Conceição Evaristo é a autora homenageada da festa, que terá mais de 120 atrações gratuitas para todas as idades; com curadoria mais horizontal, parte da programação foi definida por edital; outra novidade desta edição é a Feira de Livros com a participação de diversas editoras
A FLIMA 2022 – 5ª Festa Literária Internacional da Mantiqueira acontece entre os dias 25 e 28 de agosto, presencialmente, em Santo Antônio do Pinhal (SP). Com o tema “decolonialidade” e Conceição Evaristo como autora homenageada, a festa anuncia a programação completa com duas novidades: entrada gratuita em todas as atrações e uma feira de livros com a presença de diversas editoras.
O festival conta com mais de 120 atividades gratuitas para crianças, jovens e adultos, com mesas literárias, lançamento de livros, oficinas, música, teatro e contação de histórias. E também abriga uma feira de produtores com delícias da gastronomia regional.
A programação do Auditório, definida pela curadoria, reúne nomes como Mel Duarte, Sacolinha, Bianca Santana, Camilla Dias, Karina Buhr, Quito Ribeiro, Fido Nesti, Eduardo Suplicy, Mariana Salomão Carrara e Xico Sá.
A abertura está marcada para quinta-feira (25), às 15h, com encontros que discutem os caminhos e as fronteiras da sustentabilidade e da cultura, na Serra da Mantiqueira, a partir de literatura de viagem, pesquisa científica, ecologia e arte. A mesa "Paisagem tem dono?" encerra a noite com um debate sobre os riscos da gentrificação da Mantiqueira.
Na sexta-feira (26), a programação tem início às 14h30 com a mesa “Gastronomia e História”, que reúne o sociólogo Carlos Dória e a chef de cozinha Anouk Migotto (que lança "Donna Mantiqueira") com mediação da jornalista Flávia Pinho (lançando "Uma fatia da Itália"). Em seguida, às 16h, Eduardo Suplicy reflete sobre “Um outro mundo possível”, em conversa mediada pelo curador da FLIMA, Roberto Guimarães, e lança o livro “Um jeito de fazer política”.
Os quadrinhos também entram em foco na sexta-feira, às 17h30, numa mesa com Fido Nesti – que recentemente venceu o prêmio Eisner, considerado "o Oscar dos Quadrinhos", por sua adaptação de "1984", de George Orwell – e Alex Mir (que está lançando “Orixás: Os Nove Eguns”), com mediação de Dani Marino. Às 19h, Xico Sá conversa sobre futebol e literatura com o jornalista Rodrigo Casarin e lança o romance “A Falta”. Às 21h ocorre o espetáculo teatral “Naquela Noite Eu Olhei Pela Janela e Vi a Lua Morrer”, de Ricardo Brighi, que aborda o envelhecer de um homem gay.
No sábado (27) a programação tem início às 10h com a mesa “Cronicamente”, com o jornalista e escritor Ivan Ângelo, que aos 86 anos de idade lança o livro "Sex Shop". A mediação é de Cassiano Elek Machado. Às 11h30, a FLIMA recebe a mesa “Luto e Luta”, com os escritores Fabrina Martinez (lançando “Sabendo que és minha”) e Tiago Feijó, que teve seu romance “Doze Dias” premiado em Portugal no final do ano passado. A mediação é de Tatiana Lazzarotto (lançando "Quando as árvores morrem").
Às 14h30 ocorre a mesa “Afetos e masculinidade” com os escritores Sacolinha e Mário Medeiros. A mediação é de Maria Carolina. Em seguida, às 16h, a mesa “Luiz Gama: intelectual público” reúne Ligia Fonseca Ferreira e Luiz Paulo Lima. Às 17h30, ocorre a mesa “Funk e Empoderamento feminino” com Luci Gonçalves e Tamiris Coutinho (lançando “Cai de boca no meu b*c3t@o: o funk como potência de empoderamento feminino”). Às 19h, Leandro Rafael Perez (lançando “Baldomero”), Mariana Salomão Carrara (lançando “Não fossem as sílabas do sábado”), Nilton Resende (lançando “Fantasma”) se encontram na mesa “Estratégias Narrativas”, com mediação da crítica literária e YouTuber Tamy Ghannam. Às 21h será apresentado o espetáculo teatral “Cartas de uma mãe-filha-artista”, de Ligia Kohan, construído a partir de cartas escritas pela artista durante a pandemia.
O domingo (28) começa com a mesa “Literatura para todos”, às 10h, com Ana Carolina Carvalho, Carla Mauch e Dolores Prades. “Escrevendo e Inspirando”, mesa em homenagem a Conceição Evaristo, às 11h30, terá a participação de Mel Duarte e Camilla Dias.
"Brasil em transe", às 14h30, promove o encontro de Bianca Santana (lançando “Arruda e Guiné”) com a jornalista Adriana Ferreira Silva. A relação entre música e literatura está no centro da conversa “Escrevendo por música”, às 16h, com a cantora e compositora Karina Buhr (lançando o romance “Mainá”), Quito Ribeiro (lançando “No canto dos ladinos”) e Guilherme Wisnik (lançando “Caetano Veloso e o Brasil”).
Programação paralela
Neste ano, a FLIMA traz também outra novidade: uma programação muito rica e diversificada definida a partir de edital, com oficinas, rodas de conversa, debates, apresentações musicais e lançamentos de livros, entre outras atividades, que ocupam o pátio, as salas de aula e a quadra da Escola Municipal Noé Alves Ferreira e a Praça do Artesão, principal praça da cidade.
"Nossa intenção, com o edital, foi tornar a curadoria mais horizontal e democrática, de forma que o público e também os artistas pudessem se inserir e estar na programação, ocupando a Mantiqueira", afirma Roberto Guimarães, idealizador da FLIMA. "Foi uma decisão natural, alinhada com o pensamento decolonial que orientou nossas escolhas".
Editoras, selos, coletivos e livrarias também foram selecionados para participar da primeira edição da Feira de Livros na FLIMA, que terá intensa programação cultural, com encontros com autores e diversos lançamentos de livros.
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