quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

.: “Carmen, a Grande Pequena Notável” estreia no CCBB Rio de Janeiro


Estreia do espetáculo “Carmen: A Grande Pequena Notável” que faz temporada de 4 de fevereiro a 28 de março no CCBB RJ (Centro Cultural Banco do Brasil). O musical, que foi sucesso de público e crítica em São Paulo, faz temporada no Rio de Janeiro seguindo todos os protocolos da segurança da OMS (Organização Mundial da Saúde). A peça é inspirada no livro homônimo de Heloisa Seixas e Julia Romeu, com direção de Kleber Montanheiro e traz a atriz Amanda Acosta vivendo Carmen Miranda. Foto: Leekyung Kim.

Sucesso de público e crítica em São Paulo “Carmen: A Grande Pequena Notável” estreia no CCBB Rio de Janeiro. Musical, que conta a trajetória de Carmen Miranda com linguagem do Teatro de Revista, faz temporada no CCBB RJ de 4 de fevereiro à 28 de março. Há pouco mais de 90 anos Carmen Miranda (1909-1955) cantava pela primeira vez na rádio carioca Roquete Pinto. Portuguesa radicada no Brasil, a cantora estava prestes a se tornar um dos maiores símbolos da cultura brasileira para todo o mundo. 

Em comemoração a essa data, “Carmen: A Grande Pequena Notável”, com direção de Kleber Montanheiro, estreia na próxima quinta-feira, dia 4 de fevereiro, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ). O espetáculo fica em cartaz até 28 de março, com apresentações quintas e sextas às 18h e sábados e domingos às 16h. O projeto tem patrocínio do Banco do Brasil.

O musical é inspirado no livro homônimo de Heloisa Seixas e Julia Romeu, que venceu o Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não Ficção em 2015. Quem dá vida à diva é a atriz Amanda Acosta. Para contar essa história, o espetáculo adota a estrutura, a estética e as convenções do Teatro de Revista Brasileiro, no qual Carmen Miranda também se destacou. “Utilizamos a divisão em quadros, o reconhecimento imediato de tipos brasileiros e a musicalidade presente, colaborando diretamente com o texto falado, não como um apêndice musical, mas sim como dramaturgia cantada”, explica o diretor Kleber Montanheiro.

Esse tradicional gênero popular faz parte da identidade cultural brasileira, mas recentemente está em processo de desaparecimento da cena teatral por falta de conhecimento, preconceito artístico e valorização de formas americanizadas e/ou industrializadas de musicais. A encenação tem a proposta de preservar a memória sobre a pequena notável, como a cantora era conhecida, e a época em que ela fez sucesso tanto no Brasil como nos Estados Unidos, entre os anos de 1930 e 1950. Por isso, os figurinos da protagonista são inspirados nos desenhos originais das roupas usadas por Carmen Miranda; já as vestes dos demais personagens são baseadas na moda dessas décadas.

“As interpretações dos atores obedecerão a prosódia de uma época, influenciada diretamente pelo modo de falar ‘aportuguesado’, o maneirismo de cantar proveniente do rádio, onde as emissões vocais traduzem um período e uma identidade específica”, revela Montanheiro. A cenografia reproduz os principais ambientes propostos pelo livro “Carmen: A Grande Pequena Notável”. Esses espaços físicos são o porto do Rio de Janeiro, onde Carmen desembarca criança com seus pais; sua casa e as ruas da Cidade Maravilhosa; a loja de chapéus, onde Carmen trabalhou; o estúdio de rádio; os estúdios de Hollywood e as telas de cinema; e o céu, onde ela foi cantar em 5 de agosto de 1955. Cada cenário traz ao fundo uma palavra composta com as letras do nome da cantora em formatos grandes. Por exemplo, a palavra MAR aparece no porto, e MÃE, na casa dos pais da cantora.

Sinopse
O musical conta a história da cantora Carmen Miranda, de sua chegada ao Brasil ainda criança, passando pelas rádios, suas primeiras gravações em disco, pelo cinema brasileiro e o Cassino da Urca, ao estrelato nos filmes de Hollywood. Inspirado no livro homônimo infanto-juvenil de Heloisa Seixas e Julia Romeu, o espetáculo conta e canta para toda a família os 46 anos de vida dessa pequena notável que levou a música e a cultura brasileira para os quatro cantos do mundo.

