O experimento cênico "Transe", que une as linguagens do teatro e do cinema, encerra temporada neste domingo, 18 de julho, no Youtube. Com texto de Pedro Henrique Lopes e direção de Diego Morais, a obra reflete sobre a construção de nossas personalidades e sobre os valores que guiam nossos comportamentos e desejos. Em cena, estão os atores Pedro Henrique Lopes e Oscar Fabião, que vivem duas facetas de um garoto de programa. “Transe”é um experimento cênico sobre os valores e freios morais que guiam nossos comportamentos e desejos. O drama encerra temporada, no Youtube, neste domingo, dia 18 de julho. "Transe" - Pedro Henrique Lopes (esq) e Oscar Fabião. Foto: Diego Morais.
Com roteiro de Pedro Henrique Lopes e direção de Diego Morais, a obra acompanha o embate entre duas personalidades de um garoto de programa, vivido, ao mesmo tempo, por Pedro e Oscar Fabião. O experimento cênico une as linguagens do teatro e do cinema para refletir sobre a construção de nossa imagem e tabus que envolvem a sexualidade e a saúde mental
Quem é você? Você sabe? Ninguém consegue viver em sociedade sem representar. A criação de personas se faz necessária para que o indivíduo se adapte ao mundo e consiga manter relacionamentos saudáveis. O problema é quando sua essência começa a se perder no caminho e você já não sabe mais quem é o seu “verdadeiro eu”.
Com roteiro de Pedro Henrique Lopes e direção de Diego Morais, o experimento cênico “Transe”, que encerra temporada neste domingo (18/07), no Youtube, põe em cena esses conflitos de personalidade a partir da história de um garoto que cria um personagem de si mesmo ao entrar na prostituição. O roteiro é baseado em relatos reais de garotos de programa e suas experiências na criação de múltiplos personagens para exercer a profissão. É possível sair ileso quando você deixa de ser você?
Disponível para ser assistido no horário em que o espectador preferir, “Transe” tem ingressos gratuitos com retirada pelo Sympla (https://www.sympla.com.br/transe__1226473). O projeto tem patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
“Transe” é um drama que acompanha o embate entre João (Pedro Henrique Lopes), um jovem inseguro com sua aparência e receoso de seus desejos libertinos, e Nicolas (Oscar Fabião), um “michê” extravagante e cheio de luxúria. Junto com o dinheiro rápido da prostituição começam a vir os remédios psiquiátricos para reverter os danos da vida de excessos de Nicolas. As crises, as vozes, as alucinações e o fato de não se reconhecer afetam o modo de pensar, sentir e agir de João. Numa espécie de transe, eles mergulham um no outro para tentar encontrar sua verdadeira essência. A partir da história, a obra discute tabus que envolvem a sexualidade humana e a saúde mental.
“Quis criar uma trama de embate entre duas personalidades, sem cair no óbvio do conflito maniqueísta entre o anjinho e o diabinho. Colocamos em oposição momentos diferentes da carreira do protagonista, como o começo cheio de pudores, quando ele tinha medo de dar vazão aos desejos, até uma fase mais libertina e liberta. E questionamos o quanto as nossas inseguranças nos impedem de viver como queremos”, analisa o autor e ator Pedro Henrique Lopes. “O Nicolas é um jovem sem pudores, instintivo, que se joga e não tem medo de consequências. O maior desafio foi ter que me despir das censuras e dos pudores porque o personagem não tem essa trava. Ele não deixa de fazer algo por receio do que os outros vão pensar, o que acaba acontecendo a todos nós em algum momento”, acrescenta o ator Oscar Fabião.
O curta-metragem foi filmado em uma única locação: um apartamento em Santa Teresa. Com os desafios impostos pela pandemia e a consequente pesquisa sobre novas linguagens artísticas, “Transe” se propõe a investigar as possibilidades da união entre o teatro e a tela, na utilização de diferentes enquadramentos, projeções e o jogo cênico entre dois atores.
“O Transe foi um projeto idealizado para o teatro. Quando a gente se deparou com a necessidade de explorar a linguagem do audiovisual, buscamos as interseções possíveis entre as duas artes. A ideia era contar a história através da câmera mas sem perder a atmosfera de teatralidade e, para isso, a gente usou alguns recursos do palco, como jogos de luz, imagens projetadas sobre o corpo dos atores e movimentos específicos. A câmera acompanha todos como se fosse uma terceira personalidade, alguém de fora invadindo o apartamento do Nicolas. É um filme, mas não se aproxima do cinema no aspecto realista”, descreve o diretor Diego Morais.
