Dentre eles se destaca Diego Rates, autor que tem uma passagem profissional como funcionário da polícia federal. Lançado como e-book, sua obra “Os Diálogos de Uma Cena de Crime” parte de uma solução imersiva sobre a investigação criminal. Ele traz as minúcias sobre as pistas e soluções que envolvem o crime. Tudo isso dialogando com a realidade violenta do país.
Polícia e literatura
O livro vem como resultado de uma criatividade explosiva e um amor recente pela literatura. “Comecei a ler em 2020, antes da pandemia. Desde então, eu li exatos 100 livros até agora. Entre os meus autores favoritos estão Machado de Assis, Neil Gaiman, Ray Bradbury e Isaac Asimov, entre outros”, comenta Diego sobre os autores que o tem inspirado.
Mas uma de suas principais fontes de criatividade vem da experiência na Polícia Federal. “Eu trabalhava no setor de passaporte da Polícia Federal e em plena pandemia, onde as pessoas não podiam sair do país, os números de pessoas que atendíamos era absurdo”, esclarece Diego Rates sobre essa situação que o inspirou para escrever seus primeiros livros. Ao ter testemunhado essa realidade inacreditável o autor foi descobrindo seu ímpeto para a literatura.
Pandemia
Além de insatisfação com o seu trabalho, a pandemia foi o motivo catalizador que inspirou o hábito de leitura e escrita de Diego. O primeiro livro de Diego Rates foi "As Últimas Memórias de um Morto-Vivo", é uma ficção de horror que dialoga diretamente com os problemas desencadeados pela pandemia.
Já “Os Diálogos de Uma Cena de Crime” tem como proposta um desenvolvimento metalinguístico de uma narrativa criminal. Isso sem ignorar suas inquietações pessoais. “Um acontecimento factual que eu traçaria com minha narrativa seria a corrupção e a brutalidade policial, além da ineficiência da justiça em nosso país”, relaciona Diego. Assim, “Os Diálogos” surge como um romance subversivo, mas antenado com as questões da realidade.
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