quinta-feira, 21 de julho de 2022

.: Crítica: "O Dia dos Mortos" é remake descartável de clássico


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Uma história rasa para zumbis ágeis. Assim poderia ser resumida a refilmagem de 2018 para o clássico "Dia dos Mortos". O longa que em inglês tem subtítulo "Day of Dead: Bloodline", é o segundo remake para o filme clássico lotado de mortos-vivos -que até correm. E, infelizmente, nada acrescenta para os filmes do gênero terror ou infestado de zumbis. De fato, a produção dirigida por Hèctor Hernández Vicens é uma bobageira descartável.

Todavia, deixa a marca do desserviço para um saga respeitada. Ainda mais ao considerar que o original, de 1985, foi lançado como o terceiro filme da saga de filmes de zumbis "Dead Series", com direção de George A. Romero. E, ainda, o primeiro remake, lançado em 2008, passou pelas mãos do consagrado Steve Miner ("A Casa do Espanto", "Sexta-feira 13", "Halloween H20: Vinte Anos Depois").

Apesar de trazer para as telonas uma nova história com mortos-vivos, a audácia assustadora da produção de 2018, deixa nítido que não há razão para existir tal longa de quase 1h30. A trama acontece em torno de Zoe (Sophie Skelton) que consegue um "zumbi para chamar de seu". Inicialmente, Max (Johnathon Schaech) é um paciente fissurado na estudante de medicina. Contudo, ele é mordido por um morto-vivo enquanto tentava abusar da mocinha.

Eis que passados 5 anos, ela vive num abrigo com outros, enquanto segue nas pesquisas em busca da cura para o vírus zumbi. Apesar de estarem seguros ali, uma menininha precisa de medicamentos específicos que não tem na área. Zoe sabe que tem na universidade em que estudava e, claro, onde estavam. Nessa visita ao antigo espaço de estudos, o zumbi tarado, de tão obstinado consegue reencontrá-la. Como? Pelo cheiro. Para não perdê-la de vista, dá uma de Rambo enquanto repete que "ela é dele".

Embora não seja um grande filme -orçamento de 8 milhões de dólares-, considerando a situação a que passamos e ainda vivemos nos dias de hoje, o da pandemia, é possível encontrar alguma importância em "O Dia dos Mortos". Principalmente ao considerar o objetivo de Zoe e seu feito -apresentado ao fim do longa. De toda forma, o filme búlgaro se resume ao trauma sexual da protagonista que ainda termina ressaltando a necessidade de "baixar a guarda, ser feliz e amar". 


Filme: "O Dia dos Mortos" ("Day of Dead: Bloodline")

Gênero: Terror/ Thriller

Classificação: 16 anos

Ano de produção: 2018

Direção: Hèctor Hernández Vicens

Roteiro: Lars Jacobson , Mark Tonderai

Duração: 89m

Distribuído por: Universal Studios

Data de lançamento: 23 de março de 2018 (Brasil)

Elenco: Johnathon Schaech, Marcus Vanco, Jeff Gum, Sophie Skelton, Atanas Srebrev, Cristina Serafini, Debbie Sherman, Lillian Blankenship, Lorina Kamburova, Luke Cousins, Mark Rhino Smith, Nathan Cooper, Rachel O'Meara, Shari Watson, Ulyana Chan


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


0 comments:

Postar um comentário

Deixe-nos uma mensagem.

Tecnologia do Blogger.