sábado, 22 de maio de 2021

.: "Baby", solo de Erika Puga conta história de amor além dos clichês


Em curta temporada, solo de Erika Puga dirigido por Marcos Pedroso conta uma história de amor além dos clichês. Hospedado com exclusividade no canal do YouTube da Hysteria. Foto: Jeyne Stakflett

Estrelado por Erika Puga, “Baby”, que faz curta temporada online no YouTube da Hysteria a partir de 20 de maio, quinta-feira, seguindo temporada de quinta a domingo, por duas semanas, é o desabafo de uma mulher assumidamente apaixonada, tentando explicar e entender, ao mesmo tempo, sua natureza sentimental. Com humor, escapa da autocomiseração ao expor as mazelas de sua busca por uma realização amorosa.

“Baby” começou a ser desenhado por Erika numa oficina de auto ficção, dirigida por Nelson Baskerville, com 16 atrizes criadoras. Sentindo que a proposta teria fôlego para além dos 15 minutos propostos, foi iniciado um novo processo de desenvolvimento dramatúrgico visando uma experiência completa, desta vez, com parte da equipe de criação formada também por profissionais do cinema e do audiovisual em busca dessa nova linguagem híbrida que é o teatro-cinema.

“Baby nasceu a partir do texto da Erika Puga, que como protagonista e autora, chamou para adentrar nesse seu universo feminino, rico, complexo, humano, com dose de humor e contradição. Fomos buscar, a partir de trabalhos de artistas plásticas mulheres, diretoras de cinema, coreógrafas, encenadoras, um alicerce para que Baby se materializasse. Com um pé em distintas expressões e particularmente na mistura de teatro, performance e cinema fomos em busca de aprofundar essa a questão do amor romântico feminino e seus matizes profundos no coração da personagem/atriz”, diz o diretor Marcos Pedroso.

A dramaturgia em tom confessional e linguagem direta é pontuada pela ironia. Optou-se pela quebra da quarta parede para a personagem se comunicar com o espectador, olhando diretamente para a câmera ao comentar sua situação. Através do monólogo interno e externo da protagonista é desvendada simultaneamente a trama e a personagem.

Ao refletir sobre relacionamentos afetivos contemporâneos, e repensar os estereótipos e condicionamentos estruturais, a dramaturgia busca estabelecer uma conexão íntima e divertida com o público (a exemplo de séries autoficcionais de grande sucesso como “Fleabag” e “I May Destroy You”).

“Ao rir do próprio exagero, com inteligência, a personagem escapa do papel de vítima. Não há um tom moralista, tampouco entra no território da autoajuda, idealizando o relacionamento sob a aura dourada do empoderamento feminino. O apelo da peça é justamente o de evitar o tom normativo, que diz o que o relacionamento deve ser e o que não deve ser. Centrando no que ele é de fato”, explica a atriz Erika Puga.

Ao utilizar a casa da atriz como cenário, o uso do espaço comum, interno, é explorado de maneira cênica. Lugar de passagem, transforma o espaço íntimo em espaço de trânsito comum. “O funcionamento do dispositivo cênico, o corredor e as relações de poder entre os gêneros, uma porta que não se abre, mostrada a partir do próprio interior da personagem/atriz. A busca de mostrar o íntimo feminino e suas contradições, exibindo as gamas dos estados internos e fazendo sentir a solidão, a fragilidade, a resistência, a revolta e as contradições não apenas da personagem, mas também da atriz. O corredor se torna o lugar de uma dissecação do humano e de um mergulho empático na experiência subjetiva”, complementa Marcos Pedroso que também é responsável pela direção de arte.

“Por estarmos em uma pandemia, algumas peculiaridades surgiram neste fazer artístico. Optamos por trabalhar com uma equipe enxuta e mesmo com 13 profissionais envolvidos no projeto, centramos nos artistas que já conviviam diariamente para minimizar os riscos. A peça foi feita na casa em que moram o diretor Marcos Pedroso, a atriz Erika Puga e o contrarregra, Davi Puga e apenas eu e o Dimitre Lucho, responsável pelas câmeras, luz e microfones que, seguindo os protocolos de segurança, estivemos presentes nas filmagens nos desdobrando em diversas funções”, revela a produtora Odara Carvalho.

A peça será gentilmente hospedada pela Hysteria, que é uma produtora de conteúdo e entretenimento que nasceu como canal digital dentro da Conspiração, a produtora brasileira com mais indicações ao Emmy Internacional. Concebida com o objetivo de ampliar a inserção feminina no mercado e abrir espaço para narrativas que tenham as mulheres sempre no centro das histórias, o selo combina a expertise para realizar produções audiovisuais com o acesso a uma rede exclusiva e diversa de mais de mil colaboradoras por todo o país. Além de criar e distribuir conteúdo original multimídia inspirador e com propósito, cocria projetos com marcas como Google, Tik Tok e Natura, e desenvolve e produz filmes e séries para grandes players em atuação no país, como HBO Max, YouTube Originals, GNT e Curta!.

“Baby” se arrisca a dizer em voz alta o quanto pode ser aterrorizante amar, sem receitas de superação ou clichês cômicos. Renunciar ao amor é renunciar a uma ilusão de amor. Há coisas infinitas a se dizer sobre ele.


Serviço:
Espetáculo:
"Baby"
Solo de Erika Puga
Direção e arte: Marcos Pedroso
Cinematografia: Dimitre Lucho
Música: Gui Calzavara
Contrarregra: Davi Puga
Preparação de corpo: Bruna Paoli
Preparadora da atriz: Jerusa Franco
Design gráfico: Vanessa Deborah
Fotos de divulgação: Jeyne Stakflett
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Produção executiva e direção de produção: Odara Carvalho
Curta temporada, de 20 a 23 de maio e 27 a 30 de maio -  8 sessões, às 20h
Exibição exclusiva: pelo Canal do YouTube da Hysteria
Horário: 20h     
Duração: 35minutos
Grátis
Indicação de faixa etária:
16 anos
Projeto contemplado pela Lei PROAC Aldir Blanc SP 36/2020.

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