Em "Haja Coração", Cleo entra na fase em que Tamara seduz Apolo. Foto: Globo/João Miguel Júnior
A mesma determinação que Tamara (Cleo) mostra nas pistas de corrida, a piloto também adota quando o assunto é vida pessoal. Determinada a conquistar Apolo (Malvino Salvador), a filha de Penélope (Carolina Ferraz) investe no caminhoneiro que anda desolado desde o término do noivado com Tancinha (Mariana Ximenes).
Apolo resolve dar uma oportunidade para conhecer novas pessoas e aceita a investida de Tamara. A moça vai até a casa de Apolo com a desculpa de dar carona para o rapaz até o treino. Só que no caminho, ela desvia o percurso e deixa Apolo apavorado com a possibilidade de faltar ao treino.
Tamara então explica que o treino foi cancelado e "sequestra" Apolo para um passeio até o Guarujá. No litoral de São Paulo, o entrosamento entre os dois na praia fica cada vez mais visível. Os dois se beijam e passam a noite juntos. Enquanto isso, no apartamento de Beto (João Baldasserini), Tancinha e o publicitário também passam a noite juntos.
"Haja Coração" é escrita por Daniel Ortiz, com a colaboração de Flávia Bessone, Isabel Muniz, Patricia Moretzsohn e Nilton Braga, direção artística de Fred Mayrink e direção de Bia Coelho, Luciano Sabino, Alexandre Klemperer, Teresa Lampreia e Allan Fiterman. Nesta entrevista, Cleo fala sobre a personagem e planos profissionais.
Qual a importância da Tamara em sua trajetória profissional na TV?
Cleo - A Tamara foi uma personagem que me desafiou bastante na época, tanto fisicamente quanto como personagem, por ser essa mulher impulsiva e ter esse desejo de liberdade. É uma mulher de opiniões fortes, que se impõe na vida. Ela também tem a Síndrome de Borderline, então o Daniel (Ortiz) tinha a oportunidade de abordar e inserir na história o tema da saúde mental. Foi algo importante para mim e acredito que ajudou também outras pessoas.
Tamara não era um personagem original de "Sassarincado". Ainda assim teve uma enorme repercussão e torcida para ela. A que você atribui o sucesso do personagem?
Cleo - Eu acho que a personagem é uma pessoa que faz pontuações pertinentes e as pessoas se relacionam com isso. Ela é uma mulher em busca da sua liberdade, de seus sonhos e bate de frente com o sistema machista em muitos aspectos. O público se identificava com essa rebeldia dela.
Como foi o seu trabalho de composição para este trabalho?
Cleo - Na época, foi muito interessante porque como ela tem essa paixão por adrenalina, isso me desafiou bastante. Eu amo velocidade, por exemplo, então por ela ser piloto foi algo que consegui me identificar. A Tamara é radical, viciada em adrenalina, isso te coloca em constante desafio e atenção. Também procurei entender melhor a síndrome.
Que lembranças você tem da época das gravações?
Cleo - As cenas de corrida eram as mais legais. Sou apaixonada por velocidade e fiquei animada quando soube que ela era piloto de rally. Sabia que teria que fazer um laboratório a respeito para entender mais a personagem e os desafios da profissão dela. Foi uma experiência interessante.
Você tem produzido vários conteúdos para a sua plataforma "Cleo on Demand" no Instagram. Como surgiu a ideia deste projeto e de investir também por trás das câmeras?
Cleo - A ideia da plataforma veio muito de uma troca entre mim e a minha equipe, que são também meus amigos. Falamos bastante sobre como a gente sentia falta de ver alguns tipos de assuntos ou produções no audiovisual. Sempre gostei dos bastidores dos projetos. A websérie “Reflexos”, por exemplo, foi um projeto bem especial pensado durante a pandemia e que traz muito sobre autoconhecimento, sobre confrontar quem somos durante o isolamento e se entender novamente.
Quais são seus planos profissionais para o futuro?
Cleo - No momento estou me preparando para gravar um longa nos próximos meses. Ainda tenho para lançar três longas: "Terapia do Medo", "O Amor Dá Voltas" e "O Segundo Homem". Pretendo lançar o álbum de músicas neste semestre.
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