Quando o verdadeiro amor acontece, tem o poder de transformar vidas e tornar possível o impossível, como nos melhores passes de mágica. Na trama romântica que o público acompanhará em "Além da Ilusão", próxima novela das seis, por trás de muitas ilusões está a força de um sentimento sublime capaz de reparar injustiças e aproximar um casal improvável: o mágico Davi (Rafael Vitti) e a aspirante a modista Isadora (Sofia Budke/Larissa Manoela). Ele faz do ilusionismo sua arte e seu meio de sobreviver. Ela tem os pés no chão e mira horizontes mais promissores, principalmente, no mundo do trabalho. De forma surpreendente, seus destinos se cruzarão e, unidos por um trauma do passado, terão um no outro uma chance de ressignificar suas trajetórias.
Para ficar juntos, precisarão enfrentar inúmeros obstáculos, como as diferenças sociais. Em uma viagem ao Brasil de profundas mudanças das décadas de 1930 e 1940, a trama promete encantar e despertar a torcida do público. “Espero que a novela emocione e faça as pessoas suspirarem de amor e se apaixonarem junto com os personagens. O objetivo é alegrar, dar esperança e lembrar que a vida também é isso”, ressalta a autora Alessandra Poggi. “Esta é uma história de redenção diferente, com uma grande mensagem: Davi é um personagem que busca justiça e redenção através do amor, e não da vingança”, destaca o diretor artístico Luiz Henrique Rios.
Ambientada em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, a novela é dividida em duas fases, entre 1934 e 1944, sendo a primeira em Poços de Caldas, Minas Gerais, e a segunda em Campos. Na trama, marcada por histórias de amor, traição, amizade e muito humor, os personagens têm seus valores afetados pelo progresso e pela modernização que o Brasil passou na época. “É uma história passada há tempos, mas que, na verdade, é muito próxima do nosso presente. A época é pano de fundo, mas a trama traz questões atuais sobre a grande força do feminino e uma discussão profunda sobre verdade e mentira. Quero que o público tenha, pela imagem, a sensação de encantamento e romantismo. Vamos apresentar um ambiente de alegria e magia na tela. Desejo que as pessoas sintam tudo isso”, complementa Luiz Henrique.
"Além da Ilusão" é criada e escrita por Alessandra Poggi com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral é de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
No início de tudo: uma paixão que acaba em tragédia e injustiça
O primeiro encontro entre Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Sofia Budke/Larissa Manoela) ocorre em Poços de Caldas (MG), em 1934. Na época, Dora é apenas uma menina que se fascina com os truques que o mágico apresenta na cidade. Davi, na verdade, é apaixonado por sua irmã mais velha, a jovem Elisa (Larissa Manoela) - um sentimento que nasce com apenas uma troca de olhar entre os dois no baile de aniversário de 18 anos da moça, em que ele foi contratado para entreter os convidados com seus truques. Ali surge uma paixão que desperta a ira do juiz Matias Tapajós (Antonio Calloni), pai das meninas, que não aceita o relacionamento por achar que o mágico não está à altura de sua filha. Mesmo com todos os obstáculos, o casal não desiste e resolve viver esse amor, contando, inclusive, com a ajuda de Isadora. Só que essa história acaba em tragédia, quando Elisa é assassinada acidentalmente e Davi acaba sendo responsabilizado injustamente pelo crime.
Com a morte da filha, Matias fica desequilibrado e perde as condições de trabalhar e cuidar da família. Sua esposa, a forte e corajosa Violeta (Malu Galli), assume então a responsabilidade de cuidar de todos e se muda para a fazenda de seu pai, Afonso Camargo (Lima Duarte), em Campos dos Goytacazes (RJ). Nessas terras que um dia foram um produtivo engenho de cana-de-açúcar será erguida uma fábrica de tecelagem, gerida por Violeta e Eugênio (Marcello Novaes), um empresário carioca atento às novas necessidades do país que se muda para a região. É nesse universo que Isadora cresce, enquanto Davi cumpre a pena por um crime que não cometeu.