Sobre Diego Morais
Nascido no Recife e radicado no Rio de Janeiro, o diretor Diego Morais tem uma carreira premiada no teatro e na televisão. No teatro, dirigiu “Vamp, O Musical” (2017 – indicado como Melhor Diretor de Teatro Musical no Botequim Cultural 2017), “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças” (2013), “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças” (2016, indicado como Melhor Diretor no Prêmio CBTIJ 2016 e no Botequim Cultural 2016), “Bituca – Milton Nascimento para Crianças” (2017 – premiado como Melhor Diretor no Botequim Cultural 2017), “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças (2018 – premiado como Melhor Diretor no Botequim Cultural 2018), “Raulzito Beleza – Raul Seixas para Crianças” (2009), “Mojo Mickybo” (2009) e “O Meu Sangue Ferve Por Você” (2009 e 2020). É diretor de dramaturgia na TV Globo, onde dirigiu as novelas “Verão 90” (2019) e “Eta Mundo Bom!” (2016), e o programa de variedades “Simples Assim” (2020). Também integrou a equipe do filme “Os Normais 2”, dos seriados “Toma lá, Dá cá”, “A Vida Alheia” e “SOS Emergência” e das novelas “Malhação”, “Aquele Beijo”, “Guerra dos Sexos” e “Alto Astral”.
Sobre Pedro Henrique Lopes
Mestre em Comportamento do Consumidor pela FGV, Especialista em Narrativas Audiovisuais pela PUC Rio e bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO e em Turismo com ênfase em Gestão do Entretenimento pela UFF, Pedro tem se dedicado à carreira artística desde os 14 anos. Autor, ator e diretor de produção do musical “O Meu Sangue Ferve Por Você” (2009 a 2020) e do projeto “Grandes Músicos para Pequenos” que conta com sete espetáculos premiados e foi assistido por mais de 200 mil pessoas. É autor dos espetáculos infantis “Detetives do Prédio Azul – O Mistério do Teatro” (2019), da sequência de livros “Gêmeos?!” (2020), e assina a adaptação da versão brasileira do espetáculo irlandês “Mojo Mickybo” (2019).
Integrou o elenco dos musicais brasileiros “Chacrinha – O Musical” (2014) como Aberlado Barbosa (jovem) e Benito de Paula, “Vamp – O Musical” (2017) como Gerald Lamas, “Esta é a Nossa Canção” (2009), “Baby” (2011) e, ainda, da versão americana de “Guys and Dolls” (2006). Foi performer da Disney no Brasil (2008) e nos EUA (2005 e 2006). Protagonizou os espetáculos infantis “Luiz e Nazinha – Luiz Gonzaga para Crianças” (2013), “O Menino das Marchinhas – Braguinha para Crianças” (2016) e “Tropicalinha – Caetano e Gil para Crianças” (2018). Na TV Globo, viveu Wanderlei em “Aquele Beijo” (2011), Padre Francisco em “Eta Mundo Bom!” (2016) e Ari em “Verão 90” (2019).
Sobre Oscar Fabião
Formado pela Faculdade da Casa das Artes de Laranjeiras, Oscar Fabião protagonizou o espetáculo teatral “Pop Kamikaze”, de Marcos Nauer, integrou o elenco de “O Teatro da Grande Marionete”, com a Artesanal Cia de Teatro, foi Louis em “Angels in America” sob direção de Hermes Frederico e Luca em “Sangue”, de Lars Norén, direção de Marcus Alvisi. Faz parte do projeto “Homens na Dança”, do Centro de Artes Nós da Dança e teve aulas de canto com Carol Futuro, Ester Elias, Ronnie Kneblewski, Alessandra Hartkopf e Kiko do Vale. No Teatro Musical, fez parte do elenco de “Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz - O Musical” e “Godspell”, com direção de João Fonseca, “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, direção Miguel Falabella, “Vamp - O Musical”, com direção de Jorge Fernando e Diego Morais, “MPB- Musical Popular Brasileiro”, com direção de Jarbas Homem de Mello e “Merlin e Arthur - Um Sonho de Liberdade”, com direção de Guilherme Leme Garcia. Na televisão, participou de “Malhação”, “Clandestinos - O Sonho Começou”, “Caminho das Índias” e “Verão 90”. Atuou em dois curtas metragens, tendo sido indicado a melhor ator no Boston International Film Festival. É integrante do “Coletivo Impermanente” e esteve em cartaz em 2020 com o espetáculo virtual “(in) Confessáveis” sob direção de Marcelo Várzea.
Ficha técnica:
"Transe"
Roteiro: Pedro Henrique Lopes
Direção: Diego Morais
Elenco: Oscar Fabião e Pedro Henrique Lopes
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Produção executiva: Oscar Fabião
Direção de produção: Entre Entretenimento (Pedro Henrique Lopes e Diego Morais)
Serviço:
"Transe"
Temporada: de 17 de junho a 18 de julho
Dias e horários: disponível 24h por dia
Ingressos: gratuitos, com retirada pelo Sympla
(https://www.sympla.com.br/transe__1226473)
Tempo de duração: 30 minutos
Classificação etária: 18 anos
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