Rodrigo Dourado - O "BBB" está no ar há duas décadas. Nesses 20 anos, ele se transformou, mas ao mesmo tempo, nunca deixou de ser uma grande paixão. O "BBB" nunca foi só mais um programa de televisão. Desde que estreou, em 2002, ele sempre se fez muito presente na vida dos brasileiros. E soube se reinventar. Isso é o que constrói a longevidade da qual a gente tem tanto orgulho. O "BBB" consegue andar junto com a transformação das pessoas, da vida em sociedade. É um programa que nutre um relacionamento muito íntimo com seu público e que está presente em diferentes canais antes mesmo do termo “multiplataforma” existir. Isso vem da inquietude da equipe, que está sempre em busca de novidades para as provas, dinâmicas do jogo e para a forma de se comunicar com quem assiste ao BBB. Hoje o "BBB" é referência em muitos sentidos graças a essa proximidade e paixão mútua com seu público.
Que diferenciais você conseguiu identificar na relação do "BBB" com seu público durante o tempo em que está na equipe do programa?
Rodrigo Dourado - O programa se conecta muito com a curiosidade do brasileiro pela vida. A possibilidade de se ver, se espelhar e se imaginar dentro do programa, muitas vezes, vai além da competição. A competição é um motor, é o que faz a história andar. Hoje, as pessoas também querem estar por dentro do que acontece no "BBB" para poder fazer parte da conversa, da discussão. Isso é muito rico. Outro fato é que o "BBB" oferece ao público uma história imprevisível, contada pelos participantes. Uma “dramaturgia às avessas”. Quando você coloca as pessoas dentro da casa, entrega uma página em branco na mão delas e diz que a regra é fugir do paredão e chegar à final, o que elas vão fazer depende de cada uma. E tem ainda mais camadas: as pessoas são umas quando estão sozinhas, mas se revelam outras, dependendo das companhias. Essa imprevisibilidade é muito interessante. É tudo muito dinâmico, muito vivo. São raros os realities que conseguem levar isso com tanta intensidade para o público. Tudo acontece em frente a dezenas de câmeras transmitindo ao vivo durante 24 horas por dia.
Como está sendo a troca com o novo apresentador, Tadeu Schmidt?
Rodrigo Dourado - Está sendo incrível. Esse lado dele fã do programa até nos pegou de surpresa! Ele é totalmente interessado, muito disponível, muito aberto a aprender e a querer fazer parte dos processos, entender o que a gente faz. Tadeu é muito empático. E a gente sente isso na relação dele com a equipe. E vamos levar isso para dentro da casa: se ele é alguém que se interessa por quem faz o programa, obviamente será interessado por quem joga o jogo. Ele vai se apaixonar por essas pessoas como a gente se apaixona. Ele também está muito empolgado com as provas, já se colocou disponível para estar junto na hora de criar e desenvolver as dinâmicas do game... Tem sido uma ótima troca.
O "BBB 22" tem direção geral de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt.
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