domingo, 13 de fevereiro de 2022

.: Museu Índia Vanuíre: Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Totalmente gratuitas, as atividades trarão rodas de conversa sobre elementos da cultura indígena presentes no Movimento Modernista, além de destacar o trabalho do artista José Lanzellotti que retratou o cotidiano de povos indígenas brasileiros


Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Museu Índia Vanuíre, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, está com uma programação especial. A presença da cultura indígena no modernismo pode ser vista, por exemplo, no quadro “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, que em Tupi-Guarani significa “Homem que come”, que faz parte da fase antropofagista da artista. A cultura indígena também marca presença em boa parte das obras do escultor Victor Brecheret, como por exemplo nas obras “Bartira” e “O índio e a Suaçuapara”, esta última premiada na Bienal de 1951. E, ainda, na famosa obra “Macunaíma”, de Mário de Andrade, que virou filme brasileiro de grande sucesso.

No domingo (13), o setor educativo do Museu Índia Vanuíre vai promover uma roda de conversa presencial, das 10h às 16h, para destacar a história do Movimento Modernista e sua ligação com a cultura indígena. Depois desta atividade, o restante da programação será realizado pelas redes sociais, sempre às 11h.

Na segunda-feira (14), Tiago de Oliveira, Guarani-Nhandewa, representante da aldeia Ekeruá, vai falar, nas redes sociais, sobre a relevância das ilustrações produzidas pelo artista José Lanzellotti, que se dedicou a retratar o cotidiano dos povos indígenas brasileiros ao longo do século XX.

Na terça-feira (15), será a vez da Kaingang, Rayane Barbosa, que também vai abordar o trabalho de Lanzellotti. Desta vez, o assunto será sobre a desconstrução da generalização dos povos indígenas. Já na quarta-feira (16), o depoimento da Terena, Edilene Pedro, vai ressaltar a importância dos registros da cultura indígena por meio da pintura.

Finalizando a programação, na quinta-feira (17), a Krenak, Lidiane Damaceno, vai falar sobre a influência das artes para os povos indígenas da atualidade, possibilitando a revitalização das culturas por meio de documentos e obras deixadas por artistas, entre eles os modernistas de 1922, além de linguistas, antropólogos e etnólogos.

Visitação: O Museu Índia Vanuíre está localizado à rua Coroados, nº 521, em Tupã (SP), e está aberto à visitação presencial, de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Nas quintas-feiras, o horário é estendido até às 20h, sempre seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. Visite https://museuindiavanuire.org.br/ ou siga nas redes sociais (Instagram: @museuindiavanuire | Facebook: / museuindiavanuire).

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