Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.
Um clássico ultramoderno em um conto de fadas assombrado. Assim é "O Mistério de Frankenstein", filme estranhíssimo e, ao mesmo tempo, genial, que está em cartaz na plataforma de streaming Cinema Virtual. O longa-metragem tem roteiro e direção de Costas Zapas, cineasta descoberto por Lars von Trier, considerado como um dos principais diretores da atualidade.
No filme, um grupo de teatro chega a uma cidade para interpretar no teatro "Frankenstein". Uma jovem repórter pensa que o romance não é uma ficção, mas a verdadeira história de um grupo de alquimistas, fundado pelo jovem médico Victor Frankenstein. As investigações da repórter levam a um universo de monstros e, finalmente, uma revelação sobre o segredo de um amor eterno que desafia até a morte.
Em "O Mistério de Frankenstein", o público se vê imerso em um grande videoclipe dos anos 80, em uma história nonsense que mistura literatura, história em quadrinhos, androginia e uma cor muito aproximada do sépia. Esse suspense grego transpõe para os dias de hoje o clássico romance de Mary Shelley, repleta de elementos góticos e de animação. A impressão que se tem é a de entrar em um inferninho moderno, que não tem receio de ser trash. Essa mistura de subversão e ousadia torna o filme um dos lançamentos mais interessantes dos últimos tempos.
Além de visualmente lindo, "O Mistério de Frankenstein" traz características que resultam em um a obra repleta de sensibilidade e anarquia. Misturando elementos da literatura clássica do emblemático romance "Frankenstein" da Mary Shelley, cuja biografia por si só renderia um filme, há no longa-metragem a estética dos anos 80 e a aposta na androginia.
Tudo muito conectado aos tempos de hoje, com um filtro parecido com o sépia, o que torna tudo mais instiganteante. A impressão que passa é que nada é para ser levado a sério em "O Mistério de Frankenstein". Se o espectador não entrar no longa-metragem buscando seriedade, com certeza irá se depararar com um filme capaz de lhe tirar do marasmo da pandemia por duas horas.
"O Mistério de Frankenstein" é para se divertir com a absoluta falta de regras. Os cenários e a fotografia parecem ter sido milimetricamente pensadas para que o filme seja muito bonito no visual. Já os personagens, diretamente saídos do clipe "Take On Me", da banda britânica A-Ha. Mais libertário que isso, impossível.
Cinema Virtual
Para assistir aos filmes, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.
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