quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

.: Entrevista: Bárbara Heck solta o verbo sobre polêmica participação no "BBB"


"Uma pena que eu não estou mais na casa para me incomodar bastante com ele, seria um prazer para mim (risos)!", afirma Bárbara Heck, eliminada do "BBB 22", em entrevista reveladora. Foto: Globo/João Cotta


Sinceridade, autenticidade e lealdade são algumas das características mais citadas por Bárbara Heck ao falar da passagem pelo "Big Brother Brasil". Depois de formar com Laís uma das primeiras e mais fortes alianças desta edição, a gaúcha traçou um caminho rumo ao prêmio que passava pela observação dos demais confinados, muita dedicação nas provas - ganhou duas delas, incluindo a primeira prova de resistência da temporada - e o relacionamento direto com todos, inclusive quanto a suas opções de voto. 

A estratégia, no entanto, não garantiu sua permanência no reality: em um paredão com Arthur Aguiar e Natália Deodato, Bárbara foi eliminada com 86,02% dos votos do público. Na entrevista a seguir, ela revisita o confinamento e avalia se suas amizades podem ter atrapalhado seu jogo, conta o que acha dos dois participantes com quem dividiu a berlinda e analisa a estratégia de Larissa e Gustavo depois que saíram da casa de vidro.
 

Como você avalia sua participação no "BBB 22"?
Bárbara Heck -
Eu me entreguei desde o início. Das quatro semanas em que estive na casa, em duas eu consegui ficar imune por provas em que eu me dediquei e ganhei. Uma delas foi a prova de resistência, que me deu imunidade e me fez atingir meu primeiro objetivo: garantir a primeira semana no jogo, algo tão importante, principalmente para quem não era conhecido até então. Essa prova também acabou fortalecendo uma aliança que eu logo construí com a Laís. Depois, eu fui tentando observar o jogo e os jogadores a cada semana. Procurei jogar, sempre, mas uma coisa que trago comigo é que prefiro ser mais cautelosa do que acabar sendo injusta ao fazer acusações precipitadas. Então, me entreguei, fui autêntica, leal às pessoas que confiaram em mim e até a outras com quem tive uma relação mais unilateral da minha parte, mas não me arrependo. Sou muito sincera e muito verdadeira com as minhas amizades. 
 

Então você não traz arrependimentos?
Bárbara Heck - 
Não me arrependo de nada, nem desse paredão. Eu poderia ter falado com a Jade para, talvez, indicar o Lucas. Mas, ela deixou muito claro para mim que indicar o Arthur era o que a intuição dela dizia, e eu não tenho que interferir nisso. Assim como, por exemplo, eu gostaria muito de ter ido ao cinema do líder por achar que tinha grandes chances de ser eliminada, mas era algo que eu não pediria. Para mim, as coisas têm que vir genuinamente. Então, da mesma forma que eu não pedi um simples cinema do líder, não quis interferir na decisão dela da formação do paredão. Decidi correr o risco, porque sabia que poderia ser contragolpeada pelo Arthur, e por isso estou aqui hoje. Mas, pelo menos, pude tomar um café da manhã gostoso com Ana Maria Braga, então está tudo certo (risos).
 

Logo após a votação de domingo, você sentiu que tinha bastante chance de ser eliminada. Analisando aqui de fora, acha que seus adversários no paredão são fortes no "BBB"?
Bárbara Heck - 
Com certeza, e provavelmente são as pessoas mais fortes do jogo. A Natália por estar sendo o alvo. A gente sabe que quando a pessoa é muito perseguida, mesmo quando tem questões com as pessoas da casa, o público aqui fora compra a briga e isso acaba beneficiando ela. Lá dentro a gente já sabia que isso poderia acontecer. E o Arthur eu acho que é um excelente estrategista. Todas as vezes que me perguntaram a minha opinião sobre ele eu falei que não tinha nada pessoal para falar dele. Muitas vezes eu concordava com algumas visões de jogo que ele tinha. Mas, eu sabia que ele não era meu aliado, não era uma pessoa que me protegeria e era alguém que iria contra a minha amiga (Laís), que era a pessoa que estava comigo. Então, infelizmente, não tinha como eu falar: amiga, desculpa, beijos, mas vou me aliar ao seu adversário. Seria traíra da minha parte. A gente, de certa forma, paga os preços pelas amizades e alianças que a gente escolhe, mas eu não me arrependo. Fui sincera com as pessoas e comigo mesma.
 

