sábado, 2 de outubro de 2021

.: Entrevista: Solange Couto festeja a volta de "O Clone": "Né brinquedo, não"


A partir desta segunda-feira, dia 4 de outubro, a obra divide a faixa com as emoções finais de "Ti Ti Ti" no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Globo/Divulgação

Vinte anos após a exibição original de "O Clone", "Né brinquedo, não", o bordão de Dona Jura (Solange Couto), continua marcante na lembrança do público. Mas o que muita gente não imagina é que foi a própria atriz quem criou a expressão, fazendo com que a personagem se tornasse um sucesso absoluto. "'Né brinquedo, não' foi criação do pai do céu. Costumo conversar com Ele, e pedi que me inspirasse algo diferente. E Ele me fez falar isso de repente quando estava dirigindo. Passei a ter uma popularidade que nunca imaginei com essa personagem", conta a atriz, que também compôs a música que tem o bordão como título, gravada pelo grupo Molejo. "A música fez muito sucesso. Também escrevi o livro 'Receitas de Botequim', a partir da Dona Jura, que teve mais de 150 mil cópias vendidas", relembra Solange, orgulhosa. 

As personalidades que Dona Jura recebia em seu bar, famoso pelo pastel de camarão, eram uma atração à parte na trama. De Pelé a Zeca Pagodinho, vários ícones passaram por lá. Solange relembra desses momentos das gravações com muito carinho. "Tenho inúmeras lembranças das participações. Alguns foram muito especiais: o Pelé, que foi o primeiro a ir, depois os campeões da seleção brasileira e o Sargentelli, que me mandou uma mensagem e eu pedi a Gloria Perez para trazê-lo. Foi emocionante demais", revela. Em entrevista, Solange Couto conta mais sobre as lembranças do trabalho que mudou sua vida. 

O que sentiu quando soube que "O Clone" iria ao ar novamente 20 anos após a exibição original?
Solange Couto - 
Fiquei muito feliz, porque mesmo tendo passado 20 anos, no caso da minha personagem parece que foi ontem.


Quando começou a gravar a novela, você tinha alguma ideia do sucesso que sua personagem teria?
Solange Couto - 
Não imaginava mesmo, e acredito que a Gloria Perez (autora) e o Jayme Monjardim (diretor) também não tinham essa dimensão. Dona Jura era para ser um personagem secundário e se tornou tão grande, um divisor de águas na minha carreira. Passei a ter uma popularidade que nunca imaginei.


Como foi a criação do bordão "Né brinquedo, não", que o público até hoje não esqueceu?
Solange Couto - 
"Né brinquedo, não" foi criação do pai do céu. Costumo conversar com Ele, e pedi que me inspirasse algo diferente, e Ele me fez falar isso de repente quando estava dirigindo.


Quais são as lembranças das participações no bar da Jura? Alguma foi mais especial?
Solange Couto - 
Tenho inúmeras lembranças das participações. Algumas foram muito especiais: O Pelé, que foi o primeiro a ir, depois os campeões da seleção brasileira e o Sargentelli, que me mandou uma mensagem e eu pedi a Gloria para trazê-lo. Foi emocionante demais!


O que você recorda de todo o processo de construção da Dona Jura e como foi a preparação para interpretá-la?
Solange Couto - A construção começou pelo figurino. O vestido que ela mais usava era cópia de um vestido meu, que pedi a figurinista Marília Carneiro para fazer e ela me atendeu. A faixa do cabelo eu também sugeri e as sandálias comprei e apresentei para aprovação. Não houve preparação maior para ela, até porque era pra ser um papel bem menor do que se tornou. Tive liberdade de fazer do meu jeito. Claro que com a aprovação da autora e da direção.


Como analisa a trajetória da personagem na trama, sua personalidade e seus conflitos?
Solange Couto - 
É muito comum no subúrbio do Rio de Janeiro encontrar centenas de mulheres como ela. Busquei as lembranças de infância e interpretei com suas dores, amor, atitudes, acho que daí veio a identificação que as pessoas tem com ela.


Qual foi o maior desafio desse trabalho?
Solange Couto - 
Não caricaturar, não exagerar para ser autêntica.


Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? 
Solange Couto - 
Eu amava dobrar a esquina da cidade cenográfica e gritar: "Bom dia meu povo!". E todos respondiam em coro. Era muito bom!


Até hoje o público fala desse trabalho com você? 
Solange Couto - 
Não teve até hoje um dia que alguém não fale o bordão ou me chame de Dona Jura (risos).


Você pretende assistir novamente à trama? 
Solange Couto - 
Vou assistir sim, com certeza.


É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?
Solange Couto - Autocrítica não cabe mais.


Você guarda alguma recordação desse trabalho? 
Solange Couto - Tenho um vestido dela guardado e é uma linda recordação. 


E o famoso pastel, ainda tem a receita?
Solange Couto - Faço às vezes o pastel de camarão, a mesma receita!


De volta a partir do dia 4 de outubro, "O Clone" é escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso. 


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