segunda-feira, 2 de novembro de 2020

.: Como ensinar matemática nas escolas sem gerar rejeição à matéria


Luiz Roberto Dante no livro
"Didática da Resolução de Problemas de Matemática" afirma que um problema matemático, para ser desafiador para os alunos, deve conter algumas características. Problemas matemáticos devem ser interessantes, condizer com a realidade e fazer parte do dia a dia dos alunos. Também não devem consistir na aplicação evidente e direta de uma ou mais operações aritméticas e, além disso, para não ser abandonado pela metade, devem ter um nível adequado de dificuldade.

George Polya complementa a posição de Dante e, na obra "A Arte de Resolver Problemas", acrescenta quatro etapas que podem incentivar a participação dos estudantes na resolução de problemas. A primeira delas é que os estudantes devem compreender o que se pede no enunciado. A segunda é elaborar um plano para resolver o problema. Quais estratégias o aluno tentará desenvolver? É possível relacionar a questão com outras anteriores para ajudar a resolução de um problema sugerido mais recentemente? Pode-se resolver o problema por partes?

Em terceiro lugar, estudantes podem executar um plano para resolver um problema matemático passo a passo e efetuar cálculos indicados nessa estratégia. E, por último, eles podem checar se a solução encontrada está correta e se é possível, ou não, resolver de outra maneira. Essas estratégias adotadas podem ajudar na resolução de problemas semelhantes? Quanto mais desafiadora - respeitando, claro, a fase em que o aluno está - mais instigante será para os alunos encontrarem os resultados que foram solicitados. Matemática é, antes de tudo, algo cujo potencial lúdico pode e deve ser aproveitado. Contextualizada com a realidade do dia a dia, torna-se muito mais atraente.

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