Dupla se orgulha dos números, parcerias, prêmios e laços construídos ao longo desta história dos filhos de Francisco. Foto: Divulgação
E lá se vão 30 anos desde que “É o Amor” chegou à rádio Terra de Goiânia (GO), em uma singela fita K-7 levada por Seu Francisco Camargo, pai de Zezé Di Camargo e Luciano. Três décadas depois, a canção composta por Zezé acumula mais de 70 regravações, incluindo intérpretes que a lançaram em hebraico e russo, somando mais de 1 bilhão de execuções no mundo, segundo dados do ECAD.
Em 19 de abril, a dupla comemora a data que remonta aos dias que o pai passou a entupir seus colegas da obra onde trabalhava, na construção civil, com fichas telefônicas e pedidos, diretamente do orelhão, pela execução da música no rádio. Foi exatamente como o diretor Breno Silveira mostrou no filme “Dois filhos de Francisco”, que levou mais de 7 milhões de pessoas aos cinemas e garantiu altos índices de audiência em inúmeras exibições pela TV.
São bilheterias como esta que a dupla se orgulha de ostentar em sua trajetória, onde não falta livro (“Simplesmente Helena”, com 400 mil exemplares vendidos), musical (“Dois Filhos de Francisco”, visto por mais de 100 mil pessoas nos teatros do Rio e São Paulo) e filme que representou o Brasil em uma indicação ao Oscar, sem falar em tema de Carnaval, com homenagem da escola de samba Imperatriz Leopoldinense (pelo enredo “É o Amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim”) e tributo pelos históricos Bonecos de Olinda.
A discografia da dupla fala por meio de números e emoções, com mais de 40 milhões de cópias vendidas para 27 CDs e 1 EP, além de 6 DVDs. Na galeria de prêmios, os irmãos sustentam cinco estatuetas do Grammy Latino, entre seis indicações. Por vendagem de discos, acumulam 20 Discos de Platina, 15 Discos de Platina Duplo, 27 Discos de Ouro, 27 Discos de Prata e 27 Discos de Diamante.
Por três anos consecutivos (2016 a 2019), estiveram no topo da lista de artistas que mais fizeram campanhas publicitárias no Brasil, endossando assim uma forte identidade com o público.
Foram 20 músicas em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo e até algumas participações em cena, como em “Pecado Capital” (1999), “Chocolate com Pimenta” (2003), “América” (2005) e “Cheias de Charme” (2012).
Zezé Di Camargo e Luciano têm ainda o recorde de 500 mil pessoas em um único show, em Salvador. Em outra apresentação, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, reuniram 250 mil pessoas.
Eleito pela revista Veja como um dos maiores artistas do século 20, Zezé está entre os dez compositores que mais arrecadam por direitos musicais no Brasil.
Nessa estrada, tampouco faltam nomes que honram o histórico da dupla com grandes parcerias, como Willie Nelson e Julio Iglesias, entre nomes internacionais, e representantes de todos os acordes da música brasileira, de Chico Buarque a Roberto Carlos, de Caetano Veloso a Fagner, de Domiguinhos a Sérgio Reis, de Maria Bethânia a Ivete Sangalo, de Luan Santana a Nando Reis, de Chitãozinho e Xororó a Daniela Mercury, de Paula Fernandes a Exaltasamba, de Gusttavo Lima a José Augusto, de Bruno e Marrone a Raça Negra, de Marília Mendonça a Leandro e Leonardo, de Marília Mendonça a Thiaguinho..
ZEZÉ Di CAMARGO E LUCIANO em série e no mar
Projeto que vinha sendo criado para marcar os 30 anos da dupla, a série que revisita a trajetória de Zezé e Luciano teve de ser interrompida pela pandemia, mas já tem várias cenas registradas em novos duetos, como a regravação, com Thiaguinho, do hit “Dois Corações e Uma História”, de 1998, e a mais nova versão de “É o Amor”, agora com Luan Santana, fã incondicional dos irmãos goianos. Com Marília Mendonça, os dois regravam “Você Não é Mais Assim”, de 2000.
Dirigido por Felipe Duram e com produção da Live Talentos, a produção tem lançamento previsto para novembro e promete honrar a trajetória da dupla. No mês em questão, também está previsto um cruzeiro que navegará nas águas do Atlântico, ecoando sucessos da dupla mais romântica do Brasil com participação de Edson e Hudson.
Para coroar essa narrativa, enumeramos abaixo a lista dos nomes que já regravaram “É o Amor”, incluindo versões mexicanas, argentinas, hebraica e instrumentais, com destaque para o aclamado Ray Conniff.
1 - Zezé Di Camargo e Luciano
2 - Alex Cohen
3 - Banda Bem Brasil
4 - Banda Tradição
5 - Bonde do Brasil
6 – Dudu & Darli
7 - Bruno e Marrone
8 - Diego e Ricardo
9 – Donizetti
10 - Flor em Pele
11 - Fábio Junior
12 - Henrique e Diego
13 - João Neto e Frederico
14 - Leandro e Leonardo
15 - Léo Magalhães
16 - Luciano Costa
17 - Maria Bethânia
18 – Marinês
19 - Mastruz com Leite
20 - Mexe Ville
21 – Minuano
22 - Nação Forrozeira
23 - Oxente Forro Mania
24 - Quinta Essência
25 - Rosário Negro
26 - Sambalanço
27 - Supermix Samba
28 - Thales e Thiago
29 - Villa mix Festival 2015
30 - Vanessa Camargo
31 - Gusttavo Lima
32 - Ray Conniff
33 - Lucas Lucco
34 - Vanessa Jackson
35 - Raça Negra
36 – Lilach Davidoff ( hebraico )
37 - OS VIPS
38 – Wilson & Soraia
39 – Diego & Sebastian – (Argentina)
40 – Ramiro Delgado & Ruan Moreno (México)
41 – La Mafia (Argentina)
42 - Ralf – (Solo Italiano)
43 – Vanutti
44 – Roni Motta
45 – Maestro Zezinho (Instrumental)
46 – André Mazini
47 – Marcelo Barra
48 – As Meninas Cantoras de Petrópolis
49 – Evaldo Tocantins (sax)
50 – Luiz Fernando
51 – Banda Mel
52 – Coral Municipal Uirapuru
53 – Tony Maia
53 – Lindomar Castilho
54 – Grupo Papo 10
55 – James & Danilo
56 – Jaime Villalba
57 – Banda do Maestro José Paulo Soares
58 – Pespuma, Henrique e Claudinho – Tonny Tavio e Zé Rhael
59 – Adelmo Cazé
60 – João Henrique & Fernando
61 – Anna Gue
62 – Wando
63 – Banda Plinta
64 – Alma Serrana
65 – Maestro Janio Santone
66 – Leonardo & Luciano
67 – Busão do Forró
68 – Eduardo Lages
69 – Caio Mesquita
70 – Hebe Camargo
71 – Caio Henrique / Enzo & Eder/ Vitoria Lopes (The Voice Kids)
72 - Yahir (México)
73 – Hugo Pena & Gabriel
Que venham mais 30 anos e outras tantas histórias dispostas a celebrar cada verso, cada acorde, cada aplauso, com o mesmo amor e inspiração que Zezé Di Camargo e Luciano têm alimentado e reverberado ao longo das últimas três décadas. O prazer em estar no palco é todo deles.
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