Ao se insinuar pela filosofia e pela matemática, mas com muita graça e leveza, o livro "Os Órgãos dos Sentidos", escrito por Adam Ehrlich Sachs, lançado pela editora Todavia, é um relato hilário e absurdo que combina obsessão científica e loucura, filosofia, arte e guerra.
Em 1666, um astrônomo lança uma previsão que nenhum de seus pares no mundo científico fez: exatamente ao meio-dia de 30 de junho daquele ano, um eclipse solar deixaria a Europa em total escuridão por não mais do que quatro segundos. Há rumores de que o astrônomo estaria utilizando o maior telescópio já construído, e de que seria incapaz de enxergar, pois teve os olhos arrancados em circunstâncias misteriosas. Seria ele um louco? Ou, apesar da cegueira, um visionário?
Os rumores chegam a Gottfried Leibniz, àquela altura ainda não o matemático e filósofo de renome mundial que viria a descobrir o cálculo, mas um jovem de 19 anos em crise com as próprias ideias de mundo. Intrigado, Leibniz parte em busca do astrônomo, e nas três horas que antecedem o suposto eclipse, ouve a hilária e assustadora narrativa por trás da previsão. Num relato progressivamente absurdo, o astrônomo desenrola uma trama de reis e rainhas, obsessão científica e loucura, filosofia, arte e guerra. A história, deliciosamente engraçada e surreal, é pontuada pelas agudas - e também hilárias - discussões entre o jovem matemático e o astrônomo.
Herdeiro de Thomas Bernhard e Franz Kafka, Adam Ehrlich Sachs cria neste "Os Órgãos dos Sentidos" um romance histórico que é ao mesmo tempo uma fábula cômica e uma nova visão do passado. Uma história sobre a natureza da percepção e também sobre a maneira como um coração apaixonado pode se provar tão misterioso e insondável quanto as estrelas. Você pode comprar o livro "Os Órgãos dos Sentidos", de Adam Ehrlich Sachs, neste link.
O autor
Adam Ehrlich Sachs nasceu em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Estudou em Harvard, onde fez parte da lendária publicação Harvard Lampoon.
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