sexta-feira, 4 de março de 2022

.: Entrevista: Daniela Escobar fala de Maysa, vilã de "O Clone"

"Os mexicanos, brasileiros e russos são os que mais se manifestam. Amam a novela e a minha Maysa. As manifestações dos russos são impressionantes. A novela passa na Rússia, sem parar, esses 20 anos!", afirma Daniela Escobar. A atriz fala sobre o impacto de "O Clone" em sua vida: "As abordagens nunca pararam". Em entrevista, ela fala sobre um dos trabalhos mais marcantes da carreira de atriz, em exibição no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Rede Globo


Atualmente morando nos Estados Unidos e com a vida profissional voltada para a área da saúde, Daniela Escobar conta que o trabalho em "O Clone" segue presente em sua vida até hoje. São constantes as abordagens do público sobre sua personagem, Maysa, esposa de Lucas (Murilo Benício) e mãe de Mel (Débora Falabella). 

"As abordagens nunca pararam, desde a primeira exibição. Mesmo aqui nos Estados Unidos, onde a trama foi exibida e reprisada quatro vezes já. Os mexicanos, brasileiros e russos são os que mais se manifestam. Amam a novela e a minha Maysa. As manifestações dos russos são impressionantes. A novela passa na Rússia, sem parar, esses vinte anos! Agora com as mídias sociais são diários os comentários, os envios de fotos e cenas minhas por eles. Recebo mil elogios e um carinho contínuo", comenta Daniela.     

Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "O Clone" é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso. Além do sucesso da trama e de sua personagem, o que mais marcou Daniela ao atuar em "O Clone" foi a oportunidade de fazer parte da campanha antidrogas promovida pela novela. "Tivemos um workshop longo com uma série de palestras com dependentes químicos - alguns já estavam livres do vício - e seus familiares nos contando as consequências na relação familiar. O quanto famílias inteiras são destruídas em função da maldita droga", relembra. Em entrevista, Daniela Escobar  recorda um pouco mais sobre o trabalho.

"O Clone" é um de seus trabalhos mais marcantes na carreira na TV. De que forma a novela impactou sua trajetória profissional?
Daniela Escobar - 
Meu trabalho foi reconhecido em toda a América Latina e até na Rússia. Isso me abriu muitas oportunidades de trabalho.


Até hoje o público fala desse trabalho com você? 
Daniela Escobar - Sim, até hoje. E com muito carinho.


Como são essas abordagens? 
Daniela Escobar - As abordagens nunca pararam, desde a primeira exibição. Mesmo aqui nos Estados Unidos, onde a trama foi exibida e reprisada quatro vezes já. Os mexicanos, brasileiros e russos são os que mais se manifestam. Amam a novela e a minha Maysa. As manifestações dos russos são impressionantes. A novela passa na Rússia, sem parar, esses 20 anos!


Com a reprise, os comentários aumentaram?
Daniela Escobar - Agora com as mídias sociais são diários os comentários, os envios de fotos e cenas minhas por eles. Recebo mil elogios e um carinho contínuo.

Como eram os bastidores das gravações e a relação com o elenco?
Daniela Escobar - A minha relação com a maioria do elenco era ótima. Admirava muitos dos atores desde criança. Dividir a cena com Juca de Oliveira, Nívea Maria, Reginaldo Faria, Neusa Borges, Vera Fischer, Osmar Prado e Beth Goulart, entre outros, era um prazer enorme para mim. Lembranças boas que carrego para a vida toda.


Você chegou a estudar sobre dependência química em função do drama vivido com a filha Mel?
Daniela Escobar - Sim, tivemos um workshop longo com uma série de palestras com dependentes químicos - alguns já estavam livres do vício - e seus familiares nos contando as consequências na relação familiar. O quanto famílias inteiras são destruídas em função da maldita droga.

Como descreve a relação da Maysa com a filha?
Daniela Escobar - Ela vive uma relação de passar adiante o que se esperava dela como mãe. O educar é de acordo com as expectativas da sociedade e, principalmente, das aparências. Maysa não enxerga a filha de verdade, em seu ponto de vista, a Mel deve se vestir de uma determinada maneira, se comportar de uma determinada maneira, se relacionar com determinadas pessoas, evitar se relacionar com determinadas outras, e sempre de acordo com a posição socioeconômica dos envolvidos. O que gera numa menina que já não tinha muita autoestima os pesados e traumáticos conflitos que são mostrados ao longo da trama.


E com o Lucas?
Daniela Escobar - É uma relação baseada em mentiras do início ao fim. Lucas a engana e ela se permite enganar. Recria e alimenta suas próprias ilusões. Tudo em nome das aparências. Uma perda de tempo e de vida de dar pena.

Qual foi o maior desafio desse trabalho?
Daniela Escobar - O maior desafio mesmo foi conciliar gravações de segunda a sábado o dia todo, tendo só o domingo para estudar o texto da semana seguinte, com dar a devida atenção ao meu filho que só tinha três anos na época.

Você está assistindo novamente a trama? 
Daniela Escobar - Não estou assistindo tudo porque não tenho o canal em casa aqui nos Estados Unidos, mas recebo cenas diariamente pelas mídias sociais e quando revejo a autocrítica acontece sim.


É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Daniela Escobar - Sempre penso que poderia ter feito de um outro jeito, que poderia ter afinado melhor. O que tem acontecido bastante é eu me surpreender com certas cenas, por eu absolutamente não lembrar de sequer as ter feito. Foi um volume de trabalho grande e muitas cenas é como se eu as estivesse assistindo pela primeira vez como espectadora mesmo.

Quais são seus projetos atuais?
Daniela Escobar - Estou finalizando dois cursos de medicina preventiva. Em um deles estudo prevenção baseada na medicina ayurveda e o outro na nutrição. Recentemente comecei mais um curso sobre os efeitos do aquecimento global na nossa saúde. Meus projetos do momento são todos ligados à área da saúde. 


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