domingo, 31 de janeiro de 2021

.: "Revolta da Vacina", de André Diniz: primeiro lançamento Dark do ano


A vacinação é uma das medidas mais importantes na prevenção contra doenças. Há pouco mais de um século, o Brasil vivia uma crise sanitária que marcou a história do país. Este é o pano de fundo para a graphic novel "Revolta da Vacina", do premiado quadrinista André Diniz. Primeiro lançamento de 2021 da DarkSide® Books, o quadrinho é uma leitura essencial para os tempos que estamos vivendo, visitar nosso passado recente é necessário para transformar o agora.  

Há pouco mais de um século, no final do ano de 1904, o Brasil vivia uma crise social e sanitária. Enquanto o país tentava se ajustar à recente mudança de sistema de governo, de Império para República, proliferavam-se as moléstias causadas pelo saneamento precário, e por mosquitos e ratos, como a varíola, a febre amarela e a peste bubônica. O epicentro da crise era a então Capital Federal do país, a cidade do Rio de Janeiro, em que essa crise social se transfigurava em uma crise urbanística. 

O Rio era uma cidade caótica, de urbanização colonial, despreparada para comportar a própria população, que crescia cada vez mais. Além de destino de emigrantes de todas as partes do país e do mundo, no alvoroço de seu ambiente social coabitavam os herdeiros da escravidão, recém-libertos, e uma elite que buscava repelir toda a cultura não dominante, ou seja, dos pobres e de matriz africana. Nada que não tenha persistido – ou se intensificado – com a passagem do século. A solução encontrada para a crise urbanística foi uma reforma geral na cidade, em que os moradores de cortiços foram escorraçados para os morros da cidade. A solução para a epidemia foi a vacina compulsória, idealização do sanitarista Oswaldo Cruz, o que gerou uma revolta na população. Você pode comprar "Revolta da Vacina", de André Diniz, neste link.

Sobre o autor
André Diniz é roteirista e ilustrador de histórias em quadrinhos. Nasceu em 1975 no Rio de Janeiro e mora em Portugal desde 2016. Entre 2000 e 2005, publicou diversos trabalhos pela Nona Arte, sua própria editora. A partir de então, passou a publicar suas obras por outras editoras, somando mais de trinta títulos de sua autoria, várias delas premiadas, seja como roteirista, seja como ilustrador dos próprios roteiros. Foi editado em diversos países, entre eles França, Inglaterra, Portugal e Polônia. Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão "7 Vidas" (2009 com arte de Antonio Eder, ganhador do Troféu hqmix), "O Quilombo Orum Aiê" (2010), "Morro da Favela" (2011, ganhador do Troféu HQmix) "Matei Meu Pai e Foi Estranho" (2017) e "O Idiota" (2018). 

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