Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.
Um veterano do rock retorna às suas raízes com uma celebração ruidosa de hard rock inspirada no som dos anos 60 e 70. Trata-se do lendário Alice Cooper, que acaba de lançar o CD "Detroit Stories", cuja sonoridade remete ao seu início de carreira.
E quem poderia imaginar que três dos álbuns lançados durante a pandemia Covid-19 seriam de roqueiros septuagenários da velha escola? Após o retorno feroz do Blue Oyster Cult (com o CD "The Symbol Remains"), e do AC / DC (com o album "Power Up"), Alice Cooper apresenta um álbum completo que vale a pena ouvir. É uma homenagem à cena original de rock & roll de Detroit, que deu ao mundo The Stooges, The MC5, Mitch Ryder e The Detroit Wheels, The Rationals, Bob Seger e, claro, o próprio Alice Cooper.
"Detroit Stories" inclui versões cover de canções importantes dos dias de glória da cena do rock de Detroit, misturadas com novas canções que se complementam com a energia pré-punk crua do MC5, dos dos grupos mais influentes que ajudou a nortear o movimento punk.
O álbum também apresenta vários nomes conhecidos como convidados, de Detroit / Michigan, incluindo Wayne Kramer (do MC5) e Mark Farner (do Grand Funk Railroad, de Michigan), além dos músicos que formavam a sua banda de apoio nos anos 70 e do virtuoso do blues-rock Joe Bonamassa.
Destaco as faixas "Rock´n Roll" (um sensacional cover da banda Velvet Underground), "Sister Anne" (do MC5) e "Devil With A Blue Dress" (de Mitch Ryder And The Detroit Wheels). Não foi nenhuma surpresa constatar que o produtor original de Alice Cooper, Bob Ezrin, estivesse de volta ao comando deste seu 21º álbum solo. Ezrin segue um caminho seguro através das variadas correntes musicais de Detroit Stories, resultando em um álbum extenso que, no entanto, se mantém unido como um todo coeso. Para se ouvir em alto e bom som!
"Social Debris"
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