Apresentado por Marcelo Tas, programa vai ao ar nesta terça-feira, dia 22, a partir das 22h. Foto: Gelse Montesso
Nesta terça-feira, dia 22, no #Provoca, Marcelo Tas conversa com a deputada estadual Isa Penna (PSOL), a partir das 22h, na TV Cultura. Durante a entrevista, ela fala, entre outros assuntos, sobre violência sexual, o assédio que sofreu na Assembleia Legislativa de São Paulo, a disputa pelo poder na política e a possibilidade de Guilherme Boulos sair candidato ao Governo do Estado de São Paulo.
Isa comenta na edição sobre o livro Vagina, de Naomi Wolf, que trata sobre as consequências psicológica, química e física das violências sexuais. "O estupro fica no cérebro, o homem que assedia, que violenta mulheres de forma sexual, fica no cérebro. Tem uma frase da Naomi que fala que todas as mulheres que ela conversou e que sofreram recentes violências sexuais têm em comum a falta do brilho no olhar e eu, por meses, me senti assim", conta.
Sobre o episódio de assédio na Alesp, envolvendo o deputado Fernando Cury, Isa reforça no programa, e sempre que pode, que tem um anjo da guarda. "É um sem-teto, que é meu companheiro de militância, do movimento sem teto. Ele chegou em casa e falou: 'Isa pega lá o vídeo da Alesp porque eu estava assistindo e vi que dá para ver direitinho o que aconteceu'. Faço questão que as pessoas saibam que foi um trabalhador negro do movimento de moradia que chegou na minha casa, na hora H, que eu estava assim cara, como é que eu vou enfrentar essa situação sem provas?", explica.
A deputada fala também no #Provoca do momento que estamos vivendo no Brasil. E quando Tas indaga se ela é a favor de uma candidatura própria do PSOL ao governo de São Paulo, que o Lula parece não querer, ela diz: "A gente tem o nosso candidato, Guilherme Boulos, primeiro lugar nas pesquisas. Eu não posso falar pelo Guilherme, mas eu posso dizer, com certeza, que se ele topar, eu tive com ele esses dias e falei isso, a gente vai elegê-lo governador", conta.
Por fim, Isa desromantiza a luta política. "A política é a disputa de poder. E essa disputa se dá em diversas dimensões: de poder na sociedade, no Estado, no jornal, em diversos patamares. Por exemplo, vamos imaginar no PSOL, estou citando o meu partido para o pessoal não me xingar depois. A direção do PSOL é majoritariamente composta por homens brancos. Ninguém parou para pensar se é uma coincidência? Só que é assim, para uma mulher entrar, outra pessoa tem que sair e ninguém quer sair", afirma.
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