sábado, 30 de outubro de 2021

.: "Arquiperiscópio": Oi Futuro inaugura a exposição André Severo


Com curadoria de Paulo Herkenhoff, mostra inédita apresenta, pela primeira vez, um panorama da múltipla produção do artista gaúcho, com obras que buscam referências na história da arte para falar sobre as relações humanas, a natureza e a imagem. Na foto, a obrta "Rastro" (Gustave Le Grey)


O Oi Futuro inaugura, no dia 3 de novembro, a exposição “André Severo - Arquiperiscópio”, com seis obras inéditas do artista gaúcho, compostas por mais de 150 trabalhos, e seis vídeos, que ocuparão o pátio externo, o hall e os níveis 2, 3 e 4 do centro cultural. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra apresenta um panorama da obra de André Severo, artista múltiplo que começou sua trajetória há 27 anos e realiza sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro. A exposição apresenta diferentes vertentes do trabalho do artista – instalações, desenhos, colagens, pinturas e vídeos –, que estarão reunidas pela primeira vez em uma exposição. Em comum, todas buscam referências na história da arte para falar sobre as relações humanas, a natureza e a imagem.

“A obra de André Severo é sobre a circulação da arte-imagem. Sua despojada presença em vídeos, fotografias, livros e exposições escamoteia a complexidade desse desafio. Nem sempre o público tem consciência de que se depara com uma proposta de arte e que é um alvo deste projeto. Para o artista, toda circulação cultural é uma forma de contrato social com a recepção”, diz o curador Paulo Herkenhoff, que vem planejando esta exposição há cerca de três anos.

A exposição terá obras que trazem elementos chaves da produção de André Severo, mostrando ao público um panorama de seu pensamento. “Minha produção é cíclica; a maneira como os trabalhos estão articulados no espaço, em ‘Arquiperiscópio’, traz referências da minha produção ao longo dos últimos 20 anos, ao mesmo tempo em que revelam o ponto de pensamento em que estou no momento”, diz o artista.

O nome da exposição, “Arquiperiscópio”, faz uma alusão ao objeto óptico – cujo funcionamento é baseado na associação de dois espelhos, permitindo uma visão ampliada e de longa distância – para dar conta da obra e trajetória múltipla de André Severo, que também é curador e produtor. “Entendo tudo o que faço como uma coisa só. Trabalho compulsivamente e cada trabalho é uma parte do todo, do que sou, que me ajuda a entender os processos poéticos, mas também de busca e questionamento existencial”, diz.

“Seu modelo óptico é o arquiperiscópio, com um regime polissêmico, múltiplo, errante, plurívoco, heterotópico. Iconógrafo, devorador de Cronos, Severo é onívoro. O arquiperiscópio não se prende a espelhamentos nem à geometria rasa, sendo, pois, anticaleidoscópio”, ressalta o curador Paulo Herkenhoff. “Em resumo, o artista considera arte toda e qualquer ação sua que faça no sistema de arte, como ainda a curadoria da XXX Bienal de São Paulo, como uma dimensão poética de sua própria arte, as propostas que faz aos curadores de suas mostras pessoais, a direção de instituições culturais, palestras, entre outras. Isto é seu arquiperiscópio”, ressalta.


Sobre o artista
André Severo (Porto Alegre, 1974. Vive e trabalha em Porto Alegre). Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É artista visual, curador e produtor. Atualmente, é diretor do Farol Santander Porto Alegre.

Realizou diversos filmes e instalações audiovisuais e participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Em 2018, com Marília Panitz, foi o curador da exposição 100 anos de Athos Bulcão. Entre os anos de 2015 e 2017 realizou Metáfora, em parceria com Paula Krause, e Espelho, as duas primeiras partes da trilogia de exposições “El Mensajero”, concluída este ano com a exposição “Labirinto”. 

Com Luis Pérez-Oramas, foi responsável pela curadoria da representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza, em 2013, e da XXX Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, em 2012, mesmo ano em que publicou o livro “Deriva de sentidos”. Em 2010, foi responsável pela curadoria da mostra Horizonte expandido, junto com Maria Helena Bernardes, com quem iniciou, em 2000, as atividades de Areal, projeto que se define como uma ação de arte deslocada, que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais. Publicou, entre outros, os livros “Consciência errante”, “Soma e Deriva de sentidos” e “Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos” (Funarte).

Dentre suas principais premiações destacam-se o Programa Petrobrás Artes Visuais - ano 2001 -, em 2001; o Prêmio Funarte Conexões Artes Visuais, em 2007; o Projeto Arte e Patrimônio 2007, em 2007; o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2009, em 2009; o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, em 2010; o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - 6ª Edição, em 2013; o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2014, em 2014; o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2015, em 2015; e o Prêmio Sérgio Milliet da ABCA, em 2018 pelo livro Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos.


Serviço:
"André Severo - Arquiperiscópio"
Abertura: 3 de novembro de 2021
Exposição: até 16 de janeiro de 2022
Classificação etária: livre (nudez não erótica)

Centro Cultural Oi Futuro
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
Telefone: (21) 3131-3060

De quarta a domingo, das 11h às 18h. A entrada do público se encerra às 17h Informações: www.oifuturo.org.br ou pelo telefone (21) 3131-3060
Entrada franca
Produção: Imago Escritório de Arte
Patrocínio: Oi
Apoio cultural: Oi Futuro

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