Através do humor, a peça procura refletir sobre questões do universo gay – o amor, a sexualidade, os preconceitos, as alegrias e tristezas, que são compartilhadas pelo personagem como num diário íntimo.
O personagem Dário, numa “conversa ao pé do ouvido” com o público, revela suas aventuras mais íntimas, desde o casamento feliz com um intelectual bem mais velho e a viuvez súbita, aos desvarios cometidos em nome de uma paixão que o levou a perder tudo e a escrever um livro em que faz uma defesa radical do prazer.
Desde 04 de setembro, o público pode assistir à comédia “Gays, modos de amar”, peça pré-filmada com texto do romancista, ensaísta, editor e dramaturgo Flavio Braga (criador e diretor da revista Muito Prazer, com a escritora e psicanalista Regina Navarro Lins), direção de Glaucia Rodrigues (Cia Limite 151) e atuação de Rafael Canedo (ator constante das produções de Miguel Falabella, deu vida a Caquinho, filho de Caco Antibes no filme "Sai de Baixo"; ao comissário Camilinho, da série "Brasil a Bordo"; e a Ruço na fase jovem, personagem de Falabella na série “Pé na Cova”).
Através do humor, a peça procura refletir sobre questões do universo gay – os preconceitos enfrentados, a busca do amor e do prazer, a auto-aceitação.
Flavio Braga, autor do texto, conta que “A criação de ‘Gays, modos de amar’ está muito vinculada às conversas que tive com amigos, alguns deles já mortos, sobre suas trajetórias eróticas e amorosas. Seria diferente se o personagem fosse um hétero falando de experiências semelhantes? Acho que sim, os gays foram conduzidos, pela repressão sexual a comportamentos que, para muitos, ainda são classificados como antissociais. Isso está mudando e chegaremos ao padrão convencional da família gay burguesa, aceita por todos.”.
A percepção do autor reforça o sentimento da diretora: “Dirigir um texto sobre gays e liberdade é uma delícia de resistência a esses tempos tão sombrios!”, celebra Glaucia Rodrigues.
Dirigindo-se diretamente ao espectador, num depoimento confessional, o personagem expõe sua trajetória desde a descoberta da condição gay até a sua integração dentro de uma sociedade específica. Amor, sexualidade, preconceitos, alegrias e tristezas são compartilhados como num diário íntimo. O surgimento do primeiro afeto e do primeiro desejo são narrados pelo protagonista como um manual de uso, daí o título da peça.
SINOPSE: O jovem Dário (Rafael Canedo), criado numa família tradicional da zona norte carioca, descobre-se homossexual no início da juventude. Incompreensão e pressões familiares o levam a deixar a casa materna. Ele conhece Heitor, professor universitário 30 anos mais velho. Os dois casam e Dário passa a viver uma vida feliz e confortável, mas a felicidade é interrompida pela morte súbita de seu companheiro. Seguindo uma ordem expressa em carta pelo falecido, Dário consegue retirar ações e dólares de um cofre antes de ser expulso pela ex-mulher e filhos de Heitor. Dário passa a viver uma vida desregrada. Envolve-se com prostitutos e se apaixona por um deles, Beto, que o arrebata pela beleza. A herança vai se consumindo rapidamente no sustento dessa paixão, e Beto vai embora quando o dinheiro acaba. Dário então faz uma defesa radical do prazer e resolve se prostituir para sustentar Beto. Suas qualidades intelectuais o tornam um tipo de prostituto muito especial, podendo circular em qualquer ambiente e ser apresentado às famílias sem comprometer os clientes.
Dário resolve escrever um livro contando a sua trajetória e dando sua versão sobre a situação dos gays no mundo. A sua tese central é que somos o nosso corpo, e portanto devemos a ele nossa existência e todo o prazer e bem-estar que pudermos ter. A peça se passa quando o livro está pronto e Dário explica ao público porque resolveu escrever.
BRASIL – INGLATERRA, UMA PEÇA FILMADA
O trabalho entre diretora e ator se deu à distância, uma vez que Rafael Canedo vive há dois anos na Inglaterra, onde todas as cenas foram filmadas.
O projeto foi aprovado no Edital de Chamada Emergencial de “Retomada CulturalRJ” do Estado do Rio de Janeiro/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e no Edital Fomento às Artes da Prefeitura do Rio de Janeiro e do o Governo Federal, através da Lei Aldir Blanc.
TEMPORADA ON LINE GRATUITA
Estreia: 04 de setembro
Em cartaz: YouTube, canal GaysModosDeAmar (https://youtu.be/Vs6BlD-IUGE)
DURAÇÃO: 40 min / GÊNERO: comédia
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
TEMPORADA: no ar até 30 de novembro
FICHA TÉCNICA
Ator: Rafael Canedo
Texto: Flávio Braga
Direção: Gláucia Rodrigues
Cenário e Figurinos: Colmar Diniz
Música: Cayê Milfont
Ilustração: Aliedo Kammar
Iluminação: Rogério Wiltgen
Trilha Sonora: Wagner Campos
Programação visual: Sydney Michelette
Fotos: Guga Melgar
Edição: Marcelo Serpa e Ever Santos
Mídias Sociais: Luciano Rezende e Will Vaz
Direção de Produção: Edmundo Lippi
Realização: Rafael Canedo e Edmundo Lippi
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
FLAVIO BRAGA – autor
O paulistano Flávio Braga, que vive no Rio de Janeiro há 32 anos, é romancista, ensaísta, editor, dramaturgo, produtor e diretor de teatro e cinema.
Alguns de seus principais trabalhos como dramaturgo são Sade em Sodoma, com direção de Ivan Sugahara; Racha, com direção de Anselmo Vasconcelos; Os Saltimbancos, texto de Chico Buarque, entre outros.
