sábado, 20 de agosto de 2022

.: 1x1: She-Hulk, "A Normal Amount of Rage" é apresentação apressada


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2022


Não há como negar que o verdão interpretado pelo ator Lou Ferrigno, no seriado "O Incrível Hulk", espalhou medo com seus surtos de irritação ao fazer o doutor David Banner (Bill Bixby) crescer, mudar de cor e partir para a pancadaria com o peito desnudo. O tempo passou, o monstro incontrolável ganhou filmes solos -que foram bastante criticados, "Hulk" (2003) e "O Incrível Hulk" (2008)-, atuou ao lado de "Os Vingadores" e em 2022 chega ao Disney Plus no seriado da prima, a "She-Hulk", em português "Mulher-Hulk" (Tatiana Maslany).

Antes de começar o primeiro episódio, intitulado "A Normal Amount of Rage" (Uma Quantidade Normal de Raiva), ouve-se a música-tema da Marvel, sem acelerar como feito na série de curtas animados "I´m Groot" e constata-se a inserção da Poderosa Thor"Ms. Marvel" na marca. Em tempo, o letreiro do Universo Cinematográfico Marvel nunca esteve tão feminino como agora. Sim! Há ainda a Viúva-Negra, Capitã Marvel, Gamora, Okoye e mais.

"She-Hulk", que na primeira aparição da advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany), após lançar a pergunta "qual é a responsabilidade de quem está no poder?", conquista um grande caso, mas volta para a salinha de escritório para falar com quem está do outro lado da tela. Sim! Em "She-Hulk" há o uso da interação com o público. Assim, Jen volta alguns meses quando ela fazia uma viagem com o primo Bruce Banner (Mark Ruffalo) que trabalha há tempos na cura de seu braço -perdido em confronto no longa "Os Vingadores: Ultimato"

Aliás, é justamente por conta de uma falha nesse "curativo" que tudo muda na vida de Jen que passa a ficar verdona quando irritada. E não é que a transformação chega a ser instantânea?! É justamente nesse ponto que o artificial ganha bastante a tela com "Mulher-Hulk". Mesmo após a chuva de críticas dos fãs, a heróina não ficou perfeita visualmente. Volta e meia deixa a sensação do quanto tudo ali se trata de computação gráfica. Todavia, quem disse que existe algum Hulk, não é mesmo?! É uma história de heróis somente!

Bruce, então, passa a estudar a prima, a ajuda lidar com os poderes e, o principal, a controlá-los. Ela é uma boa aluna e aprende tudo rápido e sempre inserindo algumas piadinhas. Entre elas está o assunto: virgindade do Capitão América. No entanto, uma hora ela se cansa de viver numa cabana no México e parte para seguir na carreira advogada. Ao levar o público de volta ao início do episódio, enquanto está atuando, ou melhor, iniciando o argumento, assusta-se -assim como todos os presentes- ao brotar ali a grande vilã da prima de Banner: Titânia (Jameela Jamil, de "The Good Place"). 

O episódio com somente 30 minutos de trama, excluindo os créditos acontece de modo bastante apressado, incluindo a contaminação e o imediato efeito no organismo de Jen, o treinamento da heroína e, claro, a forma precisa que nocauteia tão poderosa rival no primeiro embate. Contudo, é extremamente satisfatório ter a história de mais uma mulher poderosa, assim como vem acontecendo, incluindo as recentes produção de "Ms. Marvel" e inserindo a Poderosa Thor no longa "Thor: Amor e Trovão". Vale lembrar que há cena pós-créditos com uma revelação!

Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: "A Normal Amount of Rage"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 18 de agosto de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"


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