Você demonstrou foco e resistência na primeira prova de imunidade dos Pipocas. Depois, ganhou uma prova do anjo. Além das provas, que já mencionou, que outros pontos fortes você acha que tinha na competição?
Bárbara Heck - 
Embora eu seja muito emotiva e chorona - nunca escondi isso, não acho que isso seja uma fraqueza, é o meu jeito de demonstrar minhas emoções -, eu sempre tentei preparar o meu emocional. Sempre gostei de experiências que me desafiam. Me preparei mentalmente parao "BBB" por meio de outras experiências que eu já tinha vivido. Vi que muitas pessoas morriam de dificuldade na xepa, tinham problema com uma porta batendo, e acordar com música alta... E essas eram coisas que, para mim, não eram uma dificuldade no jogo. Então, acho que essa também era uma vantagem: era mais difícil me desestabilizar.
 

Chamou a atenção do público seu “poder” de acertar as dinâmicas que aconteceriam no jogo. Você estudou as edições anteriores ou isso vinha da sua intuição mesmo?
Bárbara Heck - 
Eu acompanhei muito as duas últimas edições, mas acho que muita coisa mudou no "BBB" para este ano. Percebi que, nessa edição, a cada semana é uma nova dinâmica. Então, eu levantava algumas possibilidades e tentava contar com opções um, dois, três e quatro dentro das dinâmicas que eu achava possíveis de acontecer. Sabia que eu poderia errar, mas de alguma forma aquele planejamento era útil, mesmo em uma dinâmica diferente, por já estar preparada com quatro opções. Não cheguei a estudar edições passadas, então acho que era uma mistura de intuição com observação.
 

Você sempre foi bem transparente em relação a suas opções de voto. Isso fazia parte da sua estratégia no "BBB"? 
Bárbara Heck - 
De certa forma, sim. Era espontâneo da minha parte deixar claro, porque eu sempre pensava: eu votaria nessa pessoa em uma votação aberta? A gente nunca sabe qual vai ser a dinâmica da semana, então tinha que ser uma pessoa em que eu tivesse coragem de votar e falar na cara, eu tinha que estar preparada para isso. Eu expunha, sem problema nenhum, e às vezes isso fazia com que as outras pessoas também se sentissem à vontade para compartilhar o voto delas comigo. Nisso, ficava mais fácil de tentar desenhar como seria o jogo na semana.

 
Os participantes da casa de vidro entraram no "BBB" e você se incomodou com a postura do Gustavo logo de cara. Como observa a chegada deles à competição?
Bárbara Heck - Uma pena que eu não estou mais na casa para me incomodar bastante com ele, seria um prazer para mim (risos)! Eu acho que Larissa e Gustavo tinham, sim, algumas informações importantes. Mas, ao mesmo tempo, a gente - e eles mesmos - tinha que ter cuidado para não se apegar a elas porque, primeiro, os perderam uma semana do "BBB" enquanto estavam pré-confinados. E, segundo, olhar o jogo de fora e estar dentro do jogo são coisas diferentes. Eles ficaram imunes no domingo, mas agora não estão mais. Então, por isso, eu achei um pouco agressiva e pouco inteligente a forma como o Gustavo foi abrindo o jogo. Ele expôs logo quais eram as plantas, ficou claro para mim que seriam Laís, Lucas e Bruna, e quis fazer o bafafá todo para ser “o cara”. Mas, pelo que eu sei, o mantra desse programa é “fuja do paredão”, e eu acho que ele está correndo atrás do paredão dessa forma. Vamos ver no que isso vai dar.
 

