domingo, 5 de junho de 2022

.: "No Limite": Guza é eliminada mesmo com toda força e garra nas provas

Domingo (5), ela e Vanderlei encaram o bate-papo com Ana Clara no "A Eliminação". Foto: TV Globo


Guza não economizou: deu o máximo,  mostrou toda a sua força e garra nas provas. Já no acampamento da tribo Lua, por ser mais observadora, acabou se prejudicando. A competidora diz que não sabe forçar amizades e precisou de um pouco mais de tempo para criar alianças verdadeiras. Nisso, se viu em um subgrupo onde era minoria e seus parceiros acabaram eliminados em articulações muitas vezes encabeçadas por Victor. No Portal da última quinta-feira, dia 2, Guza já sabia o seu destino. “A Tribo Lua é um desastre. Enquanto tribo, não existe. Agora, assistindo à tribo Sol, por que não me colocaram lá (risos)? Na minha tribo era um jogo de egos muito grandes, se preocuparam imediatamente, desde o primeiro dia, em montar alianças para tirar os outros. Não era uma tribo inteligente, lamento. Acredito que eles não vão muito longe, não”, confessa a eliminada. 

Neste domingo, dia 5, Ana Clara comanda o bate-papo com os dois participantes que deixaram o jogo nesta semana: Vanderlei, ex-tribo Sol, e Guza, ex-tribo Lua. No "A Eliminação", eles repercutem as suas trajetórias no programa, relembram os melhores momentos e fazem as suas previsões sobre as próximas eliminações.

Na entrevista a seguir, Guza fala sobre a sua experiência no programa, revela as suas maiores dificuldades do jogo, conta as suas impressões sobre as tribos e revela para quem fica a sua torcida. 

 

Como foi a experiência para você, valeu a pena? 

Valeu demais a experiência de ter me testado em um jogo em que eu me preparei apenas fisicamente e não tinha a dimensão psicológica que envolveria. Valeu a pena por ter conhecido pessoas maravilhosas que eu quero levar para o resto da minha vida, esses foram os meus grandes prêmios lá dentro: Kamyla, Roberta, Shirley, Adriano e Rodrigo. Valeu por eles.  

  

Quais foram os maiores desafios que você precisou superar? 

Pra mim, o maior desafio, com certeza, foram as noites. Eu tenho muita sensibilidade ao som, barulho, e eu passei muitas noites sem conseguir dormir porque o pessoal ou cantava, ou conversava, ou estava roncando. Sou uma pessoa que precisa de silêncio para viver e ali eu não tinha paz em hora nenhuma. Essa questão do sono, para mim, pegou muito. Detonou demais o meu humor e isso afetou na convivência.   

  

Como você avalia a tribo Lua? 

A Tribo Lua é um desastre. Enquanto tribo, não existe. Agora, assistindo à tribo Sol, por que não me colocaram lá (risos)? Na minha tribo, era um jogo de egos muito grandes, pessoas que se preocuparam imediatamente, desde o primeiro dia, em montar alianças para tirar os outros. Desastre total. Não era uma tribo inteligente, lamento. Acredito que eles não vão muito longe, não.  

  

Desde os primeiros dias, a tribo já começou a se desentender e se subdividir, diferente da tribo Sol. Por que acredita que isso aconteceu? 

Desde o começo, foi uma divisão por afinidade. No primeiro portal, eu votei na pessoa que achava fisicamente mais fraca. E fui votada pelo outro grupo, mas já por afinidade. Eu não sou uma pessoa que chega no primeiro dia chamando de "amiga", sou mais analítica, mais fechada. Procurei entender as profissões das pessoas, o que elas faziam, de onde vinham, por que elas estavam ali, para então tentar estabelecer uma conversa. E consegui com quase todas, menos com Day e Victor; realmente a gente não tinha muitos assuntos em comum. Por eu ter esse jeito mais reservado, não chegar com um cartaz querendo me fazer superamiga de todo mundo, de cara já fui logo votada. Mas eu só estava tentando criar uma identificação natural com as pessoas porque eu não sei forçar as coisas.  

