quarta-feira, 9 de março de 2022

.: “Breve História das Artistas Mulheres” homenageia o sexo feminino


É tempo de celebrar tudo que envolve a mulher na sociedade. O livro "Breve História das Artistas Mulheres", conta a história completa - desde os avanços que as artistas mulheres fizeram na luta pela igualdade de gênero, às importantes contribuições registradas em movimentos artísticos dominados até então por homens, e às artistas esquecidas e ofuscadas que agora estão sendo redescobertas e reavaliadas.

A luta feminina por igualdade acontece há muito tempo e, apesar das muitas conquistas, ainda há o espaço para essa mudança de panorama. E a arte das mulheres em perspectiva histórica é um ponto que deve ser ressaltada. Acessível, conciso e ricamente ilustrado, o texto de Susie Hodge revela as conexões entre diferentes períodos, artistas e estilos, dando aos leitores uma compreensão completa e ampla apreciação das realizações das artistas mulheres. A autora inglesa registra nomes e obras que destacam a participação feminina na história da arte, desde o Renascimento até a arte conceitual.

Embora seja provável que muitos artistas pré-históricos fossem mulheres (existem evidências de marcas deixadas por mãos femininas) e Plínio, o Velho (23-79 d.C.) tenha mencionado seis artistas do gênero feminino da Grécia antiga na obra "História Natural" de 77 d.C., as artistas mulheres raramente foram reconhecidas e, durante séculos, foram impedidas de ingressar em sociedades e academias de arte, fazer cursos de arte, frequentar aulas com modelos-vivos, participar de concursos artísticos e expor suas obras.

Até o século XVI, com exceção das freiras, poucas mulheres eram instruídas (apenas Bolonha, na Itália, teve uma universidade para mulheres a partir do século XI, e a primeira escola para moças foi aberta em Cracóvia, na Polônia, no século XV). Em geral, as principais opções das mulheres eram o casamento ou entrar para um convento. Além disso, as mulheres costumam mudar seus nomes ao se casarem e, embora a maioria não trabalhasse depois do casamento, quando o faziam, suas obras muitas vezes eram atribuídas aos seus companheiros, mais conhecidos.

Apesar das dificuldades, muitas mulheres atuavam como artistas, mas raramente eram tão aclamadas quanto seus equivalentes masculinos. Hoje, esse equilíbrio está se alterando. As barreiras estão sendo eliminadas e mais artistas mulheres estão sendo reconhecidas e reavaliadas. Este livro apresenta um pouco da arte produzida por mulheres desde o renascimento até os dias atuais, ao longo dos movimentos artísticos, obras, temas e inovações. O formato exclusivo possibilita que tudo seja complementado e esclarecido por meio de referências cruzadas, ao mesmo tempo em que homenageia a dedicação e as realizações de tantas mulheres, levando em consideração sua importância e contextualizando sua obra.

Movimentos
A maioria dos movimentos surge quando um grupo de artistas rompe com as tradições, tendo, em geral, um nome atribuído por artistas ou historiadores para categorizar a história da arte. Alguns movimentos artísticos se desenvolvem de forma orgânica, por meio de influências mútuas ou ocorrências externas. 

Alguns surgem diretamente de um movimento anterior ou em reação a ele. Alguns têm um foco bem específico e outros são mais amplos. Alguns duram muitos anos; outros começam e terminam em poucos meses. Eles podem se espalhar pelos continentes ou se concentrar numa pequena área. Seus nomes podem ser elogiosos ou depreciativos e os próprios movimentos podem ser aceitos, rejeitados ou até mesmo desconhecidos pelos artistas envolvidos.

A maioria dos movimentos artísticos envolvia predominantemente artistas do gênero masculino e, embora alguns acolhessem de bom grado as mulheres, a maior parte as excluía. Tal como acontece no resto da história da arte, de modo geral, as mulheres que atuaram em certos movimentos não são tão conhecidas quanto os homens, e este capítulo do livro aborda algumas delas no contexto de sua obra e de sua contribuição para os movimentos a que estão relacionadas.


Obras
Este capítulo examina 60 obras de arte notáveis, criadas por artistas mulheres entre os séculos xvi e xxi. Cada uma dessas obras foi produzida com maestria e originalidade, ampliando e enriquecendo o repertório da história da arte. Entre elas estão pinturas, esculturas, instalações, performances e outras, que usam uma ampla variedade de temas, materiais e técnicas.

Antes de meados do século XVI, no Ocidente, a menos que se tornassem freiras, as mulheres não eram ensinadas a ler ou escrever nem aprendiam matemática ou ciências; elas não podiam viajar livremente e o aprendizado artístico era proibido. Em 1582, Baldassare Castiglione publicou "O Cortesão", que tratava sobre etiqueta, comportamento e moral, livro que se tornou extremamente popular.

A afirmação radical era a de que todos os aristocratas, fossem homens ou mulheres, deviam ter uma formação elevada em certas artes incitou o surgimento de mais artistas do gênero feminino. Mas as coisas ainda eram limitadas para as mulheres. Por exemplo, até o fim do século xix, as aulas com modelos-vivos eram proibidas para elas e, durante séculos, a maioria teve que aprender sozinha, estudando em galerias e realizando suas próprias experiências.


Inovações
O escritor e filósofo romano Plínio, o Velho (23-79 d.C.), relacionou várias artistas de sucesso da Grécia e da Roma antigas. No entanto, após a queda de Roma, as mulheres não tiveram mais permissão para exercer funções tão importantes e somente no século xvi passaram a obter um mínimo de reconhecimento por suas habilidades.

Devido, em grande parte, a uma mudança de atitude em relação à educação feminina, promovida sobretudo pela obra "O Cortesão", as primeiras artistas de renome vieram da Itália durante o renascimento. A partir dali, mulheres especialmente determinadas lutavam contra as restrições de vez em quando e produziam obras de arte que abriam novos caminhos.

Este capítulo do livro explora algumas dessas inovações, como as primeiras mulheres a se tornarem membros da Royal Academy e da Académie Royale; as primeiras pinturas abstratas; as artistas que eram responsáveis pelo sustento da família; e obras de arte que transformaram o que tradicionalmente se considerava “artesanato feminino” em arte erudita.

Temas
Diferentemente do assunto, o tema geralmente é uma presença implícita numa obra de arte. Os temas podem ser óbvios ou obscuros, universais ou singulares, complexos ou simples, e cada artista os interpreta de uma forma.

Este capítulo do livro contempla 22 temas que têm sido explorados pelas artistas mulheres. Ele investiga por que as pessoas escolheram certos temas e por que os interpretaram de tal forma. Uma vez que os pontos de vista e as atitudes das mulheres costumam contrastar com os de seus colegas homens, seus temas muitas vezes parecem diferentes e essas diferenças é que são particularmente exploradas neste capítulo.

Muitas vezes os temas artísticos transmitem mensagens sobre a vida, a sociedade ou a natureza humana, geralmente de forma implícita e não representados explicitamente. Certos temas são mais predominantes durante determinados períodos - por exemplo, a religião no Renascimento. Você pode comprar o livro "Breve História das Artistas Mulheres", de Susie Hodge, neste link.


Livro: "Breve História das Artistas Mulheres"
Autora: Susie Hodge
Páginas: 224
Formato:15x21cm
Capa dura
Editora Olhares


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