quarta-feira, 31 de março de 2021

.: "A Última Cena [Epitáfios]" faz mergulho profundo no medo de morrer


Com roteiro e direção de Flávia Melman e os cavaleiros Antônio Januzelli (Janô), Sebastião Braga (Tião), Fernando Bolognesi (Nando) e Osmair Cândido (Fininho) no elenco, a peça online estreia dia 1º de abril pelo Zoom e faz temporada de quinta a domingo, às 20h30 até dia 11 do mesmo mês.

Considerada como tema tabu, a morte nos coloca diante de uma realidade inexorável: o fim. E, no conflito com a vida, seguimos lutando para evitá-lo: o fim da vida, o fim das diferenças, o fim de ciclos, o fim de barreiras. Assim, falar da morte pode nos levar a compreender e redimensionar a ideia de finitude.

"A Última Cena [Epitáfios]" reúne no palco virtual pessoas (atores e não atores) com realidades e experiências diversas e que expõe ali os abismos sociais e afetivos que os separariam.  Antônio Januzelli (Janô), um senhor de 80 anos, professor de teatro; Osmair Cândido (Fininho), coveiro e filósofo; Fernando Bolognesi (Nando), palhaço e ator e Sebastião Braga (Tião) um cineasta. Nesse encontro, íntimo e improvável, por meio de uma roda de conversa, tratam de suas experiências diante de um tema tabu: o medo de morrer. 

Flávia Melman, diretora, roteirista e idealizadora do projeto conta que o que se pretende nesse encontro não é tratar o medo da morte para dissipá-lo. “Pelo contrário, a ideia é tratar desse medo para revelá-lo, ou seja, para trazer à superfície o que está profundamente assolado pelo (simples) medo de morrer. Apostamos na ideia de que a consciência sobre o medo da morte pode mudar nossa relação com a vida, de modo que o presente poderia ser vivido com menos ansiedade por um futuro incerto ou de arrependimentos pelo passado”, diz a diretora, que completa.

“O fato de estar vivo é já em si, o belo, para inverter o pensamento em relação à vida: não acumular vida, ou seja, riqueza ou produto, mas vivê-la; e que essa atitude possa trazer transformações possíveis de efeito imediato na sociedade. Tratar da morte como algo que caminha ao nosso lado, de mão dadas, como companheira; e mais, tratar do nosso medo de morrer, e com isso procurar uma proximidade conciliadora entre as pessoas e diminuir o abismo que existe entre as relações humanas”

Com a pesquisa avançada e ensaios iniciados em maio de 2020, Flávia, com sua equipe desenvolveu quatro roteiros. Cada cavaleiro tem um episódio específico. Ou seja, são quatro roteiros diferentes, com o mesmo formato, mas cada dia um jogador está em foco. “A presença dos quatro jogadores é protagonista da cena. O que intensifica a materialidade da cena são seus corpos, suas cores, suas vozes, suas histórias, suas intimidades", conta Flávia. 

“O cenário é simples e concreto, pois não pretende revelar outro ambiente que aquele que está presente diante do espectador: a casa de cada um, seu íntimo, seu lugar seguro. Sempre iluminados e com a possibilidade de se movimentar naquele espaço que a câmera consegue acolher. Estão vestidos com as roupas as quais gostariam de ser escolhidas quando no seu enterro, acolhendo assim, suas individualidades.  A trilha sonora terá como base as músicas ou sonoridades trazidas pelos próprios jogadores durante o processo de criação dramatúrgica e cênica. São músicas e/ou sonoridades que compõem o imaginário deles em relação à morte, seus desejos e suas memórias afetivas. Soma-se a essa trilha, ainda, os áudios das crianças com suas reflexões sobre a morte”, conclui a diretora. 


Sinopse
E se falar sobre a nossa condição finita fosse uma prática do cotidiano? Unidos por um tabuleiro virtual, 4 cavaleiros embarcam num jogo com a morte: um senhor de 80 anos, professor de teatro, maestro da vida e mestre de muitos atores e atrizes de São Paulo; um coveiro e filósofo que alterna sua rotina entre empilhar cadáveres e empilhar histórias; um palhaço que enfrenta com risos e facas a esclerose múltipla diagnosticada há 30 anos; um jovem cineasta e psicodramatista que, em meio a pandemia, entrou em contato com a sua própria finitude ao ser diagnóstico com leucemia crônica. Juntos, esses quatro cavaleiros mergulham em seus medos e fantasias sobre o morrer e, com humor e sensibilidade, fazem um questionamento sobre os abismos que os separam e aquilo que os une: a vulnerabilidade.


Ficha técnica
Direção e roteiro:
Flávia Melman
Co-direção: Aline Filócomo, Paula Picarelli e Thiago Amaral
Elenco: Antônio Januzeli (Janô), Sebastão Braga (Tião), Fernando Bolognesi (Nando), Osmair Cândido (fininho)
Direção de produção: Aura Cunha | Elephante Produções
Coordenação/Gestão: Yumi Ogino
Registro e edição de vídeo: Clara Lazarim
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Programação visual: Laerte Késsimos
Marketing digital: Emi Takahashi


Serviço
Espetáculo:
"A Última Cena [Epitáfios]"
DATA: de 1º a 11 de abril, quinta a domingo, às 20h30
Link para transmissão: https://us02web.zoom.us/j/89506584723
ID da reunião: 895 0658 4723
Duração: 40 minutos
Classificação: 14 anos
Grátis. 

Quintas: Cavaleiro Antônio Januzelli (Janô)
"[Epitáfio] Aqui jaz Um Homem Criança que Amava o Teatro e os Atores"

Sextas: Cavaleiro Osmair Cândido (Fininho)
"[Epitáfio]Não Estou Aqui por Vontade Própria"

Sábados: Cavaleiro Fernando Bolognesi (Nando)
"[Epitáfio]Buscou Profundidade Finalmente Encontrou"

Domingos: Cavaleiro Sebastião Braga (Tião)
"[Epitáfio] Passou de Fase"

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