Dez anos depois: a fuga de Davi, o reencontro com Isadora e o despertar de um novo amor
Em 1944, Isadora (Sofia Budke/Larissa Manoela) agora é uma linda jovem, fisicamente muito semelhante à irmã. Apesar das lembranças, o trauma da morte de Elisa (Larissa Manoela) no passado a fez esquecer o rosto dela e do próprio Davi (Rafael Vitti). Determinada e forte, ela se aperfeiçoou na costura com os ensinamentos da tia Heloísa (Paloma Duarte), com quem tem uma relação muito carinhosa. Isadora é noiva de Joaquim (Thiago Voltolini/Danilo Mesquita), que conheceu ainda na infância, quando se mudou para Campos, mas seu perfil independente e pouco romântico faz com que ela sonhe muito mais com a carreira de modista do que com o casamento. Já Joaquim, que é filho da ambiciosa e manipuladora Úrsula (Bárbara Paz), quer se casar o quanto antes para herdar os bens da família. Ele tem a própria mãe como principal incentivadora de suas ações.
Enquanto isso, depois de 10 anos na cadeia, Davi consegue fugir usando um de seus truques de mágica. Só que seus planos saem do controle, e um acidente pelo caminho faz com que ele, para escapar da polícia, assuma a identidade de outra pessoa, Rafael Antunes (Fabrício Belsoff). O que o mágico não fazia ideia era que Rafael seguia para seu novo emprego na fábrica de tecelagem, propriedade da família de seu antigo amor.
Davi (Rafael Vitti), ainda se recuperando do acidente, é levado para a fazenda da família de Violeta (Malu Galli). Lá, ele se depara com Isadora e se assusta com a sua semelhança com Elisa. O encanto é imediato, e o mágico se vê atraído pela jovem, que não lembra dos momentos que tiveram ainda na infância, em função do trauma sofrido com a morte de sua irmã.
Por temer que descubram sua verdadeira identidade, Davi evita ficar próximo de Matias (Antonio Calloni), mas resgata a confiança da governanta Augusta (Olivia Araújo), que, ao reconhecê-lo, afirma ainda acreditar na sua inocência. Com o tempo, ele percebe que terá outros obstáculos para enfrentar. Com a notícia de que Isadora é noiva de Joaquim (Thiago Voltolini/Danilo Mesquita), um jovem ambicioso e interesseiro, o novo amor vai fazer com que Davi faça de tudo para proteger e mostrar a verdade à amada, adiando os planos de provar sua inocência.
Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela) caracterizados para a segunda fase da novela. Foto: Globo/João Cotta
A Tecelagem Tropical e a face de um Brasil fabril e moderno
Ao longo desses 10 anos, Violeta (Malu Galli) e Eugênio (Marcello Novaes) firmam sociedade, e, juntos, constroem a Tecelagem Tropical. O antigo engenho de cana-de-açúcar agora abriga também uma vila operária, em que moram os funcionários da fábrica e os antigos moradores do local. Benê (Cláudio Jaborandy), mestre-de-açúcar e administrador da fazenda, é quem ajuda Violeta a reerguer os negócios da família, afinal, é quem melhor conhece as terras.
A vila operária reúne famílias formadas, em sua maioria, por trabalhadores da fazenda que migraram para a fábrica. Depois de um dia intenso de trabalho na tecelagem, é no bar de Lorenzo (Vinicius Pieri/Guilherme Prates), filho da italiana Giovanna Martinelli (Roberta Gualda), que os operários vão se divertir. À frente de outro pequeno negócio está a sempre alegre Fátima Souza (Patrícia Pinho), esposa de Benê (Cláudio Jaborandy), que é a responsável pela mercearia da vila. De personalidade forte e decidida, a filha do casal, Olívia (Letícia Pedro/Débora Ozório), que trabalha na fábrica como tecelã, está sempre disposta a ajudar seus colegas e vai se tornar uma liderança na defesa dos direitos dos operários. Isso vai aproximá-la do novo vigário da igrejinha da vila, Tenório Marques (Jayme Matarazzo), que também se preocupa com o bem estar da comunidade.
