Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.
Grupo que está na estrada do rock desde o final dos anos 60, Nazareth está lançando um novo disco com material inédito. E a nova formação da banda busca reinventar o seu hard rock consagrado na década de 70.
É difícil resumir em poucas palavras a história e influência na história do rock que o Nazareth teve. Os veteranos roqueiros do Reino Unido entrarão em seu 54º ano de existência em 2022 com este lançamento de seu 25º álbum de estúdio, “Surviving The Law".
A formação é a mesma do álbum anterior, composta por Jimmy Murrison (guitarrista), Lee Agnew (baterista desde a morte de Darrel Sweet em 1999), Pete Agnew (membro fundador, no baixo) e o vocalista Carl Sentance (que passou a substituir Dan McCafferty a partir de 2018, quando este teve que deixar a banda por problemas de saúde).
Com tantas mudanças, era de se esperar que o som da banda sofresse alguma alteração. Acabou ficando mais próximo do mainstream. É puro rock de arena com sabor setentista. Para constatar isso basta ouvir a faixa "Mind Bomb", com riff forte e preciso. A tônica se repete em quase todas as faixas, algumas mais aceleradas do que as outras. O vocal de Sentance se aproxima um pouco do de McCafferty, mas tem uma identidade própria. Mais enraizada no rock de arena. No final do disco tem uma ótima versão acústica de "Let The Whisky Flow", em clima de jam session.
Só não espere encontrar nesse disco canções do nível de álbuns essenciais da banda, como o "Hair Of The Dog" e "Rampant". Seria até injusto comparar essa fase atual com a do passado. Mas se você olhar apenas para o tempo presente, poderá curtir um bom disco de hard rock.
"Strange Days"
"Runaway"
"Better Leave It Out"
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