quinta-feira, 19 de maio de 2022

.: "Pantanal": Zefa chega à fazenda de Tenório e será pessoa confiável

Em entrevista, Paula Barbosa comenta bastidores. Foto: Rede Globo


A vida pantaneira não é tão serena quanto dizem por aí. Após descobrir a traição de Tenório (Murilo Benício), em cenas que vão ao ar hoje à noite, dia 19 de maio, Maria Bruaca (Isabel Teixeira) vai se rebelar contra o marido e sua primeira atitude é largar mão de seu papel de funcionária dentro de casa. Ela começa não servindo mais o marido à mesa, como sempre fez, e não demora até que deixe de cozinhar também. Inicialmente ela não conta a Tenório e à Guta (Julia Dalavia) que ouviu a conversa dos dois, mas assim que ficam sabendo, ela coloca um basta na vida de submissão que levou até ali, o que faz com que Tenório precise contratar alguém. E este alguém será Zefa (Paula Barbosa), que chega à fazenda nos próximos capítulos.

Após sua chegada,  Zefa rapidamente percebe a confusão em que foi se meter. Mas diferente do que pode parecer, apesar de perceber tudo o que acontece ao seu redor, Zefa é uma pessoa confiável, não passa pra frente o que deve ser mantido em segredo. “Ela se liga no que acontece ao seu redor muito rápido mesmo. Mas é uma pessoa boa, do bem! Ela não é maldosa, não é fuxiqueira. É, sim, solta. Fala o que vem à cabeça, as coisas que vê, e é muito bacana porque ela fala com as pessoas e o assunto morre ali; ela não vai passar a frente, nem nada disso. Acaba que ela, de certa forma, aconselha as patroas”, comenta Paula Barbosa sobre a personagem.

Enquanto precisa lidar com a revolta de Maria Bruaca, Tenório tem ainda outro assunto em sua cabeça: o futuro financeiro de suas famílias. Nos próximos capítulos, o autodeclarado empresário vai começar a incentivar o relacionamento de Tadeu (José Loreto) e Guta. Desde que descobre que ele também é filho de José Leôncio (Marcos Palmeira), Tenório tem outra postura diante do rapaz. Guta percebe a malícia do pai e se incomoda bastante.

Enquanto isso, na fazenda vizinha, José Leôncio tem seus próprios problemas para dar conta. A chegada de Irma (Camila Morgado) incomoda bastante Filó (Dira Paes), que nem imagina que a ex-cunhada de seu parceiro fará uma nova investida neste relacionamento. Irma não tira os olhos de José Leôncio; e Trindade (Gabriel Sater) não tira os olhos de Irma. O peão tenta se aproximar da “nova patroa”, como será chamada pelos funcionários da fazenda. Logo na primeira conversa dos dois ele lhe conta sobre as histórias do Velho do Rio (Osmar Prado) e Juma Marruá (Alanis Guillen), garantindo que são verdadeiras.

Na tapera, em cenas que vão ao ar a partir desta sexta-feira (20), Alcides (Juliano Cazarré) vai surpreender Juma contando sua história. Como Maria (Juliana Paes) e Gil (Enrique Diaz), ele também veio do Sarandí, no Paraná. Alcides confidencia à Juma que ele é filho do jagunço que matou e foi morto por seu irmão, Chico (Tulio Starling). E que foi para o Pantanal para se vingar do verdadeiro culpado por esta tragédia: Tenório, o homem que enganou os pais de Juma e outro lavradores. Alcides sugere, ainda, que Juma pergunte à Muda (Bella Campos) a verdade sobre sua chegada ao Pantanal. Nos próximos capítulos, é o que Juma fará. Contrariada e com medo de que Juma vire onça, Muda acaba cedendo e lhe conta tudo.

No Rio Janeiro as coisas também não estão fáceis para Madeleine (Karine Teles). Passada uma semana do sumiço de Irma, ela e Mariana (Selma Egrei) recebem um carta, na qual ela conta que está no Pantanal para tentar ajudar no relacionamento de José Leôncio e Jove (Jesuita Barbosa). Madeleine diz à mãe que a irmã está tentando ficar com seu (ex) marido. Ela sai para desabafar com Gustavo (Caco Ciocler), mas descobre que Nayara (Victoria Rossetti) está morando com ele; e se sente traída por todos os lados. Num ímpeto, resolve ir para o Pantanal, mas o tempo não está favorável. Uma tempestade se aproxima, mas ela insiste em voar até lá, até que convence um dos pilotos de José Leôncio. Os dois encontram a tempestade do meio do caminho e correm risco de morte. 