Antigos sonhos e frustrações afetam especialmente a vida de alguns personagens da vila, como Onofre Carvalho (Guilherme Silva). Com perfil duro, severo e controlador, teve que abandonar o sonho de ser um grande jogador de futebol quando sua esposa, a faxineira Felicidade (Carla Cristina Cardoso), engravidou de sua primeira filha, Letícia (Maria Luiza Galhano/Larissa Nunes). É na bebida que o antigo lavrador da fazenda tenta lidar com a revolta que carrega. Outra que vive sonhando com uma vida melhor é a copeira da casa de Violeta (Malu Galli) e Matias (Antonio Calloni), Emília Pereira (Gaby Amarantos), uma verdadeira devota das radionovelas, que deseja viajar o mundo e frequentar as festas mais deslumbrantes. Casada com o operário Cipriano (Cláudio Gabriel), a mãe de João (Nicolas Parente) encontrará no cassino de Constantino (Paulo Betti) a oportunidade para mudar de vida.
Com a inauguração da tecelagem, novos funcionários da fábrica e da fazenda se apresentam para trabalhar e, nesse movimento, Davi (Rafael Vitti), já no cargo destinado a Rafael (Fabrício Belsoff), começa a atuar para ajudar a melhorar a vida de todos que vivem na vila, sem perder o foco do que se torna seu principal objetivo: conquistar Isadora e protegê-la de Joaquim. Outro personagem que chega para trabalhar na fábrica é o tecelão Leônidas Lobato (Eriberto Leão), que vai se tornar amigo e cuidador de Matias (Antonio Calloni) e que, de imediato, se apaixona pela amargurada Heloísa (Paloma Duarte). O motivo da grande mágoa de Heloísa é o pai, o velho Afonso Camargo (Lima Duarte), que a obrigou, no passado, a entregar sua filha recém-nascida para adoção.
A dinâmica na vila operária vai conter tramas sobre temas importantes como o protagonismo feminino, o machismo, a igualdade e o direito dos trabalhadores. A chegada das máquinas e a instalação da tecelagem revelam as mudanças de um país que transitava para um modelo de produção fabril. No contexto internacional, a Segunda Guerra também vai impactar a produção da fábrica e a vida, principalmente, dos jovens moradores da vila, como Bento (Pedro Guilherme Rodrigues/Matheus Dias) e Lorenzo (Vinicius Pieri/Guilherme Prates), que acabam voluntariamente se alistando na Força Expedicionária Brasileira, deixando, respectivamente, seu pai Abílio (Luciano Quirino) e sua mãe Giovanna (Roberta Gualda) muito aflitos. Amigos desde a infância, Bento e Lorenzo são apaixonados pela mesma mulher, Letícia (Maria Luiza Galhano/Larissa Nunes), que é professora na escola da vila.
De trem, saindo da vila operária e indo até a região central de Campos dos Goytacazes, a movimentação de uma tecelagem a todo vapor é substituída pela agitação de uma cidade que desejava ser, acima de tudo, moderna. Nas ruas, o vai e vem de pedestres divide a paisagem com o ir e vir de carros particulares e de aluguel, e também de carroças. A lida diária de jornaleiros, chapeleiros, floristas e lavadeiras compõe esse cenário um tanto iluminado e multicolorido. Construções requintadas abrigam espaços de convivência em polvorosa no Brasil dos anos 40, como confeitaria, cinema, teatro e o cassino. É no Oásis Cassino que a simpática e divertida Julinha (Alexandra Richter), mãe de Arminda (Caroline Dallarosa), ama tentar a sorte no carteado. Apesar de ser o proprietário do lugar, seu marido, o boa praça Constantino Andrade (Paulo Betti), a proíbe de frequentar o espaço porque sofre com o vício da esposa em jogos. Mesmo com as restrições, Julinha sempre consegue dar suas escapadas, colocando Geraldo (Marcello Escorel), o crupiê do cassino, em maus lençóis com o patrão.
