Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.
Por volta do ano 2000, David Bowie fez um dos movimentos mais inesperados em uma carreira repleta deles: ele começou a revisitar algumas das primeiras músicas de sua carreira profissional, a maioria das quais ele havia lançado na adolescência ou no início dos 20 anos. Uma versão de seu quarto single, "Can't Help Thinking About Me", originalmente lançado em 1966, tornou-se um destaque de seus shows ao vivo entre 1999 e 2000.
Mais tarde, ele levou sua banda de turnê para o estudio e regravou mais de uma dúzia de canções para um álbum chamado “Toy” que, devido a complicações com sua gravadora, não foi lançado na época. Muito embora várias músicas tenham sido lançadas separadamente e a coisa toda tenha vazado alguns anos atrás. O produtor e colaborador de longa data de Bowie, Tony Visconti, descreveu o álbum como “um dos melhores trabalhos de David”.
Destaco as faixas "The London Boys" e "Conversation Piece", ambas revestidas com a aura camaleônica de Bowie, além, é claro, da já citada "Can't Help Thinking About Me". Energia pura. O álbum foi lançado pela primeira vez como parte do box "Brilliant Adventure (1992-2001)". E agora o lançamento de 'Toy:Box' foi ampliado em três discos, apresentando tomadas alternativas e gravações despojadas das sessões originais. O mais interessante é que ele não apenas deixou para trás um álbum inédito após sua morte. E sim uma edição expandida completa para ser apreciada nos próximos anos.
"Can´t Help Thinking About Me"
"Baby Loves That Way"
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