Zefa é cheia de vigor e disposição, adora cozinhar e cuidar da vida alheia. Bocuda e altiva, Zefa vai trabalhar para Tenório (Murilo Benício) por imposição da Maria Bruaca (Isabel Teixeira), logo após ela descobrir a outra família que o marido mantém em segredo em São Paulo. Zefa cai de paraquedas no olho de um furacão, se tornando alvo dos destemperos do patrão e da opressão da patroa. Confira a entrevista com Paula Barbosa!


Como estão sendo as gravações?

Como Zefa entra depois da maioria dos personagens, estavam todos gravando há um tempo, o que me deixou ainda mais animada para começar logo a gravar. Eu nunca tinha feito uma personagem que entrava tão para a frente na história. Foi novo para mim, ter que chegar em um ambiente onde todos já estão familiarizados, onde já estão há algum tempo, mas também foi bom por ser uma experiência nova. Fui muito bem recebida pelo meu núcleo. Murilo, Isabel e Júlia têm sido muito queridos comigo. Eles me deixam à vontade, a gente troca figurinhas. No início, eu estava estudando de acordo com o que eu imaginava. E aí, chegando, vi o tom que eles estão dando para os personagens. É diferente. Eles me deram uma força no começo, e foi bem bacana, me deixaram mais tranquila e à vontade.

 

Como você se preparou para dar vida à Zefa?

Em um primeiro momento, cheguei a assistir o que tinha da personagem em vídeos antigos na internet. Depois, parei e resolvi começar a criar a minha Zefa. Por ser uma nova versão, tivemos a oportunidade de receber muitos capítulos antes de começar a novela. Isso é muito legal, porque o trabalho fica mais completo. É melhor, porque, normalmente pegamos um personagem e recebemos só os primeiros capítulos. Aí, a novela entra no ar e a gente vai recebendo os próximos; é gostosa, também, essa expectativa, ver pra que lado que vai o personagem e tal, mas ter essa possibilidade de já iniciar, poder fazer um trabalho da trajetória toda da personagem ou quase toda só deixa o trabalho melhor. Então, a minha preparação foi essa. Muito estudo, ler muito texto, entender muito aquelas relações, estudar muito sobre as mulheres, meninas da região, música, sotaque, as histórias que elas contam. Fiz um trabalho muito intenso antes de gravar: estudo, pesquisa, leitura. Fui criando o corpo, toda a postura, o jeito de falar. A Zefa é engraçadíssima. Ela tem momentos muito divertidos, é leve. Então, quero passar essa energia leve dela. Essa coisa gostosa. Quando ela abre a boca para falar é divertido, é gostoso. Então, estou tentando trazer tudo isso em uma preparação corporal, vocal e com todo esse estudo que eu tenho feito.

 

Quem é Zefa? Como você vê a presença dela na fazenda Tenório?

A Zefa é uma pantaneira, nascida no Pantanal— poucos personagens da novela são de fato do Pantanal, e ela é uma dessas. Ela é muito, muito religiosa. Muito apegada a religião. Acho que é até uma forma dela ter alguma segurança, porque ela não tem pai nem mãe para instruir. A presença dela na fazenda é muito interessante porque sinto que, apesar de ela ser uma menina muito simples e humilde, é muito esperta. Acho que essa experiência de vida dela, de ter de se virar muito cedo, trouxe a ela uma esperteza. Ela se liga no que acontece muito rápido mesmo. E ela é uma pessoa boa, do bem! Ela não é maldosa, não é fuxiqueira. Ela é solta. Fala o que vem à cabeça, as coisas que vê, e é muito bacana porque ela fala com as pessoas e o assunto morre ali; ela não vai passar a frente nem nada disso. Acaba que ela, de certa forma, aconselha. Aconselha as patroas... O patrão menos, porque é mais durão, fechado, mas também fala coisas que ele precisa ouvir, que ninguém tem coragem de falar. Ela traz isso àquela casa: algumas verdades à tona. Fala algumas coisas com o jeitinho dela, com a leveza dela, mas que acaba fazendo os personagens pararem para pensar.

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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