No jornalismo, a criação e direção, ao lado da escritora e psicanalista Regina Navarro Lins, da revista Muito Prazer.
Escreveu, entre outros, os livros Stalking: Uma perseguição amorosa real, Nversos; A cabeça de Hugo Chávez, romance, Record; Sob Masoch, romance, Ed. Best Seller; O olhar cingido, romance, Record; Amor a três, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller; Sade em Sodoma, romance, Best Seller; Fidelidade Obrigatória, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller, Separação, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller; O que contei a Zveiter sobre sexo, romance, Record; O sexo no casamento, ficção e ensaio, com Regina Navarro Lins, Best Seller; O livro de Ouro do Sexo, ensaio, com Regina Navarro Lins, Ediouro.
GLAUCIA RODRIGUES - diretora
Bacharel em artes cênicas pela UNIRIO, bailarina clássica formada pela Escola de Danças Maria Olenewa, Gláucia estreou no teatro em 1982 em Nelson Rodrigues: O Eterno Retorno, de Nelson Rodrigues, com direção de Antunes Filho, participando de festivais de Teatro em Londres e Berlim. Em 1982 atuou em Macunaíma, de Mário de Andrade, com direção de Antunes Filho, cumprindo uma excursão pela Europa, México e Ilhas Canárias, num total de nove países. Trabalhou ainda em montagens de A Comédia dos Erros e O Mercador de Veneza, ambas de William Shakespeare, com direção de Claudio Torres Gonzaga; As Armas e O Homem de Chocolate, de Bernard Shaw, com direção de Claudio Torres Gonzaga; As Malandragens de Scapino, de Molière, com direção de João Bethencourt); O Olho Azul da Falecida, de Joe Orton, com direção de Sidnei Cruz; Chico Viola, musical escrito e dirigido por Luiz Artur Nunes; A Moratória, de Jorge Andrade, com direção de Sidnei Cruz; O Avarento, Tartufo, O Sedutor, O Doente Imaginário, As Preciosas Ridículas e As Eruditas, todas de Molière, com direções de Jaqueline Laurence, João Bethencourt, Claudio Torres Gonzaga e Jose Henrique Moreira. Em 2011, comemorando os 20 anos da Cia Limite 151, protagonizou a peça Thérèse Raquin, de Émile Zola, com direção de João Fonseca.
Dirigiu, entre outras, a peça O Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna. Foi indicada aos Prêmios SHELL 2008 como atriz da peça O SANTO E A PORCA, de Ariano Suassuna, com direção de João Fonseca; Mambembe/1997 como atriz coadjuvante no espetáculo O HERÓI DO MUNDO OCIDENTAL, de John Singe, com direção de Jose Renato Pécora; Cultura Inglesa/1996 como melhor atriz no espetáculo O OLHO AZUL DA FALECIDA; Cultura Inglesa/1995 como melhor atriz no espetáculo AS ARMAS E O HOMEM DE CHOCOLATE.
Estreou na televisão na novela Pantanal, da então TV Manchete. Seguiram-se papéis nas novelas Amazônia, História de Amor, e em episódios dos seriados Você Decide, Carga Pesada e na novela Insensato Coração.
Seu primeiro papel no cinema foi no longa-metragem Meteoro, de Diego de La Texera. Atuou ainda no longa metragem de Silvio Gonçalves Sem Controle, com direção de Cris Damato. Participou do longa-metragem Chico Xavier, com direção de Daniel Filho.
RAFAEL CANEDO – ator
Rafael Canedo é ator formado na Escola Estadual de Teatro Martins Pena e tem atualmente 13 anos de atividades profissionais.
Foi indicado como melhor ator no prêmio Cesgranrio de Teatro em 2014 pelo Estranho
Caso do Cachorro Morto; e como melhor ator no FITA 2012 por Porcos com Asas. Vencedor dos prêmios de melhor ator no Festival de teatro do Paraná 2012; destaque como ator na Mostra Estudantil do CCBB; Melhor ator no festival de teatro do Rio de Janeiro por A Carroça dos Desejos.
Na TV e no cinema, deu vida a Celsinho no filme português Amo-te imenso com estreia prevista para 2021; viveu Caquinho, filho de Magda e Caco Antibes no filme Sai de Baixo, de Miguel Falabella; em Brasil a Bordo, série de Miguel Falabella produzida pela Rede Globo, viveu Camilinho, um comissário de bordo gay da Piora Linhas Aéreas. No filme Chocante, de Bruno Mazzeo, viveu o personagem Tarcisio, vocalista da boyband Chocante dos anos 90.
Em seu primeiro trabalho na Rede Globo, Rafael foi desafiado a viver Ruço na fase
jovem em Pé na Cova. O personagem foi vivido na fase adulta por Miguel Falabella, também autor da série. Participou da série da GNT As Canalhas; do filme A última festa, de Matheus Souza, rodado em Lisboa em 2019.
No teatro atuou em Fulaninha e Dona Coisa, com Nathalia Dill e Vilma Melo, direção Daniel Herz; O Estranho Caso do Cachorro morto (protagonista); direção de Moacyr Goes, com Thelmo Fernandes e Silvia Buarque; Auto da Compadecida (Chicó), direção Sidney Cruz; O Olho Azul da Falecida (Harold); sucesso do Inglês Joe Orton, direção Sidnei Cruz, com Tuca Andrada e Mario Borges, entre outros.
Como produtor, produziu o e idealizou o espetáculo Em um lugar chamado Lugar Nenhum, que teve sua estreia no Centro Cultural Banco do Brasil e viajou por diversas
cidades do estado do Rio de Janeiro, apoiado pelo SESC; e o espetáculo Dias de Chuva adaptação de crônicas de Fernando Pessoa, no Centro Cultural CESGRANRIO.
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