Estilos e referências de diferentes períodos marcam o figurino
Os traços realistas e carregados de cor do artista norte-americano Edward Hopper (1882-1967) estão entre as inspirações de Paula Carneiro, figurinista de "Além da Ilusão", que há 15 anos trabalha na TV Globo. Cada personagem da trama tem sua personalidade revelada em seus figurinos, com um trabalho que explora estilos de diferentes épocas. Na novela, que se passa nas décadas de 1930 e 40, serão encontradas referências desse período, mas também dos anos 50 e, até mesmo, contemporâneas, com inspiração em modelos que marcaram e marcam a vida de personalidades, como Grace Kelly, Coco Chanel, Elizabeth II e Johnny Depp, por exemplo. A passagem de tempo entre as duas décadas também foi, cuidadosamente, trabalhada nas roupas dos personagens, destacando-se o colorido e a criatividade das peças.
As irmãs Elisa e Isadora, interpretadas em diferentes fases pela atriz Larissa Manoela, terão figurinos com características que vão marcar as diferenças em suas personalidades. “Elisa é uma menina muito romântica, uma princesa, ela voa. A roupa dela é toda vaporosa, esvoaçante. Já Isadora está em um lugar que não tem data e é o oposto da irmã. É a nossa Dorinha, moderna, com muita personalidade, que costura a própria roupa, é criativa, estilista, quer trabalhar, quer a liberdade e não acredita no amor”, explica Paula.
Entre as preciosidades do figurino de "Além da Ilusão", desponta o vestido usado por Elisa em seu baile de aniversário de 18 anos, na primeira fase da trama. Em um primoroso trabalho realizado na fábrica de costura dos Estúdios Globo, o vestido foi produzido e pintado a 200 mãos, revela Paula. “Produzimos quase mil flores de tecido para aplicar no vestido inteiro. Ele é meio 3D, com as flores saltadas. A equipe pintou o vestido à mão. Foi surperconfeccionado, superestudado. Temos um time muito bacana de criação, que nos apoia na execução e faz preciosidades”, orgulha-se.
Buscando referências em artistas dos anos 1930, Paula destaca ainda que uma capa de veludo tirada de uma passarela foi adaptada para a construção do figurino do mágico Davi (Rafael Vitti). Na segunda fase, quando o personagem assume outra identidade, a equipe trabalhou a ideia de um administrador mais moderno, com o uso de ternos descasados, colete de lã, gravata de tricô, numa mistura de padrões tendo em vista um modo diferenciado de vestir dos homens.
As particularidades de cada década presentes também na caracterização
Gilvete Santos, caracterizadora que dividiu as ideias e propostas com Paula Carneiro, destaca que os desafios da caracterização da novela "Além da Ilusão" estão em ressaltar as particularidades de cada década. Nos anos 30, por exemplo, as ondas nos cabelos femininos eram mais marcadas. Com o passar dos anos, isso foi variando, assim como os volumes. Em relação aos homens, os cortes eram bem definidos, alinhados e elegantes.
A caracterização é fundamental também para marcar a passagem de tempo na trama. Para isso, foram trabalhados nos personagens diferenças nos penteados e técnicas de envelhecimento. “Muitos personagens estarão com os cabelos mais escuros na primeira fase e, na segunda, mais naturais. Também serão aplicadas técnicas simples e sutis de envelhecimento, com sombra e luz, com cabelos e barbas grisalhas e marcas de expressões na pele. Perucas e apliques serão mais utilizados na primeira fase”, destaca Gilvete, que trabalha na TV Globo há 20 anos.
Para as personagens Elisa (Larissa Manoela) e Isadora (Sofia Budke/Larissa Manoela), as marcações entre as duas estão na cor do cabelo, revelando seus estilos mais romântico e moderno, respectivamente. Em relação a Davi (Rafael Vitti), a inspiração foram os mágicos da época e filmes como "O Ilusionista". A barba do personagem é um capítulo à parte. “Ele terá momentos com a própria barba e outros em que acrescentaremos fio a fio. Um trabalho bem minucioso, pois, como gravamos com a tecnologia 4K, em que os detalhes saltam aos olhos, precisamos que fique o mais natural possível”, acrescenta.
