quarta-feira, 16 de março de 2022

.: "A Vacina": extraordinária jornada diante do ceticismo e do negacionismo


Lançado pela Intrínseca, livro "A Vacina" conta a história de Özlem Türeci e Uğur Şahin, o casal de cientistas pioneiros no combate ao coronavírus. Obra é escrita por Joe Miller. “Após a revelação sobre os planos da BioNTech para uma vacina, centenas de cartas - algumas racistas, outras contendo ameaças de morte - começaram a chegar ao polo de Mainz (Alemanha), e coube ao gerente de laboratório, François Perrineau, abri-las. ‘No começo, eu tinha que ler essas mensagens’", diz o autor da obra. Ele admite que sentiu o impacto do linguajar usado para descrever os cientistas e do ódio dirigido a eles por conta da fé ou da origem.


O mundo passa por um capítulo crucial da pandemia de Covid-19, no qual a onda da variante Omicron desafia os sistemas de saúde com o seu alto poder de contágio e recordes de número de casos. Neste cenário em que a vacinação mostra o seu poder ao frear a quantidade de doentes graves e mortes, chega às livrarias pela Intrínseca uma obra que lança luz sobre a produção do imunizante que hoje é um dos mais utilizados no planeta e no Brasil. Escrito durante o desenrolar dos fatos, "A Vacina", de Joe Miller, apresenta todo o processo de criação da vacina da Pfizer/BioNTech, produzida com tecnologia inédita. 

O livro-reportagem contou com a participação ativa dos cientistas Özlem Türeci e Uğur Şahin, criadores do imunizante e fundadores da empresa alemã de biotecnologia. Em uma narrativa repleta de informações pouco conhecidas do grande público, o autor relata a corrida contra o tempo liderada pelo casal de cientistas turcos.

Desde o trabalho de convencimento do uso da subestimada molécula de RNA mensageiro, o desenvolvimento de 20 possíveis vacinas em poucas semanas até as mais de três bilhões de doses aplicadas no mundo todo, foram muitos percalços, mas também êxitos empolgantes. Ao revelar os bastidores do projeto, Joe Miller aborda aspectos científicos, econômicos e políticos, como o ceticismo dos investidores e a necessidade de desviar da interferência política da administração Trump e da União Europeia.

A confiança no uso da nova tecnologia para a produção do imunizante contra a covid-19 estava baseada em quase trinta anos de pesquisa. Ao tentar revolucionar o tratamento de tumores cancerosos, o casal tinha explorado a manipulação do RNA mensageiro. Os dois acreditavam que a pesquisa poderia ser aproveitada para redirecionar as forças do sistema imunológico contra uma série de doenças. Muitas dúvidas foram levantadas em relação a esta inovação, mas, como explica o autor: “O RNA mensageiro - que, após cumprir a sua função, é degradado minutos depois pelo corpo - não tem como causar dano. A molécula só entra em contato com o perímetro externo das células humanas, e é altamente improvável que altere o DNA.”

Joe Miller expõe alguns dos muitos ataques que a BioNTech e seus funcionários sofreram e mostra como o negacionismo e o racismo não respeitam fronteiras.  “Após a revelação sobre os planos da BioNTech para uma vacina, centenas de cartas - algumas racistas, outras contendo ameaças de morte - começaram a chegar ao polo de Mainz (Alemanha), e coube ao gerente de laboratório, François Perrineau, abri-las. ‘No começo, eu tinha que ler essas mensagens’", diz. Ele admite que sentiu o impacto do linguajar usado para descrever Uğur e Özlem e do ódio dirigido a eles por conta da fé ou da origem.

A vacina explora uma das descobertas médicas mais importantes de nossa época e o incansável trabalho da dupla de cientistas, Uğur e Özlem, para convencer a indústria farmacêutica a apoiar seu projeto ambicioso. E deixa uma importante lição: “Descobertas independentes e simultâneas são construídas, às vezes isoladas, até que os indivíduos e as ideias se encontrem, e o empenho humano resulta em um gigantesco salto coletivo”. Você pode comprar o livro "A Vacina: A História do Casal de Cientistas Pioneiros no Combate ao Coronavírus", de Joe Miller, neste link.

Sobre o autor
Joe Miller é correspondente do Financial Times em Frankfurt e cobriu o projeto Covid-19 da BioNTech em tempo real. Antes disso, trabalhou para a BBC News em Londres, Nova Délhi e Berlim. Foto: Thomas Lohnes


Sobre os pesquisadores
Dra. Özlem Türeci
e Dr. Uğur Şahin são casados e fundaram juntos a BioNTech, empresa que desenvolveu a primeira vacina contra a covid-19. Filhos de imigrantes turcos na Alemanha, se formaram em medicina e concluíram o doutorado em biologia molecular e imunoterapia. Eles têm um extenso trabalho no campo da oncologia translacional e centenas de artigos científicos publicados. Os dois cientistas receberam o Prêmio Paul Ehrlich 2022 por sua contribuição para a pesquisa em tecnologia de mRNA.


O que disseram sobre o livro
“Desde a descoberta da radioatividade por Marie e Pierre Curie, nenhum outro casal de cientistas foi tão celebrado quanto Özlem Türeci e Uğur Şahin." - The Times
 
“Eles são o símbolo de uma história de sucesso, tanto para as ciências quanto para os negócios.” -  Financial Times

Livro: "A Vacina: A História do Casal de Cientistas Pioneiros no Combate ao Coronavírus"
Autores: Joe Miller, Özlem Türeci e Uğur Şahin
Tradução: Mayumi Aibe, Natalie Gerhardt e Paula Diniz
Páginas: 320
Editora: Intrínseca



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