Há dois argumentos: primeiro crianças pequenas ocupam menos espaço que um adulto e sendo assim os ônibus poderiam ser menos apertados. Segundo, porque estão perdendo a noção do senso de dividir as coisas, defendidas por adultos que não dão a mínima para os outros com tantas "regalias desnecessárias". Estes, sim, são verdadeiras máquinas de fazer adultos insuportáveis. E, pelo visto, se há alguma teoria conspiratória desse "naipe", logo, logo, essa meta será atingida.
Essa geração e as próximas está sendo marcada pelo maior número possível de gente imediatista, mimada e insuportável por metro quadrado. E, pasmem, isso não é hoje um privilégio de gente rica, taxada até então como formada por gente esnobe. Essa gente que vem por aí se acha mais importante que tudo, tem as necessidades mais urgentes, as causas mais nobres e pouca responsabilidade sobre a própria vida, que dirá sobre os próprios atos. Preferem culpar o professor pela reprovação a admitirem que não estudaram. Preferem atribuir o erro ao subordinado que não prestou atenção ao admitir a sua parcela de culpa.
O concurso público estava difícil mesmo, não somos nós que não nos preparamos para passar por ele. Aliás, "nunca estudamos" para ter na ponta da língua a justificativa quando vamos mal em um deles. Uma geração de insuportáveis, novos e velhos que, do alto de sua incapacidade de se comunicar passaram a interagir sem contato físico recorrendo a uma humanidade a partir dos seus "kkkkkkkkkkk" e emotivos emoticons para tentar expressar algo. Mas, fora da Internet, seguem com suas caras de poquer, escutando nada, nos seus fones de ouvido que em breve vão estragar, ser substtuídos por outros e poluir ainda mais o mundo que já está sobrecarregado demais de gente insuportável.
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