Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.
Ryan Reynolds sabe rir de si mesmo e esta característica reflete em "Free Guy: Assumindo o Controle", o filme mais bonitinho que você vai ver nos últimos tempos e uma espécie de "O Show de Truman" moderninho - a diferença entre um filme e outro é como os protagonistas lidam com as próprias descobertas.
Enquanto o Guy de Reynolds sabe rir de si mesmo e não envereda em momento nenhum para o drama, o Truman de Jim Carrey no longa-metragem lançado no inicinho da era dos realities parece querer estar de malas prontas parta uma novela mexicana. O filme toca em valores que ultrapassam a história de um cara que mora dentro de um jogo de videogame que vai ser cancelado - o jogo, não ele - e quer mais da vida. Ou melhor, quer "amar ou ser amado". Quer estrutura mais folhetinesca que esta? Pois lá vem...
Paralelamente aos anseios do "mocinho que quer se apaixonar", há outra história dentro da que é contada no game - desta vez, na vida real do próprio filme. A criadora do jogo é enganada e defenestrada da empresa. Interpretada por Jodie Comer, ela precisa se infiltrar no jogo para recuperar todo o trabalho de criação e, até mesmo, a honra. É a trajetória de heroína perfeita em um arco dramático plausível que faz com o espectador torça pela personagem e pelos romances dela - no game, com o Guy, e fora dele, com outro programador, interpretado por Joe Kerry, ator-sensação de "Stranger Things". Há também o amigo gay, Lil Rel Howery, e uma versão bizarra do próprio Guy que rende os momentos mais engraçados.
A impressão é que o próprio Ryan Reynolds realmente se diverte, principalmente nos momentos em que sacaneia a si próprio e comete o autobullying e isso fica bem nítido quando incorpora elementos de heróis da Marvel. Só não entendi porque nem "Lanterna Verde" (o fracasso retumbante da carreira do ator - dizem que o filme nem é tão ruim assim...), nem "Deadpool" (personagem que o sacramentou ao posto de astro em Hollywood) foram citados, já que aparecem Hulk e Capitão América - e o próprio intérprete, Chris Evans, como ele mesmo.
Bem colorido, alegre, leve e envolvente (até para quem não gosta de longas-metragens puramente fantasiosos, como este), "Free Guy: Assumindo o Controle" vai perdurar por um bom tempo e tem tudo para se tornar um clássico dos filmes da era moderna. O lance é ir ao cinema sem expectativas e sair considerando "Fre Guy" um filme acima da média. Além disso, tem "Fantasy", da Mariah Carrey, na trilha sonora... o que é sempre bom.
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