Máquinas de tecelagem da época e até um vagão de trem: o universo encantador da cenografia e arte
A cidade mineira de Poços de Caldas foi palco para as gravações das cenas da primeira fase. Com um patrimônio arquitetônico bastante preservado, alguns pontos turísticos da cidade foram utilizados como locações, a exemplo do Palace Hotel, a Thermas Antônio Carlos, a Cascata das Antas, o Mirante e o Parque José Affonso Junqueira. Rafael Vitti, Larissa Manoela, Olivia Araújo, Malu Galli e Antonio Calloni foram alguns dos atores que estiveram na cidade. Foram necessários três caminhões para levar os objetos de arte, figurinos, cenografia, sem contar com o aluguel dos carros de época, que foram uma atração à parte.
Responsável pela cenografia, Cris Bisaglia explica que o desafio desse trabalho é retratar a época em que se passa a trama de uma forma diferente da qual o público está acostumado a ver nas produções. Para isso, a equipe de cenografia tem ousado bastante no uso das cores, explorando diversos recursos, como papeis de parede coloridos e ricos em detalhes.
Na cidade cenográfica nos Estúdios Globo, além da sede da fazenda e da vila operária, ganha destaque a fábrica de tecelagem que conta com seis máquinas têxteis datadas de 1940, a mesma época em que se passa a novela, todas em pleno funcionamento. Para encontrar esses equipamentos, a cenógrafa fez uma intensa busca. “Cheguei a ligar para o Museu Têxtil de Portugal para descobrir onde poderia conseguir mais de uma máquina. Liguei para a antiga Tecelagem Saliba, que fechou em 2016, falei com o Museu Têxtil da Bahia, o de Minas Gerais, até que cheguei em um segurança da Saliba, que me passou o contato de uma pessoa que tinha comprado as máquinas de lá e trabalhava com confecção. Viajei para Carmo do Rio Claro, em Minas, e consegui alugá-las. Foi um alívio”, conta Cris. Outro destaque é a estação de trem da fazenda, que tem o interior de um vagão construído especialmente para a novela. “Optamos por fazer o vagão um pouco menor do que o real, com 11 metros de largura (o real tem 15 metros) e mantivemos a altura igual. Será o trem que faz a viagem de Campos dos Goytacazes para a fazenda e para o Rio de Janeiro”, explica.
Para a segunda fase da trama, ambientada em Campos dos Goytacazes, a equipe de produção de arte, liderada pelo diretor de arte Moa Batsow, levou em conta uma cidade que já era bastante desenvolvida na década de 40, mais moderna, colorida e agitada, reunindo alguns estilos como o art noveau e o art décó. “O público vai ver a cidade de Campos supermoderna, colorida, cheia de elementos, carros, confeitaria, cinema, teatro, cassino, luzes, elementos divertidos, jornaleiro, chapeleiro, táxis, floristas, carroças, lavadeiras”, explica a produtora de arte Eugenia Maakaroun.
Durante o trabalho de pesquisa, Eugenia também concluiu que a arte gráfica poderia ser um diferencial para marcar as décadas de 30 e 40. “O design dos objetos de cena, desde a forma de escrever até a gramática, é diferente dos dias atuais. Propus ao Luiz (diretor artístico) uma coisa bem divertida e simpática, já que o design está presente em tudo. Antigamente, um rótulo era bem trabalhado, tinha um pensamento, uma criação, as fontes eram diferenciadas. Vamos trazer isso para agregar à nossa arte. Levei a arte gráfica para todos os cenários. O Davi (Rafael Vitti), por exemplo, vai ter um baralho original, feito por nós, e o visual é muito sedutor para os nossos olhos. As artes gráficas também estarão presentes nos rótulos das cachaças, ainda nos anos 30, escritos à mão, no alambique de Giovanna (Roberta Gualda)”, conta a produtora.
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