quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

.: Clássico da literatura, "Ilusões Perdidas" é destaque no Festival Varilux

Talvez o principal lançamento da 12ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, com exibição somente nos cinemas entre 25 de novembro e 8 de dezembro, seja o drama "Ilusões Perdidas" ("Illusions Perdues"), baseado no romance de Honoré de Balzac.Se nos cinemas o Festival Varilux foi consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França, somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde sua criação, na literatura "Ilusões Perdidas" é um dos maiores clássicos da literatura mundial.

No filme, indicado para o Leão de Ouro e outras duas categorias no Festival de Veneza, Lucien é um jovem poeta desconhecido da França do século XIX. Ele tem grandes esperanças e quer escolher seu destino. Ele larga a gráfica de sua província natal para tentar a sorte em Paris, nos braços de sua protetora. Logo deixado por conta própria na fabulosa vila, o jovem rapaz vai descobrir os bastidores de um mundo condenado à lei do lucro e das falsidades. Uma comédia humana na qual tudo se compra e se vende, da literatura à imprensa, da política aos sentimentos, das reputações às almas. Ele vai amar, sofrer, e sobreviver às suas ilusões. O filme faz com que o espectador queira ler o livro homônimo, que você pode comprar neste link.

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Sobre o diretor
Depois de estudar Letras, Xavier Giannoli foi jornalista antes de trabalhar em filmes como assistente de direção. Em 1993, dirigiu seu primeiro curta-metragem "Le Condamné", com Philippe Léotard e Christine Boisson, adaptado de um conto de Jean-Paul Dubois. Com François Cluzet e, especialmente, "L’Interview" (1998), que ganhou a Palma de Ouro de curta-metragem, assim como um César.

Dando continuidade ao seu ímpeto, Xavier Giannoli dirige em 2006 a dupla Cécile de France e Gérard Depardieu no comovente "Quando Estou Amando", selecionado em Competição no Festival de Cannes, assim como "No Princípio", de 2009, inspirado por uma notícia que ocorreu no norte da França.

Xavier Giannoli voltou a dirigir em 2012 com "Superstar", que acabou na seleção oficial do Festival de Cinema de Veneza. Apenas em 2015 o diretor dirigiu seu sexto filme, "Marguerite", um longa-metragem histórico inspirado na cantora estadunidense Florence Foster Jenkins, que tinha a notável característica de cantar desafinado.

Em 2017 lança "A Aparição", um drama sobre um repórter cético convidado pelo Vaticano a investigar uma jovem que alega ter visto a Virgem Maria em pessoa. No elenco, Benjamin Voisin, Cécile de France, Vincent Lacoste e Gérard Depardieu. Direção: Xavier Giannoli. Duração: 145 minutos. Gênero: drama. Classificação: 12 anos. Distribuidora: California Filmes.


Sobre o livro

Por volta de 1830, aos trinta e poucos anos de idade, Honoré de Balzac elegeu seu projeto de vida: escrever uma série de romances, novelas e contos que retratasse a sociedade de sua época em todos os seus aspectos, um retrato abrangente da vida francesa que, segundo o autor, realizaria pela pena o que “Napoleão não conseguiu concluir pela espada”.

E, caso esse ambicioso panorama tenha um centro, este necessariamente deve ser "Ilusões Perdidas", o mais extenso dos romances escritos por Balzac. Publicado em três partes entre 1837 e 1843,  o romance explora com maestria três aspectos fundamentais para compreender a sociedade francesa do século XIX: os jogos de poder e intriga das classes aristocráticas, o contraste entre a vida na capital e na província e o lado sujo - cínico e politiqueiro - da atividade jornalística. Tudo isso através da história do poeta Lucien de Rubempré, que sai da pequena cidade de Angoulême para buscar fortuna e consagração literária em Paris apenas para ver, um a um, seus sonhos caírem por terra.

Lucien Chardon é jovem rapaz movido pelo sonho de ser reconhecido socialmente e de se tornar rico. Amante do estudo e das artes, ele deseja publicar dois livros: uma coletânea de poemas e um romance histórico, mas tem dificuldades para iniciar a carreira devido à virtude de sua origem humilde. Iludido pelo desejo de ascender socialmente, deixa para trás o trabalho de chefe de tipografia e instala-se em Paris, onde vive os dissabores de uma relação amorosa desaprovada pela sociedade. 

Quando conhece um grupo de jovens que, como ele, aprecia a instrução e a literatura, Lucien dedica-se a ingressar no jornalismo, sempre com o intuito de ver suas obras publicadas. O rapaz acumula diferentes experiências que reforçam como o apego ao dinheiro e às conveniências sustentam todas as relações sociais.



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