Cômico e melancólico, sensível e cruel, um romance corrosivo sobre o mundo da arte, o Brasil dos privilégios e uma geração perversamente obcecada por imagem e virtude.
O elo invisível entre seu conforto financeiro e a violência que mora ao lado nos convida a uma jornada ímpar na literatura brasileira contemporânea. Entre o delírio narcisista, personagens obcecados por manter sua posição social a qualquer custo e um retrato cáustico do universo de pais e filhos ricos e privilegiados, a narradora leva o leitor a olhar para a tragédia humana e de um
país. Você pode comprar o livro "Os Coadjuvantes", de Clara Drummond, neste link.
O que disseram sobre o livro
"Amparada por uma tradição que flagra com tintas satíricas, entre o riso e a crueldade, o esboroamento de certa classe proprietária brasileira, Clara Drummond conduz esse processo até o século XXI e os primeiros passos do nosso mais novo ensaio de Estado policial. Nesse palco, descortina o circuito das artes e das festas, apresentando uma geração que experimenta uma vaga rebelião, que possui uma vaga consciência do mal-estar, mas que segue com a dança, com tudo o que ela tem de mais perverso, porque, como diz a narradora acerca de si, é 'muito insegura para não ser superficial'." – Marcelo Pen, Professor Doutor em teoria literária e literatura comparada (USP)
"'Os Coadjuvantes' é o retrato de uma geração, mas também de uma cidade e de uma classe social que raramente se vê retratada com tanta precisão e mordacidade. O livro é engraçado de rir em voz alta – como diz a narradora e protagonista: 'meio cômico, meio triste'. É surpreendente, divertido e muito bem escrito." – Branca Vianna
"Com sua cabeça curiosa e repertório incomum, Clara Drummond capturou meu foco e meu desvio com uma literatura ferina e cordial. Um pequeno grandioso livro." – Letrux
Trechos de "Os Coadjuvantes"
“Eu tenho muito pouco entendimento do peso do mundo. Não conheço a fome, não conheço a morte, não conheço o amor. Minha existência é uma busca por pequenas conquistas que na hora soam muito importantes. E daí desejo conquistas ainda menores, como se eu caminhasse olhando para o chão em busca de moedas”.
“não existe um desejo real de igualdade social na esfera da classe artística que estudou em escola construtivista de esquerda. Ninguém quer admitir que talvez não tenha talento suficiente para ocupar determinada posição de destaque”.
“Eu leio jornal, faço a performance usual de indignação, que até é verdadeira e me satisfaz por me assegurar que não sou sociopata, mas só dura 5 minutos. Toda vez que elaboro um plano para sair dessa inércia moral, penso: ‘De que adianta, as estruturas continuam intactas, é enxugar gelo”.
“A satisfação não é fotogênica, é desvinculada do sucesso, portanto é válido perguntar: é realmente isso o que eu quero? Não sei se a felicidade silenciosa e anônima é suficiente para o meu desejo”
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