quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

.: Débora Duboc volta em cartaz com "A Valsa de Lili" no Teatro Eva Herz


Espetáculo que rendeu o prêmio APCA em 2019 para a atriz Débora Duboc, "A Valsa de Lili" volta em cartaz no Teatro Eva Herz, para temporada de 5 de março a 1º de maio. O texto de Aimar Labaki é inspirado no livro autobiográfico "Pulmão de Aço", de Eliana Zagui (a Lili da vida real), que vive em um hospital desde os 2 anos de idade por conta de uma poliomielite mal diagnosticada, o que a tornou tetraplégica, só podendo mover os músculos da cabeça e do pescoço. A montagem é dirigida por Débora Dubois. O espetáculo é um convite para reflexão sobre a capacidade humana de superação e os verdadeiros limites do corpo e da alma, uma ode ao poder de superação humana e ao otimismo. Durante a pandemia, em julho de 2020, o espetáculo foi o primeiro a ser apresentado num drive-in, que foi montado num estacionamento em Brasília. Fotos: João Caldas Fº


Sucesso de público e crítica, "A Valsa de Lili" encenado por Débora Duboc e dirigido por Débora Dubois volta em cartaz no Teatro Eva Herz, onde fica em cartaz de 5 de março a 1º de maio. As sessões acontecem aos sábados às 20h e domingos às 18h. O texto de Aimar Labaki é inspirado no livro autobiográfico "Pulmão de Aço", de Eliana Zagui (a Lili da vida real), e promove o contato da plateia com uma personagem única, que está fisicamente paralisada, mas encontra-se intelectual e emocionalmente livre. Eliana aprendeu a ler, escrever, estudou inglês e italiano, tudo dentro do hospital onde vive. Além de escrever e usar o computador com a boca, Eliana também é pintora.

Aimar Labaki constrói de forma delicada e emocionante a história de Lili, que, tanto em vida quanto na narrativa, vive numa UTI há quase quarenta anos, desde os 2 anos de idade, por conta de uma poliomielite mal diagnosticada. “Lili vive em uma condição muito singular, mas seus questionamentos, medos e verdades são os mesmos de qualquer pessoa na sua idade: a necessidade de amar e ser amada, a relação com a morte, o que fazer da vida, como conseguir o sustento com o trabalho", diz Débora Duboc.

“A luta de Lili para sobreviver em condições tão adversas, sem perder o humor e o amor, são a metáfora perfeita para os dias sombrios que vivemos, entre a violência e a desesperança”, completa o autor Aimar Labaki. A parceria entre a diretora Débora Dubois e o autor Aimar Labaki é antiga. É de ambos os espetáculos "MotoRboy" e "Pirata na Linha", grandes sucessos para adolescentes, além de "Poda ou Una Notte Intera", que Débora dirigiu para o Festival Intercity, em Florença, na Itália. Ela também já dirigiu Duboc em espetáculo com curadoria de Gianni Ratto. Sobre "A Valsa de Lili", Dubois diz ser “um testemunho forte e sensível, uma forma de vida tão única e singular, que alçou vôo pra falar e tocar fundo em muitos de nós".

Eliana Zagui, a autora do livro, esteve presente em uma sessão de "A Valsa de Lili". “É mais que uma peça, é mais que imaginar. É entrar numa máquina do tempo, no mais profundo inconsciente. Reviver cada detalhe com muita saudade, risada, choro e ver que valeu a pena nunca parar de dançar ao meu ritmo”, conta.

Débora Duboc conta que foi uma grande emoção recebê-la, pois ela se locomove acompanhada de um grande aparato que inclui ambulância, respiradores e profissionais da saúde. “Eu entendi que viver é um ato político. A existência de Lili é uma escolha diária. A personagem diz: Eu posso não mexer nada do pescoço para baixo, mas a minha alma nunca deixou de dançar".

A peça estreou em 2019 no Sesc Ipiranga, em São Paulo, onde Débora Duboc ganhou o Prêmio APCA de melhor atriz. Antes da pandemia iniciou temporada nos Teatros dos CCBB’s Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em julho de 2020, foi o primeiro espetáculo, no Brasil, a ser exibido num drive-in, que foi montado no estacionamento do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília.


Sinopse do espetáculo
Lili é uma pessoa extraordinária e única, e, ao mesmo tempo, é uma mulher com questões iguais às de qualquer outro ser humano: o amor, a perspectiva do envelhecimento e da morte, os limites sociais e físicos e a luta pela sobrevivência. A única coisa que a distingue é que só consegue mexer os músculos do pescoço e da cabeça. Em pouco menos de uma hora, ela conta sua história e de seus amigos, mas principalmente, narra a aventura de viver plenamente, transformando as tragédias e dramas do cotidiano.


Ficha técnica
Espetáculo:
"A Valsa de Lili". Texto: Aimar Labaki. Intérprete: Débora Duboc. Direção: Débora Dubois. Cenário e figurinos: Márcio Vinicius. Iluminação: Aline Santini. Trilha sonora: Débora Dubois. Assessoria corporal: Doria Gark. Fotografia: João Caldas Fº. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção executiva: Fabrício Síndice. Direção de produção: Cristiani Zonzini. Coordenação geral: Edinho Rodrigues (Brancalyone Produções).


Serviço:
"A Valsa de Lili"
De 5 de março a 1º de maio - Sábados às 20h e domingos às 18h.
Classificação indicativa:12 anos
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$50 e R$25.
Vendas: Sympla.com.br
Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Cerqueira César, 168 lugares.
Bilheteria aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.


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