  

Um desses desentendimentos foi entre você e Victor, que em certo momento viraram rivais declarados no jogo. Comente um pouco sobre a sua relação com ele e as discussões que tiveram. 

Meu desentendimento com o Victor foi por conta da forma que ele expôs a Roberta e falou sobre ela durante o programa inteiro, que culminou num portal longo e estressante. Não foi um desentendimento comigo diretamente, ou por questões relacionadas a mim – eu só defendia as pessoas em que eu acreditava lá dentro. O Victor é muito reativo, ele usa o deboche e a ironia com agressividade o tempo todo, não tem empatia com as pessoas. Por isso que eu falei que ele gosta de ganhar “no grito”. 

  

Você também chegou a ter um desentendimento com Bruna, mas depois se aproximaram e chegaram a chorar juntas pouco antes da sua eliminação. Como foi a sua relação com ela no jogo? 

No Portal que deu o empate, o Victor me desestabilizou falando da Roberta e eu acabei falando da Bruna, e eu não deveria ter feito isso. Até então, eu não tinha desentendimento nenhum com ela. Mais uma vez, tive problemas com um integrante por defender um aliado meu. Ela chorou, sim, porque no fundo a gente não tinha nenhum tipo de problema. Pedi desculpas depois, e falei que ela era uma mulher com muita garra, muita força de vontade.  

  

A tribo Lua mandava muito bem nas provas de força bruta, mas nem tanto na hora do raciocínio lógico. E dois dos participantes que ocupavam esse lugar na tribo eram a Kamyla e o Adriano. Você acha que essas eliminações podem ter custado caro para o grupo? 

Custou muito caro, mas era difícil fazer com que entendessem a importância de um integrante que tivesse um jogo mais mental e de raciocínio lógico. O Janaron, por exemplo, tem um pensamento muito "guerreiro", então, para ele, quem tinha que estar ali eram pessoas fortes fisicamente. Ele vota na Kamyla desde o primeiro portal, não tinha como, era impossível. O voto no Adriano realmente foi a única coisa da qual me arrependi no jogo. Ele já estava inclinado e aliado com os meninos, porque realmente têm histórias de vida e trajetórias muito parecidas, e existe essa identificação, é normal. Assim como eu tive uma conexão com a Kamyla de imediato, por exemplo. Me arrependo muito desse voto, ele me dava muita paz, uma pessoa com quem eu conseguia conversar, muito inteligente.

  

Você chegou a brincar que os participantes da tribo Lua eram “fortes, ágeis e burros”. Fale um pouco sobre essa afirmação. 

Esse foi um jargão que a gente falava muito lá, todo mundo. A gente ficava brincando direito com isso porque estava óbvio, né? (risos). A gente conseguia quebrar parede, carregar coisa, subir tronco, correr por cima da água, mas não conseguia montar um quebra-cabeça. A gente se sacaneava numa forma de brincar com a tragédia, e é verdade.  

  

Depois de diversos portais, foi na saída da Roberta que o jogo começou a virar para a Lua, que conseguiu buscar forças “no ódio” e venceu uma sequência de provas. O que fez com que vocês “acordassem”? 

A saída da Roberta foi bem difícil pra mim, não conseguia comer. Depois de toda aquela briga no Portal, eu somatizei muito para não destrambelhar e falar coisas indevidas, e senti isso no meu corpo. O que fez com que a gente acordasse foi a necessidade de sobrevivência real. Comecei a dar tudo de mim, mesmo com algumas pessoas não falando direito comigo. As únicas pessoas que eu conversava eram Rodrigo, Ipojucan e Charles. Eu precisava dar o meu melhor para não sair o mais rápido possível. E a gente conseguiu um equilíbrio que eu nunca tinha visto antes, foi inexplicável, mas acredito que foi necessidade de sobrevivência, mesmo.  

