segunda-feira, 10 de maio de 2021

.: Entrevista: Juliana Paiva, especialista em mocinhas carismáticas


Atriz fala sobre a pausa traumática em uma novela tão leve como "Salve-se quem Puder" e como foi a retomada das gravações. Foto: Globo/Camilla Maia

Especialista em mocinhas carismáticas, Juliana Paiva brilha como a Luna de "Salve-se Quem Puder". O trocadilho infame obviamente não faz justiça ao talento dessa atriz que vem conquistando caa vez mais admiradores a cada trabalho. Na trama, a mocinha da novela vive uma relação cheia de mistérios e conflitos com a mãe, interpretada por Flávia Alessandra. Novela das 19h que vem sendo reprisada na íntegra antes dos capítulos inéditos, "Salve-se Quem Puder" é criada e escrita por Daniel Ortiz com direção artística de Fred Mayrink e direção geral de Marcelo Travesso. 


Como foi a experiência de voltar às gravações da novela nos Estúdios Globo após cinco meses de interrupção?
Juliana Paiva -
A experiência da volta foi muito bacana, porque a gente estava com muita saudade de trabalhar. A novela parou em um momento crucial onde a história estava se desenrolando, então, quando a gente teve essa pausa, foi meio traumático porque a gente queria muito continuar contando essa história. Voltamos seguindo todos os protocolos de segurança e nos adaptamos fazendo nossa própria caracterização e cuidando do figurino. Costumo dizer que foi como se a gente tivesse juntando o teatro com TV.  É uma coxia de teatro, com cenário e a magia da televisão.  Voltamos para a história que a gente precisava contar e finalizar. E deu tudo certo.

E o reencontro com elenco e equipe nos bastidores das gravações?
Juliana Paiva - 
A parte da falta de abraço e de beijo por conta do distanciamento social foi especialmente difícil para mim porque eu sou uma pessoa muito afetiva e adoro abraços (risos). Tudo foi em função desta adaptação, do "novo normal". Ainda assim, conseguimos relaxar para mergulhar no ambiente dos personagens. Fora isso, a gente também contou com o aparato da tecnologia para fazer algumas cenas. 

Como foi retomar o personagem depois de tanto tempo? Encontrou algum tipo de dificuldade? 
Juliana Paiva - Dificuldade, não. O olhar do outro ajuda muito na cena. A gente encontra esse lugar de pertencimento. Mas é estranho quando nos afastamos do nosso "amigo diário" que é o personagem. Quando a gente faz uma novela, ficamos 24h pensando e exercitando. Então, eu fiquei com saudade mesmo da Luna. Na época, até brinquei com o Fred (Mayrink, diretor): "Será que eu lembro como faz isso?". Mas a gente lembra. É igual a andar de bicicleta! 

O que o público pode esperar da fase final de "Salve-se Quem Puder" com a exibição dos capítulos inéditos a partir de maio?
Juliana Paiva - Terá muita cena de ação, as questões emocionais da Luna e os desfechos desta história que desenvolvemos. Estou numa expectativa grande para ver no ar. Luna e Helena terão o tão esperado encontro verdadeiro. É a cena em que estou mais ansiosa para assistir porque a gravação foi muito emocionante. Desta vez, foi um processo diferente de qualquer outro trabalho anterior. Novela é uma obra aberta, um processo vivo. A gente vai gravando e sentindo a resposta do público. Agora vou assistir junto com todos como espectadora. 


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