Lançamento do escritor Diego Rates mostra que os mortos-vivos têm muito a ensinar sobre como vive
"The Walking Dead", "A Noite dos Mortos-Vivos" e "Resident Evil" são produções que moldaram a imagem popular das criaturas conhecidas como zumbis. Focadas na luta por sobrevivência, estas obras ignoram uma pergunta que ecoa há muito tempo sem resposta: afinal, o que se passa na cabeça de um moribundo?
Pensada como uma homenagem ao “morto-vivo” que existe em cada pessoa, a história conta com uma trama envolvente e um narrador que, apesar de meio-morto, é repleto de carisma. Lutando contra a tentação de se alimentar de carne humana para evitar a dependência, Joe desenvolve o hábito de escrever sobre suas lembranças na intenção de restaurar a memória perdida e compreender os eventos que culminaram com sua conversão em um zumbi pensante.
(As Últimas Memórias de um Morto-Vivo, pg. 7)
Em "As Últimas Memórias de um Morto-Vivo", Rates cria um universo palpável e, em certa medida, assombroso, que contextualiza as mudanças sociais e ambientais causadas pelo apocalipse. O sumiço do brilho das estrelas, o levante de bestas selvagens, a morte de todas as corujas e a criação de uma hierarquia zumbi são alguns dos efeitos devastadores retratados na obra.
Ao longo das páginas, o zumbi Joe quebra a quarta parede em diversos momentos para conversar diretamente com o leitor. Com tiradas ácidas sobre a vida e a morte, ele instiga reflexões relacionadas aos desejos normalizados no “mundo dos vivos” que perdem o sentido quando as regras sociais e padrões de comportamento são aniquilados e você passa para o “outro lado”. Você pode comprar "As Últimas Memórias de um Morto-Vivo", de Diego Rates, aqui: amzn.to/3wGJEDe
Ficha técnica
Título: As Últimas Memórias de um Morto-Vivo
Editora: Viseu
Páginas: 83
Onde comprar: Amazon
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