segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

.: Marcelo Tas entrevista Tamara Klink no #Provoca desta terça-feira


Na TV Cultura, velejadora conta sobre experiências e emoções em alto mar.

Nesta terça-feira, dia 1º de fevereiro, a velejadora Tamara Klink é a convidada de Marcelo Tas no #Provoca. Em uma conversa intensa e ao mesmo tempo descontraída, a jovem brasileira que cruzou o Oceano Atlântico sozinha participa da edição com "provocações" sobre suas experiências em alto mar, sua relação com o pai e com a escrita. Na TV Cultura, a edição vai ao ar a partir das 22h.

Com 24 anos, a filha do navegador e escritor brasileiro Amyr Klink cruzou o Oceano Atlântico sozinha a bordo do “Sardinha” e, assim como o pai, tem histórias boas para contar. Durante a edição, Tas lhe pergunta quais as semelhanças entre o mar e seu pai. Tamara explica que, por muito, aprendeu as coisas sozinha. 

Ela conta sobre os ensinamentos do pai e das vezes em que buscava conselhos sobre a navegação e recebia um silêncio no lugar de instruções. “Ele estava sempre assim, um pouco me empurrando a ir atrás das minhas próprias respostas e a aprender a fazer minhas próprias perguntas, e foi muito frustrante no começo porque eu sentia que ele tinha as respostas pra me dar e não me dava, mas ao mesmo tempo isso me deu uma autonomia que eu ia precisar usar depois”, pontua Tamara.

Ela explica que tudo contribuiu para sua autonomia, até porque no mar estava só. Tamara diz que lhe faltara entendimento no início e que foi bom aprender com os erros. Durante a conversa com Tas, ela conta sobre como é estar no desconhecido, em silêncio, e explica a excitação na chegada aos portos. “Eu chegava num porto com muita carência, porque eu cansava de ser minha própria fonte de carinho, eu cansava de ser a única pessoa que eu ia lembrar que era uma humana que tinha limites”.

Em meio às provocações, a autora de “Mil Milhas”, "Crescer & Partir" e “Um Mundo em Poucas Linhas” revela que através da obrigatoriedade da escrita imposta durante as viagens de sua infância, percebeu como ser uma “escrevedora de diários” se tornou importante. “Aos poucos eu fui entendendo que isso era uma ferramenta muito poderosa para criar autoconfiança e entender que a nossa história importava”, finaliza.

A edição ainda infiltra os detalhes de suas viagens com o barco, como a dosagem do sono e o fato de sempre existir um rumo. “E como que você faz agora que está na terra?”, questiona o apresentador. "Eu crio o destino final da próxima viagem, que é a única coisa que eu aprendi a fazer. Esse é o meu recurso, eu vou usar isso com todas as minhas forças”, finaliza Tamara Klink.


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