sexta-feira, 4 de junho de 2021

.: Peter Frampton: sem palavras e muitos acordes


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O músico britânico Peter Frampton aproveitou o período de parada forçada das turnês em função da pandemia do Covid 19 para conseguir concretizar um projeto que já vinha desenvolvendo há alguns anos: gravar um disco instrumental com canções de várias épocas que ele sempre admirou. Isso resultou no álbum ”Peter Frampton Forget The Words”, um trabalho que confirmou a sua competência nos solos de guitarra.

O repertório escolhido foi o mais eclético possível. Tem desde Lenny Kravitz ("Are You Gonna Go My Way"), passando por George Harrison ("Isn't It A Pity") até uma canção menos conhecida de seu colega de adolescência, David Bowie ("Loving The Alien") e até mesmo Roxy Music ("Avalon") e Radiohead ("Reckoner").

Esse ecletismo do repertório faz com que o ouvinte possa conferir a boa técnica de Frampton como solista. Para se chegar nesse nível é preciso mesmo ter aquilo que os músicos chamam de “feeling”. Algo que ele tem de sobra e que já havia mostrado no igualmente ótimo álbum anterior, dedicado ao blues.

Se nos anos 70 ele era visto como um jovem promissor no hard rock de arena, hoje em dia se mostra um músico mais maduro e sensível, capaz de emocionar o ouvinte  a cada acorde feito na guitarra. Vale a pena conferir!

"Isn´t it a Pity"

"Avalon"

"Reckoner"

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