segunda-feira, 20 de setembro de 2021

.: Jorge Du Peixe lança o álbum “Baião Granfino” nas plataformas digitais


O novo projeto do cantor e compositor pernambucano traz versões das músicas de Luiz Gonzaga. Capa do álbum “Baião Granfino” (selo Babel). Foto: José de Holanda


O cantor e compositor Jorge Du Peixe lançou o álbum “Baião Granfino”, com versões das músicas de Luiz Gonzaga. O projeto abre espaço para novas propostas sonoras e arranjos criativos que exaltam a obra do Rei do Baião, aliado a interpretação potente de Du Peixe. Para o cantor é uma honra e um desejo antigo se concretizando. “Faz parte da minha memória afetiva. Quem é do Nordeste cresce ouvindo as melodias de Luiz Gonzaga”, diz.

Gravado com a produção musical de Fábio Pinczowski, o álbum conta com 11 faixas, entre elas “Sabiá” (Luiz Gonzaga/Zé Dantas), “Qui nem Jiló” (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), “Cacimba Nova” (Luiz Gonzaga/José Marcolino) e “Acácia Amarela” (Luiz Gonzaga/Orlando Silveira). Dois singles do álbum foram disponibilizados recentemente: “O Fole Roncou” (Luiz Gonzaga/Nelson Valença), com a participação especial da cantora e compositora Cátia de França. 


O álbum
A ideia do projeto surgiu em 2017, durante as gravações do programa musical "Clubversão", onde artistas de diferentes gerações criam novas versões de clássicos da música popular. Na ocasião, Jorge Du Peixe gravou com o sambista Wilson das Neves (1936-2017) a música “Manhã de Carnaval” (Luiz Bonfá/Antônio Maria), em um encontro histórico. Fábio Pinczowski, produtor do programa, logo se interessou em produzir um disco de Du Peixe e nasceu ali uma nova parceria, consolidada em “Baião Granfino”, gravado no início de 2021, no estúdio Doze Dólares, em São Paulo.

A escolha do repertório, temas e horizontes sonoros foram tomando forma ainda em 2020, logo no início da pandemia, durante as conversas de Jorge com Pinczowski. “A ideia era ir para lugares diferentes. A célula harmônica do baião estaria presente, mas passeando por outras paisagens”, diz Du Peixe.

Fábio Pinczowski também destacou como foi o processo e a importância da obra de Gonzagão: “Eu sempre fui muito fã das canções de Gonzaga, então foi tudo muito fluido. Começamos a desenhar o repertório a duas mãos e depois escolhendo as que funcionariam bem para o álbum. Eu ia sugerindo algumas canções, principalmente as que eu adoraria ouvir na voz de Jorge. A obra de Luiz Gonzaga é eterna, o repertório é muito extenso e as canções são como a trilha sonora da vida de muitas pessoas”, conta o produtor.   

Participam do disco os músicos Carlos Malta, Swami Jr., Siba Veloso, Pupillo, Mestrinho, Lello Bezerro, Bruno Buarque, Serginho Plim, Yaniel Matos, Gustavo Ruiz, Victor Rice, Bubu, Maria Beraldo, Lívia Nestrowski, Fábio Sá, Fábio Pinczowski, Sthe Araújo, Naloana Lima e Victória dos Santos, além da participação especial de Cátia de França.

Sobre Jorge Du Peixe
Jorge Du Peixe começou a sua carreira na música em 1993. O cantor e compositor pernambucano é vocalista da Nação Zumbi, uma das bandas mais importantes e revolucionárias da música brasileira. Nascida no início da década de 1990, a banda originalmente se chamava Chico Science e Nação Zumbi e era liderada por Chico Science, cantor, compositor e um dos principais representantes do movimento manguebeat. Depois da morte precoce de Chico, Du Peixe, que já era membro da banda, assumiu os vocais.

Com a Nação Zumbi lançou 13 discos, fez parcerias com diversos artistas e shows em vários países. Algumas de suas músicas entraram em trilhas sonoras de filmes e novelas. O artista também integra outros projetos musicais, como a banda Los Sebosos Postizos, com quem lançou o disco “Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor” (Deck), produzido por Mário Caldato Jr., e o grupo Afrobombas, que tem como vocalista, além de Du Peixe, Lula Lira, filha de Chico Science.

Jorge também compõe trilhas para filmes nacionais. Em “Amarelo Manga” (2003), do diretor Cláudio Assis, assinou a trilha com Lúcio Maia. Em 2011, ganhou o prêmio no Festival de Paulínia de melhor trilha sonora pelo filme “Febre do Rato”, de Cláudio Assis. Em 2017, fez a direção musical do espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia de Dança Deborah Colker, ao lado de Berna Cepas.

Em 2019, fez a trilha do filme “Piedade”, também de Cláudio Assis, que foi premiada no 13º Los Angeles Brazil Film Festival. Lançou em 2020 o livro juvenil “A Nave Vai”, pela editora Barbatana. Em formato de compacto, a publicação conta com o texto e a narração de Jorge Du Peixe e as ilustrações do artista Rodrigo Visca. Recentemente, fez parcerias com os artistas Marcelo D2, na música “Pela Sombra”, e Edi Rock, na música e clipe “Vai”.


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