  

Você já sabia que seria o alvo nesse último Portal? 

As cartas já estavam marcadas desde o portal da Kamyla. O próximo vai ficar entre Rodrigo e Bruna, eu acho. Acredito que eles não tiram Janaron agora porque o Ipo não vai deixar.  

  

Outro nome levantado para o Portal foi o do Janaron. Chegou a pensar em articular alguns votos para ele e tentar se salvar? 

Quando a gente perdeu aquela prova, eu abracei o Charles e falei que, pela primeira vez, eu me senti parte de uma tribo e não estava querendo sair. E ele falou: "não era para você sair agora, amiga, estou arrasado". Mas eu jamais iria me unir a uma pessoa como o Victor para articular. Nisso eu sou irredutível. Saio com a cabeça erguida, prefiro isso do que ir pedir voto e articular com ele, ainda mais para tirar o Janaron, jamais! Janaron merece ir bem longe no programa. De jeito nenhum eu iria confabular voto para tirar o Janaron, nem o Rodrigo. Dou a minha vida por alguém que eu acredito e que tem merecimento. E o Janaron merece estar ali.  

  

Na sua visão de jogo, quem são os competidores mais fortes até o momento? 

Pedro, Lucas, Flávia, Victor e Charles.  

  

Agora aqui fora, se surpreendeu com o jogo de alguém? 

Virei fã do Matheus Pires (risos), queria muito ter estado na Sol com ele! Gostei muito da sororidade das meninas da tribo Sol, que pode ser confundido também como uma "guerra de sexos", mas não é isso. São mulheres que se ajudam, não se julgam. Na Lua só havia eu e Janaron do Nordeste, isso foi uma dificuldade pra mim. Queria muito ter feito parte da Sol, ter conhecido a Ninha, Déia, Flávia, Tiemi, Patrícia, Veronica, Clécio, Lucas... Me surpreendi muito com o jogo da Ninha. Lá eu a achava chata e muito reativa, mas, vendo agora de fora, se eu pudesse a definir com uma palavra seria sororidade e parceria.  

  

Quais foram os seus maiores aprendizados? 

Um dos meus maiores aprendizados foi enfrentar o problema e não querer ignorá-lo. Logo no primeiro portal, quando votaram em mim e vieram conversar comigo, fui muito ríspida. Eu entrei colocando uma barreira na minha frente e não queria que ninguém atravessasse. E eu fui mudando isso de forma rápida e orgânica, não foi pensado. Quando tentei uma bandeira de paz com o Ipojucan, foi algo vital para me sentir melhor no jogo, tanto que, depois, ele me ajudou em várias provas. Eu enxerguei, dentro de mim, que precisava parar de ser assim. Esse é o maior aprendizado da minha vida, priorizar o que é essencial. Eu não entrei ali pelos 500 mil reais. Aprendi a valorizar coisas pequenas, minha rotina, minha cama, meus amigos, minha família, meu trabalho... que saudade do meu trabalho! Você dá valor ao que é essencial. Isso, pra mim, valeu demais.  

  

Para quem fica a sua torcida? 

Minha torcida fica para o Charles. Acho uma pena que o Victor esteja apagando a estrelinha de quem o Charles é. Ele é um menino maravilhoso, bom em todas as provas, se dá bem com todo mundo, tem uma história de vida linda, ele é muito bom, estou torcendo demais para ele. Da tribo Sol, gosto muito do jogo da Flávia. Se eu pudesse escolher quem eu seria de lá, seria ela, sem confusão, neutra, boa de prova. Ela tem uma retidão no comportamento, é muito íntegra e tem muito caráter. 

 

"No Limite" tem exibição às terças e quintas, após "Pantanal", com apresentação de Fernando Fernandes, direção de gênero de variedades de Boninho, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. O reality é mais uma parceria da Globo com a Endemol Shine Brasil, com base no "Survivor", um formato original de sucesso. Ana Clara apresenta o ‘A Eliminação’ aos domingos, após o ‘Fantástico’.   

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