Sobre a temporada no CCBB RJ
O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro funciona de quarta à segunda, das 9h às 18h. O CCBB RJ está adaptado às novas medidas de segurança sanitária: entrada apenas com agendamento on line (eventim.com.br), controle da quantidade de pessoas no prédio, fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento. No teatro a capacidade foi reduzida para 50%, com higienização completa antes de cada apresentação/sessão, além do distanciamento de 2 metros entre as poltronas.

Sobre Kleber Montanheiro - direção, cenários e figurinos
Produtor, ator, diretor, cenógrafo, figurinista e iluminador, Kleber Montanheiro trabalhou como assistente e criador de grandes mestres do teatro nacional: Gianni Ratto, Roberto Lage, Wagner Freire, Antônio Abujamra, Myriam Muniz, Naum Alves de Souza, entre outros.

Como diretor, ganhou os prêmios APCA 2008, por “Sonho de Uma Noite de Verão”; e FEMSA 2009, por “A Odisséia de Arlequino”. Como cenógrafo e figurinista, venceu os prêmios APCA e FEMSA 2012, por “A História do Incrível Peixe Orelha”. Como iluminador, recebeu o prêmio FEMSA 2013, pelo trabalho em “Crônicas de Cavaleiros e Dragões”, de Paulo Rogério Lopes.

As últimas peças dirigidas por ele foram “Alô Alô Theatro Musical Brazileiro” (2017), de sua autoria com Amanda Acosta; “Um Dez Cem Mil Inimigos do Povo” (2016), de Cassio Pires, a partir da obra de Henrik Ibsen; “Os Dois Cavalheiros de Verona” (2015), de William Shakespeare; “A Lenda do Cigano e O Gigante” (2015) e “Navio Fantasma - O Holandês Voador” (2015), ambos de Paulo Rogério Lopes; e “Sobre Cartas & Desejos Infinitos” (2015), de Ana Luiza Garcia.

Sobre Heloisa Seixas - autora do livro e adaptadora teatral
A carioca Heloisa Seixas trabalhou muitos anos na imprensa do Rio de Janeiro antes de se dedicar exclusivamente à literatura. É autora de mais de 20 livros, incluindo romances, contos, crônicas e obras infanto-juvenis, além de peças de teatro. Foi quatro vezes finalista do prêmio Jabuti, com os livros “Pente de Vênus”, “A Porta”, “Pérolas Absolutas” e “O Oitavo Selo”, este último também finalista do prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do prêmio Oceanos.

Seu livro mais recente é o romance “Agora e na Hora”, lançado em abril pela Companhia das Letras. Além dos musicais “Era no Tempo do Rei” e “Bilac Vê Estrelas”, ambos em parceria com Julia Romeu, Heloisa fez para o teatro a peça “O Lugar Escuro”, uma adaptação de seu livro homônimo sobre a doença de Alzheimer. Este espetáculo rendeu para a atriz Camilla Amado o Prêmio Especial APTR de 2014.

Sobre Julia Romeu - autora do livro e adaptadora teatral
Em parceria com Heloisa Seixas, Julia Romeu escreveu os musicais “Era no Tempo do Rei” (2010), com músicas de Aldir Blanc e Carlos Lyra; e “Bilac Vê Estrelas” (2015), que venceu os prêmios Bibi Ferreira de Melhor Musical Brasileiro, Shell e APTR, com canções de Nei Lopes. As duas também são autoras do livro “Carmen: A Grande Pequena Notável”, a biografia de Carmen Miranda para crianças, vencedora do Prêmio FNLIJ de Melhor Livro de Não-Ficção de 2015. Além disso, ela trabalha como tradutora literária há mais de dez anos e é mestre em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ. Instagram oficial do espetáculo: https://www.instagram.com/musicaldacarmen/.

Serviço
“Carmen: A Grande Pequena Notável”
Centro Cultural Banco do Brasil RJ
Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – TEATRO I
Temporada: 4 de fevereiro à 28 de março, quintas e sextas às 18h e sábados e domingos às 16h.
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Classificação: livre. Recomendado para crianças a partir de 5 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 75 lugares
Informações: (21) 3808-2020




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