Você soube que a Larissa avisou à Jade para tomar cuidado com você e Laís? O que achou disso?
Bárbara Heck - 
Sim, eu vi esse vídeo e achei uma palhaçada. Eu imaginei que seria algo assim quando a Jade me disse que a Larissa queria falar com ela separadamente. Se eu e Laís éramos as pessoas mais próximas da Jade, só podia ser em relação a nós. Mas, com relação a minha amizade com a Jade, eu não tinha preocupação. Tenho a consciência muito limpa porque sempre fui muito verdadeira com ela. Acho que foi um movimento contrário do que estou vendo que as pessoas falaram, e acho até engraçado. Eu não tinha colocado a Jade no meu pódio, primeiramente, e ela me colocou no pódio dela. Quando ela fez isso, eu pensei: ela me prioriza. Achei legal a atitude e também ela ter justificado dizendo que eu fui uma das pessoas que explicou tudo para ela e a acolheu quando ela chegou. Eu tinha que priorizar as pessoas que me priorizavam. A gente fazia alianças no jogo e era legal que fosse uma via de mão dupla. Eu fui naturalmente me aproximando mais dela. Então, não entendi direito se a Larissa quis dizer para a Jade que eu era uma planta... E se fui colocada assim acho injusto, porque se eu não fui a três paredões foi porque em dois eu estava imune e no outro não fui votada. Vi que a Larissa chegou com o discurso de movimentar o jogo, mas, depois que ela entrou, ela verbalizou que talvez não estivesse preparada, que estava se sentindo perdida e com medo. Então, ela já está abaixando a guarda dela. Diferentemente do Gustavo. Achei arrogante a forma como ele chegou e eu teria mais cuidado, se fosse ele.


A Laís foi sua grande parceira no "BBB". Se pudesse, que conselhos você daria para ela seguir firme na disputa pelo prêmio?
Bárbara Heck - 
Primeiro eu diria para ela não beijar a boca do Gustavo, pelo amor de Deus (risos). Já falei para ela: é só esperar dois meses. Se a gente focar no jogo, beijar na boca é dar tiro no pé. Também diria para ela ter cautela nas conclusões com relação ao Arthur, por exemplo, para não queimarem ela ainda mais no jogo. Acho engraçado quando as pessoas pensam que eu influenciei a Jade em querer tirar o Arthur da casa porque eu sempre defendi ele, inclusive. Quando eu não tenho certeza, prefiro não acusar a pessoa. E, claro, diria para a Laís tentar não ir ao paredão com o Arthur para que ela fique mais tempo no jogo (risos). 
 

Você acabou se aproximando da Natália nos últimos dias em função do paredão, mas na primeira semana do confinamento vocês já tinham se estranhado. Como você avalia sua relação com ela? 
Bárbara Heck - Eu só me estranhei com ela na primeira semana, inclusive só votei nela na primeira votação, depois não mais. Sempre deixei claro que a gente tinha algumas diferenças, principalmente falhas de comunicação. Ela falava as coisas e eu ficava na dúvida se ela estava debochando, e acho que ela pensava o mesmo em relação a mim. Mas, depois de algumas alfinetadas e mal entendidos, decidi zerar e recomeçar a relação, tentar entendê-la cada vez mais.
 

Que grupos ou alianças, na sua opinião, chegarão mais longe na competição?
Bárbara Heck - Acho que as pessoas que parecem estar bem no jogo são justamente as que não têm muitas alianças. Um deles é o Arthur, que mais que uma aliança tem uma amizade forte com o Tiago Abravanel. E a Natália. Acho que se o Arthur conseguir ficar mais próximo da Natália, que é um movimento que eu estou vendo que está acontecendo, eles vão longe. O Douglas, se unindo a eles, também. Acredito, ainda, que a Jade vai longe. Só não sei a quem ela vai se aliar porque, pelo que eu entendi, se a Laís cair no paredão ela sai também.


Quem tem mais chances de levar o prêmio de R$ 1,5 milhão?
Bárbara Heck - O Arthur.


Quais são seus planos pós-"BBB"? Pretende seguir no mundo da moda?
Bárbara Heck - 
Eu quero trabalhar muito. Não sei se fazendo exatamente o que eu fazia, porque pretendo dar uma movimentada, uma mudada. Mas é tudo muito novo, nem dormi ainda, então vou acolher as novidades com cautela, como eu fazia no jogo também. Só espero trabalhar bastante!



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