várias fases de Pablo Picasso (1881–1973), Henri Matisse (1869–1954), Marc Chagall (1887–1985); alcança ainda artistas pop, que se utilizaram particularmente da serigrafia a partir de 1960, como Andy Warhol (1928–1987), até chegar nos mais contemporâneos como Kiki Smith (1954–), além de outros mestres do século XX.


Serviço:

Exposição: O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina – Coleção Museu Albertina, Viena

Visitação: 02 de setembro a 20 de novembro de 2022 - de terça a domingo, das 11h às 20h

Patrocínio: CNP Seguros Holding Brasil, Aché, AB Concessões, BMA Advogados, Fronius e Villares Metals.

Parceiros Institucionais: Align, Bloomberg, Comolatti, Seguros Unimed.


Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 – Complexo Aché Cultural

(Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP 

Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela

Fone: 11 2245 1900

institutotomieohtake.org.br


← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comments:

Postar um comentário

Deixe-nos uma mensagem.

Tecnologia do Blogger.